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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Para subverter a resposta imune, vírus da COVID estimula a produção de proteínas sem função protetora

 

Célula (em vermelho) infectada com partículas do vírus
SARS-CoV-2 (azul) da cepa ômicron
 (
imagem: NIAD/NIH)

De acordo com pesquisadores da UFMG e do Hospital Israelita Albert Einstein, essa é a estratégia do SARS-CoV-2 para manipular a maquinaria das células de defesa do hospedeiro; descoberta abre caminho para novas estratégias de tratamento

 

Para evadir a resposta imune e se replicar no organismo humano, o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, utiliza a maquinaria das células de defesa para induzir a produção de proteínas improdutivas, ou seja, sem função protetiva. Foi o que demonstrou um estudo conduzido por pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein e das universidades de São Paulo (USP) e Federal de Minas Gerais (UFMG). Publicado recentemente no International Journal of Molecular Science, o trabalho oferece uma nova base para o desenvolvimento de terapias antivirais.

Diferentemente de outros vírus (incluindo outros coronavírus) que também interferem em um mecanismo celular conhecido como splicing – responsável por “editar” o RNA mensageiro (mRNA) que dará origem a uma proteína –, o SARS-CoV-2 vai além, bloqueando de forma única a expressão de interferon (proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta a infecções) e modulando populações específicas de células do sistema imunológico. A falta de detalhes mais precisos sobre esse processo tem sido um dos principais dificultadores para a criação de novas opções de tratamento para a COVID-19.

Neste estudo financiado pela FAPESP, os pesquisadores voltaram sua atenção para a investigação de uma hipótese já sugerida na ciência, porém ainda não caracterizada: a produção de isoformas de mRNA que dão origem a proteínas sem função. Trata-se de proteínas “defeituosas”, que não funcionam como deveriam por sofrer alterações no processamento de RNA.

Para isso, realizaram uma análise integrativa, com diversos conjuntos de dados transcriptômicos e proteômicos, que permitiu uma observação mais detalhada das células hospedeiras infectadas tanto in vitro quanto in vivo.

Os cientistas descobriram que a infecção por SARS-CoV-2 induz uma expressão predominante de isoformas sem função em genes relacionados ao sistema de defesa imunológica e à resposta antiviral (IFNISGsMHC de classe I, IRF7OAS3HLA-B e HNRNPH1). Esses genes também apresentam menor produção de proteínas “normais”, que, por sua vez, se tornam mais suscetíveis ao ataque das proteínas virais.

Por outro lado, genes envolvidos na produção de moléculas inflamatórias importantes respondem de forma diferente à infecção, como os das citocinas e quimiocinas IL6, CXCL8 e TNF.

“Apesar de já existirem mais de 50 trabalhos de transcritômica em COVID-19, é a primeira vez que essa estratégia do vírus é demonstrada em nível molecular – e tudo isso com dados públicos”, afirma Glória Regina Franco, professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e uma das autoras do trabalho.

“Ao demonstrar a interação molecular entre o SARS-CoV-2 e a maquinaria de splicing do hospedeiro, fornecemos informações fundamentais sobre potenciais alvos para medicamentos antivirais e intervenções imunomoduladoras”, completa Helder Nakaya, pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e um dos autores do artigo. “As descobertas podem orientar, por exemplo, terapias que restaurem o processamento normal do RNA durante infecções virais.”


COVID longa e novas pandemias

Apesar de o pior momento da pandemia de COVID-19 ter ficado para trás, Nakaya destaca a importância de novas publicações sobre o tema: “O coronavírus tem potencial para pandemias severas e nada impede o surgimento de um SARS-CoV-3 ou um SARS-CoV-4, portanto, quanto mais descobrirmos sobre sua ação, melhor”.

A continuidade de estudos, especialmente os que mostram os danos em nível molecular, também é importante para desvendar os mecanismos por trás da COVID longa, doença ainda enfrentada por milhões de pessoas em todo o mundo e cada vez mais negligenciada.

O trabalho contou ainda com a participação de pesquisadores das universidades de Indiana e Estadual de Michigan (Estados Unidos) e com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (PRPq-UFMG).

O artigo SARS-CoV-2 Selectively Induces the Expression of Unproductive Splicing Isoforms of Interferon, Class I MHC, and Splicing Machinery Genes pode ser lido em: www.mdpi.com/1422-0067/25/11/5671.
 



Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/para-subverter-a-resposta-imune-virus-da-covid-estimula-a-producao-de-proteinas-sem-funcao-protetora/52450


Câncer de colo de útero: o que fazer para eliminar a doença

A erradicação do câncer de colo de útero é um esforço coletivo que envolve um trabalho intersetorial com abordagem focada em prevenção, detecção precoce e tratamento eficaz

 

O câncer de colo de útero mata mais de 35 mil mulheres nas Américas, todos os anos, sendo a maioria (80%) destes casos na América Latina e no Caribe. Comparadas às taxas da América do Norte, a mortalidade é três vezes mais elevada, o que realça as desigualdades existentes em termos de renda, gênero e acesso aos serviços de saúde. Se as tendências atuais se mantiverem, a previsão é que as mortes por câncer do colo do útero nas Américas aumentarão para mais de 51 mil até 2030, devido ao crescimento populacional e ao aumento da expectativa de vida e, aproximadamente 89% desses óbitos, vão ocorrer na América Latina e no Caribe¹. 

Diante desse cenário, o IGCC (Instituto de Governança e Controle do Câncer), em parceria com a Roche Diagnóstica, realizou recentemente um evento em Brasília (DF) reunindo representantes intersetoriais de vários países da América Latina, com o objetivo de debater ações de erradicação do câncer de colo de útero, em consonância com os três pilares estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS): prevenção, diagnóstico e tratamento. Durante os debates, os palestrantes ressaltaram que, com esforços conjuntos, é possível alcançar as metas estabelecidas pela OMS e eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030¹.

O diagnóstico precoce do HPV é um dos caminhos para a prevenção do câncer do colo de útero, pois permite a detecção e o tratamento das infecções antes de evoluírem para formas malignas. O exame de Papanicolau, amplamente utilizado para detectar alterações celulares no colo do útero, tem sido eficaz, mas a introdução de testes moleculares mais modernos, como o teste de DNA do vírus HPV, oferece uma precisão ainda maior. Estes testes detectam diretamente a presença do DNA viral de tipos oncogênicos do HPV, possibilitando a identificação precoce de infecções persistentes que têm maior probabilidade de evoluir para câncer. Essa precisão permite intervenções mais rápidas e eficazes, reduzindo significativamente a incidência e mortalidade associadas à doença. 

“Atualmente, há um pleito para a incorporação do teste DNA-HPV tramitando junto ao Ministério da Saúde, por meio da CONITEC, que aguarda a publicação do DDT (Diretriz Diagnóstico Terapêutico), para que esses exames sejam disponibilizados aos pacientes no SUS. A utilização de testes de DNA-HPV como método de rastreamento primário é a mais recomendado por especialistas em saúde pública do mundo todo e essa incorporação trará um avanço significativo para este importante pilar da jornada do paciente no Brasil”, ressalta Giancarlo Frá, líder de Acesso na Roche Diagnóstica. 

A implementação de programas de rastreamento que incluem testes de DNA-HPV poderá complementar as campanhas de vacinação, criando uma abordagem dupla que busca tanto a prevenção quanto a detecção precoce. “Essa estratégia integrada é fundamental para a erradicação do câncer de colo de útero, especialmente em países com alta prevalência de HPV e recursos limitados para saúde pública, como o Brasil”, finaliza Giancarlo Frá.

 

Referências:

¹https://igcc.org.br/igcc-reune-em-brasilia-representantes-da-saude-latino-americanos-para-debater-o-cancer-de-colo-do-utero/#:~:text=O%20c%C3%A2ncer%20de%20colo%20do%20%C3%BAtero%20%C3%A9%20o%20quarto%20c%C3%A2ncer,e%20at%C3%A9%20mesmo%20elimin%C3%A1%2Dla

 

Pedidos de cancelamento de passagens aéreas na Voepass após acidente em Vinhedo não têm apoio legal


Com o acidente aéreo da última sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo, muitos passageiros ficaram com receio em viajar na companhia VoePass, responsável pelo veículo que sofreu a queda e matou 62 pessoas a bordo.

O professor Marcelo Crespo, coordenador dos cursos de direito da ESPM explica que o Código de Defesa do Consumidor determina que toda compra fora do estabelecimento, ou seja, online, pode ser desfeita pelo arrependimento do consumidor em um prazo de sete dias a contar da contratação ou do recebimento do produto ou serviço. 

No entanto, no caso do acidente em Vinhedo, o pedido de cancelamento em razão da queda não está contemplado no contrato como motivo suficiente. “Caberia a companhia que opera o voo ter empatia e providenciar o cancelamento, mas não é uma obrigação legal”, diz Crespo. O professor da ESPM também afirma que, caso o consumidor tente o cancelamento e não obtenha êxito, provavelmente só conseguirá mediante ação judicial e, mesmo assim, não é garantido.

O avião caiu em área residencial e, antes da queda, passou por problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista. O acidente matou 62 pessoas que estavam a bordo. 




Fonte: Marcelo Crespo - coordenador dos cursos de direito da ESPM


Confiança dos empresários registra menor patamar desde dezembro de 2023, aponta FecomercioSP

Percepção em relação às condições econômicas atuais volta a subir, mas segue em patamar pessimista; cenário é mais desafiador para pequenas empresas

 

A confiança do empresariado paulistano atingiu o menor patamar desde dezembro de 2023. Em julho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou estabilidade em comparação a junho, passando de 106,9 para 106,8 pontos [tabela 1]. O índice varia de 0 a 200 pontos, em que abaixo de 100 pontos reflete o sentimento de pessimismo dos empresários, ao passo que acima desse patamar aponta otimismo. Na comparação anual, o indicador registrou alta de 1%. 

 

Avaliando os três quesitos que compõem o ICEC, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) voltou a subir, após quatro quedas consecutivas, passando de 78,4 pontos, em junho, para 81,5 pontos, em julho, uma alta de 3,9%. Em relação a julho do ano passado, o subíndice exibiu uma tímida elevação de 0,4%. De acordo com a FecomercioSP, embora os últimos dados de vendas do Comércio tenham sido positivos, a situação atual, principalmente das pequenas empresas, é desafiadora em termos de rentabilidade e lucro. Isso se deve a elevado nível de endividamento, juros altos, dados de inflação — que já indicavam uma interrupção do ciclo de queda da Selic —, instabilidade cambial (afetando a previsibilidade de empresas que comercializam produtos importados), entre outros fatores.

 

As notícias do cenário macroeconômico, como a situação fiscal do País e a trajetória da taxa Selic, parecem impactar a confiança em relação ao futuro. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) recuou 1,3%, a quarta queda seguida, passando de 138 pontos, em junho, para 136,3, em julho — o menor patamar desde janeiro. Na comparação anual, no entanto, o IEEC ainda registra alta de 0,8%. 

 

O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede a propensão dos empresários a investir, caiu 1,7%, passando de 104,4 pontos, em junho, para 102,6 pontos, em julho. Esse resultado foi influenciado pela queda no índice de contratação de funcionários (-2,8%) em comparação ao mês anterior, visto que foi motivado pelas duas principais datas comemorativas para o setor no primeiro semestre (dias das Mães e dos Namorados). Ainda assim, na comparação com o mesmo período do ano passado, o IIEC registrou alta de 1,9%.

 

As expectativas para o futuro, embora se mostrem em um patamar de satisfação elevado (136,3 pontos), sofreram a quarta queda consecutiva.

Diante desse cenário desafiador, as perspectivas para os próximos meses são de cautela entre os empresários do setor. A FecomercioSP destaca a importância de uma gestão financeira sólida e proativa. A adaptação às mudanças econômicas e a busca por novas oportunidades de mercado serão decisivas para superar os desafios atuais.

 

[TABELA 1]

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)

Série histórica (12 meses)

Fonte: FecomercioSP


 

Notas

metodológicas


ICEC


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

 

FecomercioSP

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Bandeirantes e Castello Branco apresentam pontos de lentidão no início desta tarde

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta segunda-feira (12). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), o motorista encontra tráfego intenso no sentido interior do km 27 ao km 32. Já para quem segue no sentido capital, o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280) há congestionamento no sentido interior do km 23 ao km 24, além disso, há interdição no km 54. No sentido capital o tráfego é lento do km 44 ao km 40+500, do km 16 ao km 13+700 e do km 57 ao km 55+400.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

 Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia dos Tamoios

O tráfego está interditado no sentido São José dos Campos do km 82+750 ao km 65, os usuários com destino ao Litoral ou São José dos Campos devem utilizar o trecho antigo, com uma faixa fluindo no sentido norte e outra faixa fluindo no sentido sul.


Anote aí: Educação SP recebe a partir de 19 agosto matrículas de novos estudantes para ano letivo de 2025

Cadastro pode ser feito nas escolas e em unidades do Poupatempo; alunos que já estão na rede estadual neste ano têm vaga garantida e não precisam fazer rematrícula



A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) definiu o calendário de matrículas para 2025. Alunos que hoje estudam em escolas particulares, de outros estados ou querem retornar às salas de aula no próximo ano devem fazer o cadastro no período entre 19 de agosto e 13 de setembro em uma das mais de 5.000 unidades da rede estadual ou nos postos do Poupatempo. 

 

Há vagas em classes dos anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (1ª à 3ª série) de período parcial e integral, além da modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para estudantes do Médio são três opções de itinerários formativos: Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e Suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ensino Médio Técnico.

 

Para a matrícula presencial nas escolas ou no Poupatempo, o responsável legal ou estudante maior de 18 anos deve apresentar o RG, histórico escolar e comprovante de residência.  

 

Matrícula de alunos da rede e transferência 


A partir deste ano, quem já está em uma das escolas da rede estadual em 2024 não precisa fazer a rematrícula. A vaga para o próximo ano letivo está garantida e será registrada automaticamente. A partir de 14 de agosto, a confirmação do local estará disponível para consulta nos postos do Poupatempo e na Secretaria Escolar Digital (SED) na opção “Consulta Pública”.

 

Caso o aluno queira mudar de escola, o período para solicitação de transferência, que geralmente acontecia no mês de janeiro do ano seguinte, foi antecipado pela Secretaria e vai seguir o mesmo da matrícula (19 de agosto e 13 de setembro). Os interessados devem fazer o pedido também na página da SED — em “Intenção” pelo perfil do responsável ou aluno maior de 18 anos. 

O resultado final será divulgado a partir do dia 2 de dezembro

 

Calendário 2025

A Seduc-SP também definiu o calendário do próximo ano. Em 2025, as aulas do primeiro semestre terão início em 3 de fevereiro. O recesso escolar do meio do ano está previsto para o período entre os dias 1º e 20 de julho. Para o cumprimento dos 200 dias letivos, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Base (LDB), o fim das atividades estão agendadas para 9 de dezembro.


Assédio moral e sexual no trabalho: desafios e soluções eficazes

 

O aumento da conscientização sobre os impactos do assédio moral e sexual nas empresas tem impulsionado uma série de mudanças positivas no ambiente de trabalho. Exemplo é que as normas do trabalho estão incentivando que as empresas a adotarem medidas concretas para prevenir e combater o assédio e outras formas de violência. Isso ocorre, por exemplo com mudanças recentes na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nos termos da NR 5.

A importância desse combate vai além das questões legais, afetando diretamente a saúde mental dos colaboradores, a produtividade e a reputação das companhias. “O ambiente de trabalho, muitas vezes associado à produtividade e crescimento, tem sido marcado por situações de assédio moral e sexual que afetam a qualidade de vida dos colaboradores e a integridade das organizações. Essas práticas prejudiciais, que muitas vezes ocorrem de forma velada, vêm se mostrando mais comuns do que se imaginava, revelando a necessidade de ações preventivas e efetivas”, explica Tatiana Gonçalves, CEO da Moema Medicina do Trabalho e especialista no tema.
 

Ela explica que o assédio moral é uma forma de violência psíquica praticada no local de trabalho e pode se manifestar em várias instâncias. O primeiro tipo é o assédio vertical descendente, onde superiores hierárquicos abusam de seu poder de mando para submeter seus subordinados a tratamentos humilhantes e vexatórios. Esse tipo de assédio é especialmente prejudicial, uma vez que é realizado por aqueles que detêm cargos de liderança. 

Por outro lado, há o assédio vertical ascendente, no qual subordinados adotam comportamentos autoritários e arrogantes em relação a seus superiores. Nesse caso, a hierarquia é invertida, mas os resultados negativos são semelhantes. O assédio horizontal é perpetrado entre colegas de mesmo nível hierárquico e frequentemente se manifesta em brincadeiras maldosas, piadas depreciativas e gestos ofensivos. 

Além do assédio moral, o assédio sexual é um risco ainda maior para as empresas. Ele vai além de processos trabalhistas, alcançando a esfera criminal. A responsabilidade criminal é pessoal, mas a empresa não deve ser conivente nem indiferente ao assédio, pois isso prejudica a imagem corporativa. A denúncia e a apuração devem sempre respeitar os limites legais e de dignidade humana. 

Diante dessas sérias situações se observa mudanças relevantes. “A notícia positiva é que a Lei 14.457/22 trouxe alterações significativas nas atribuições da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio). Essa mudança destaca a importância de abordar o assédio moral, sexual e outras formas de violência no âmbito do trabalho”, conta Tatiana Gonçalves. 

A especialista detalha que a nova legislação estabelece três medidas fundamentais para as empresas: 

  1. Inclusão de regras de conduta: As empresas precisam definir regras claras sobre o assédio sexual e outras formas de violência em suas normas internas, garantindo sua ampla divulgação entre os colaboradores.
  2. Criação de um canal de denúncias e definição de punições: Procedimentos para receber, acompanhar e apurar denúncias de assédio, garantindo o anonimato do denunciante, devem ser estabelecidos. Além disso, devem ser aplicadas sanções administrativas aos responsáveis pelos atos de assédio.
  3. Realização de treinamentos: Ações de capacitação, orientação e sensibilização devem ser realizadas pelo menos a cada 12 meses, abordando temas como violência, assédio, igualdade e diversidade no ambiente de trabalho. 

O assédio moral ou sexual tem efeitos devastadores nos colaboradores e nas empresas como um todo. A motivação é minada, a saúde mental e emocional é prejudicada e a produtividade é comprometida. Além disso, a reputação das empresas pode ser abalada, e implicações legais se tornaram mais rígidas, graças às mudanças na legislação. Importante que essas ações não apenas protegem os colaboradores, mas também contribuem para a construção de um ambiente mais saudável e produtivo. 

“A prevenção do assédio nas empresas é uma responsabilidade compartilhada por todos os níveis hierárquicos. Com políticas claras, canais de denúncia eficazes e campanhas de conscientização, é possível criar uma cultura de respeito que não apenas atende às obrigações legais”, a CEO da Moema Medicina do Trabalho. 

Ela complementa que a nova legislação traz clareza à definição e classificação das práticas abusivas, tornando-as infrações ético-disciplinares passíveis de punição. Isso coloca uma pressão sobre as empresas para adotarem medidas de prevenção e combate a essas práticas, estabelecendo um ambiente seguro e respeitoso para seus colaboradores. 


Violência política contra mulheres aumenta após três anos de vigência da lei que criminaliza agressões

Segundo o Ministério Público Eleitoral, foram registrados três casos de violência política contra mulheres nas eleições municipais de 2020. Antes da abertura do atual calendário eleitoral, já foram abertos procedimentos para 17 casos até agosto, mês em que a lei que inseriu a violência contra mulheres no Código Eleitoral está completando três anos. 

A Lei nº 14.192, sancionada no dia 4 de agosto de 2021, alterou o Código Eleitoral para considerar crime condutas como assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça contra as mulheres, visando impedir ou dificultar sua campanha eleitoral ou mandato eletivo. 

Desde então, o Ministério Público Federal já abriu 231 procedimentos para apurar denúncias, que vão de tentativas de impedir que mulheres parlamentares façam uso da palavra a ameaças de morte. Entre as denúncias, estão 69 casos de violência psicológica, 64 de violência moral, 10 de violência física e 4 de violência sexual. 

"A violência contra as mulheres durante o exercício de suas atividades não ocorre só nas casas parlamentares, mas em todos os ambientes de trabalho de forma geral, seja público ou privado, e tem sido tema de leis e decretos. O mais recente é o decreto presidencial do dia 31 de julho que instituiu o Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional", destaca Mayra Cotta, sócia-fundadora da Veredas DH, empresa que dá suporte estratégico a organizações engajadas com as práticas ESG e com a proteção e efetivação dos Direitos Humanos.

Outro exemplo é a Lei 14.457, de 21 de setembro de 2022, que instituiu o Programa Emprega + Mulheres e a obrigatoriedade das empresas criarem canais de escuta e denúncia de discriminação e assédio, entre outras exigências. A legislação abrange todas as empresas que possuem Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio - ou seja, com mais de 20 empregados.

"Os canais de escuta e denúncia representam o primeiro passo das empresas no processo de apuração de discriminação e assédio. É preciso também criar as ferramentas necessárias para de fato apurar e resolver os casos apresentados pelas vítimas, em prol da credibilidade do canal e da resolução efetiva das denúncias, o que inclui, por exemplo, o treinamento dos profissionais da empresa envolvidos. Tivemos muitos avanços, mas ainda há um longo caminho pela frente", observa Joana Zylbersztajn, também sócia-fundadora da Veredas DH


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Aldeias Infantis SOS oferece rede de apoio para inclusão produtiva de jovens

No Dia Nacional da Juventude (12 de agosto), Organização destaca iniciativas para facilitar a entrada de jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho e desenvolver cidadãos para o mundo

 

Mesmo no contexto em que a economia brasileira dá sinais de recuperação, puxada pelo controle da inflação, manutenção da taxa de juros e aumento do PIB, uma grande parcela dos jovens amarga a frustração de ficar de fora do mercado de trabalho. Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que 4,6 milhões de jovens de 14 a 24 anos - ou 13,5% do total - não estudam, não trabalham e não estão procurando emprego.

Diante desse cenário desolador, iniciativas do Poder Público e da sociedade civil voltadas para a inclusão produtiva, educação e capacitação profissional de jovens em situação de vulnerabilidade social ganham visibilidade no mês em que se celebra o Dia Nacional da Juventude (12/08), data instituída pela Lei nº 10.515/2002. Essas ações se amparam na regulamentação da Lei n° 10.097, conhecida como Lei do Jovem Aprendiz, que promove a inserção de jovens no mercado de trabalho, bem como a garantia de sua aprendizagem e preparo.

A Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, age nesse sentido ao conduzir uma série de iniciativas que, no conjunto, formam uma rede de apoio aos jovens para impulsionar a construção de uma carreira sólida e bem-sucedida.

Além de prepará-los para o mercado de trabalho, essas ações também contribuem para a formação de sujeitos de direito, reafirmando o compromisso da Organização com a Juventude, que é a autonomia e o desenvolvimento de habilidades para a vida adulta.

Segundo Roney Assis, coordenador Nacional de Juventudes, a Aldeias Infantis SOS tem trabalhado para ampliar, a cada ano, o número de projeto e parcerias para a inclusão produtiva dos jovens participantes dos seus programas.

“São iniciativas orientadas por metodologias que envolvem ativamente seus participantes na tomada de decisões e os coloca no centro do processo de aprendizado, estimulando sua autonomia e tornando-os cientes de seus direitos e de suas posições enquanto agentes de transformação de sua própria realidade”, destaca.


Programas de capacitação

O YouthCan! (Jovens Podem!) é uma iniciativa global da Aldeias Infantis SOS destinada a auxiliar jovens em situação de vulnerabilidade social, proporcionando-lhes treinamento profissional para integrá-los ao mercado de trabalho e estimular oportunidades empreendedoras. Esse trabalho é realizado por meio de parcerias estratégicas com empresas, que fornecem capacitação através de programas de voluntariado corporativo.

Nesse sentido, em 2023, a organização apoiou 616 jovens participantes de projetos e parcerias com foco em desenvolvimento pessoal e profissional. Entre eles, adolescentes dos serviços de acolhimento e jovens em situação de vulnerabilidade, que participaram de projetos de mentoria empresarial e orientação vocacional e espaços de participação da juventude.

Entre os projetos do programa YouthCan! destacam-se também o “Se Conectando ao Futuro” e o “Juventudes Digitais”, iniciativas executadas desde 2020. Contando com o apoio de sete empresas, essas ações formaram 10 turmas e empregaram um total de 40 jovens, na modalidade de Jovem Aprendiz ou com contrato de trabalho por período indeterminado, em lojas, indústrias, comércios e projetos sociais, além de grandes varejistas brasileiros.

As duas iniciativas incluíram moradores das cidades de Camaçari, Candeias, Catú, Lauro de Freitas, Itabuna e Salvador, localizadas no Estado da Bahia. Todos participaram de aulas de capacitação, que abordaram temas como ética profissional, habilidades socioemocionais, linguagem e escrita, entre outros tópicos com impacto direto e indireto na carreira.

Uma das participantes do “Se Conectando ao Futuro”, Débora Luise da Silva e Silva, 17, foi contratada como auxiliar administrativa pelo programa Jovem Aprendiz em uma empresa em Lauro de Freitas. “O projeto foi muito importante para o meu conhecimento, consegui aprender como me portar numa entrevista, aprendi mais ainda sobre meus direitos e deveres como jovem aprendiz. Sou muito grata a todas as pessoas envolvidas nesse projeto”, afirma.

Outro destaque é de Ana Gabriele Barreto Costa, 16, que foi admitida como auxiliar de sala em uma escola, também pelo programa Jovem Aprendiz, em Salvador. “Aprendi muito, me desenvolvi, perdi um pouco da timidez, aprendi a fazer currículos. O programa me ajudou a evoluir muito”, conta.

Somente em 2023, o Juventudes Digitais beneficiou 20 jovens em situação de vulnerabilidade e defasagem escolar, entre 15 e 17 anos, de Salvador. Eles participaram de oficinas sobre estratégias de inserção profissional no mercado de trabalho, promoção de autoconhecimento e inteligência emocional, além de aulas práticas de inclusão digital. A Aldeias Infantis SOS ainda firmou parcerias com empresas locais para oportunidades de estágios. 

"Aprendi a fazer currículos e até ajudei meus colegas de escola a fazerem os deles. Agora, as pessoas estão sempre me pedindo ajuda para criar seus currículos. É gratificante saber que posso contribuir para o sucesso profissional de outras pessoas”, destaca Yuri Souza de Almeida, 15, um dos jovens beneficiados pela iniciativa. 



Egressos dos serviços de acolhimento

A Aldeias Infantis SOS também oferece apoio contínuo a adolescentes que cresceram em serviços de acolhimento após serem afastados de suas famílias de origem. Ao completarem 18 anos, esses jovens buscam novos rumos e, muitas vezes, enfrentam desafios significativos no seu processo de autonomia. Por isso, a Organização fornece suporte em diversas áreas a fim de apoiá-los a estabelecer uma base sólida para seu futuro.

No ano passado, esses jovens egressos celebraram grandes conquistas com a inauguração de projetos transformadores. Com 12 vagas, a República de Limeira proporciona um lar temporário seguro para recém-saídos do acolhimento, com ações para promover convivência e responsabilidade. Localizada em Campinas, a Casa de Oportunidade oferece suporte psicossocial, cultural e profissionalizante, e visa ajudar jovens a se prepararem para a vida autônoma. Nos próximos meses, será inaugurada a República de Caicó, também com 12 vagas, acolhendo tanto meninas quanto meninos.


Do Brasil para o mundo

Neste ano, o programa YouthCan! levou a jovem Paloma de Souza, 22, a representar a Aldeias Infantis SOS no Brasil em fórum promovido pela ONU. Na ocasião do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (HLPF, na sigla em inglês), realizado em Nova Iorque (EUA) entre os dias 10 e 17 de julho, Paloma ministrou uma apresentação sobre a importância das parcerias na construção de habilidades dos jovens e na realização dos ODS, dando ênfase aos desafios enfrentados pela juventude, especialmente aqueles em cuidado alternativo, relacionados a saúde mental, empregabilidade e empreendedorismo.

Nascida com a rara Síndrome Linfoproliferativa Autoimune (ALPS), Paloma superou inúmeros desafios de saúde ao longo da vida e realizou seu sonho ao se formar em biomedicina, área em que poderá ajudar outras pessoas com condições semelhantes à sua. Desde 2018, ela está envolvida com a Aldeias Infantis SOS, onde encontrou apoio psicológico e passou a participar de diversos projetos e eventos internacionais representando os jovens.

Atualmente, ela representa os jovens da Organização no conselho de jovens do YouthCan!, onde, junto de outros oito jovens de diferentes regiões do mundo, atua nacionalmente e globalmente fornecendo conselhos estratégicos para as coordenações do programa e apoiando diretamente iniciativas de fortalecimento da cultura de participação juvenil na organização.



Vantagens na contração de um jovem aprendiz

Segundo a legislação vigente, as empresas de médio e grande porte devem ter de 5 a 15% de aprendizes no quadro de funcionários. Em micro e pequenas empresas, a contratação é facultativa.

Se, por um lado, a aprendizagem e a contratação irão qualificar o jovem para enfrentar o mercado de trabalho competitivo, oportunizando um futuro promissor, as instituições também desfrutam de diferentes benefícios nessa modalidade de contratação. Confira alguns:

  • Diversidade: diversidade e inovação são marcas dos jovens e, ao contratá-los, os novos membros da equipe trarão perspectivas modernas sobre assuntos da atualidade.
  • Função social: envolve o desenvolvimento econômico do país, afinal, investir nos jovens é investir no futuro.
  • Desenvolvimento de talentos: ao contratar um jovem, é possível desenvolvê-lo desde o início de sua vida profissional, possibilitando também a efetivação daqueles que se destacarem.
  • Incentivos fiscais: ao aderir ao programa de Jovem Aprendiz, a empresa conta com alguns benefícios fiscais. Entre eles, destaca-se a economia de 2% no pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Sobre a Aldeias Infantis SOS

A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A Organização lidera o maior movimento de cuidado do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de desenvolver ações humanitárias. 

Fundada na Áustria, em 1949, está presente em mais de 130 países. No Brasil, atua há 56 anos e mantém mais de 80 projetos, em cerca de 30 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e jovens que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha. 

Para mais informações, acesse o site: www.aldeiasinfantis.org.br/


Duplicação aumenta a segurança e reduz acidentes com animais na SP-333

A instalação de passagens subterrâneas, rampa de fuga e outras estruturas, do km 337 ao km 401, têm ajudado a preservar a fauna da região

 

A concessionária Entrevias duplicou, em 2023, 64 quilômetros da Rodovia Rachid Rayes (SP-333), entre Marília e Assis, promovendo mais fluidez, segurança e conforto aos usuários. Além dos impactos socioeconômicos gerados com o melhoramento da infraestrutura viária, o projeto tem alcançado importantes resultados na área ambiental com a implantação de medidas de mitigação de atropelamento de fauna. O trecho registrou redução média de 77% no número de animais atropelados, passando de 149 ocorrências em 2019 para 34 no ano passado. 

 

De acordo com Osnir Giacon, gerente de Meio Ambiente da Entrevias, cerca de 25 dos 235,28 quilômetros da SP-333 estão cobertos por medidas de mitigação de atropelamento de fauna, o que corresponde a 10,5% do total da malha da SP-333. “Considerando o trecho que foi duplicado entre Marília e Assis, 39,6% do trajeto é contemplado por ações para prevenir e reduzir esses impactos ambientais”, explica Giacon.

 

Para o alcance dos resultados, entre os kms 343 e 397, foram construídas 11 passagens subterrâneas de fauna e outras 16 existentes passaram por revitalização, permitindo a travessia dos animais de um lado a outro da rodovia sem que circulem pela pista. As estruturas são destinadas a mamíferos, silvestres em geral (cachorro do mato, capivara, tatu e onça), além de bovinos, equinos e répteis. Uma delas é específica para anfíbios. Também foram implantados 80 quilômetros de cerca de condução de fauna, espécie de divisória que ajuda a fazer o direcionamento das espécies até as passagens.   

 

No trecho da Unidade de Conservação de Assis, foi instalada a primeira jump-out em rodovias no Brasil. Trata-se de uma rampa, feita em terreno natural, que possibilita ao animal que adentrou a rodovia retornar às áreas protegidas, fora da faixa de domínio. A estrutura foi desenvolvida e dimensionada com o apoio de pesquisadores internacionais e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).  Ao todo, cinco rampas jump-outs serão instaladas ao longo da malha administrada pela concessionária.

 

“Assim como as passagens de fauna subterrâneas possibilitam a travessia segura do animal silvestre, a jump-out, ou rampa de fuga, vem complementar as medidas de mitigação de acidentes envolvendo animais. As cercas de fauna instaladas às margens das rodovias normalmente impedem que o animal silvestre acesse as vias, mas pode acontecer um escape e, então, a rampa auxilia no retorno ao ambiente natural”, explica Giacon.

 

Animais monitorados


A concessionária é responsável por 570 quilômetros de rodovias que possuem 44 passagens de fauna já ativas e outras 30 ainda devem ser implantadas. Desde o início do ano passado, elas começaram a ser monitoradas por câmeras e já registraram mais de 600 animais, isso mostra que as passagens são efetivas e desempenham o seu papel.



Saiba os principais motivos de investir na amizade no trabalho

Você já parou para pensar como as relações interpessoais no trabalho podem influenciar diretamente seus resultados? A amizade, muitas vezes vista como um sentimento pessoal, vai muito além das horas de expediente e pode ser um dos maiores aliados para o sucesso profissional.

Um novo estudo da  Preply, plataforma online de aprendizagem de idiomas, revelou um dado interessante: mais de 55% das conversas entre amigos giram em torno de assuntos relacionados ao trabalho. Isso demonstra a importância que o ambiente profissional tem em nossas vidas e como as relações interpessoais no escritório podem influenciar diretamente nosso bem-estar e desenvolvimento profissional.

Por que as amizades no trabalho são tão importantes?

Segundo Leila Arruda, mentora em carreiras e especialista em treinamentos voltados à gestão e ao desenvolvimento de novos líderes, além de contribuir para um ambiente mais leve e positivo, as amizades no trabalho podem:

  • Impulsionar o desenvolvimento profissional: A troca de ideias, feedbacks e o apoio mútuo entre colegas podem ampliar nossos conhecimentos e habilidades.
  • Fortalecer equipes: Equipes com um bom relacionamento entre seus membros tendem a ser mais produtivas e inovadoras.
  • Aumentar a retenção de talentos: Colaboradores com amigos no trabalho tendem a se sentir mais conectados à empresa e a ter maior engajamento.
  • Melhorar o bem-estar: Um ambiente de trabalho positivo, com relações interpessoais saudáveis, contribui para a redução do estresse e aumenta a satisfação no emprego.


Conectando com líderes e liderados

“A relação entre líderes e colaboradores é fundamental para o sucesso de qualquer equipe. Uma amizade baseada em respeito mútuo e profissionalismo pode fortalecer essa relação, aumentando a confiança e a comunicação”, afirma Leila Arruda.


Até que ponto é válida a máxima "trabalho não é ambiente para fazer amizades"?

Para Leilla Arruda, essa afirmação é um mito, já que afirma ser possível construir relacionamentos profissionais fortes e saudáveis, sem comprometer a ética e o profissionalismo. “Na verdade, amizades no trabalho podem trazer diversos benefícios, como maior engajamento, colaboração e inovação”, destaca a mentora.


Uma amizade entre colaborador e líder pode impactar nas entregas?

Segundo Leila Arrida, sim, “uma amizade entre colaborador e líder, quando baseada em respeito mútuo e profissionalismo, pode ter um impacto positivo nas entregas. A confiança mútua e a comunicação aberta facilitam a resolução de problemas e o alcance de objetivos comuns.”


Amizade no trabalho pode ser motivo para reduzir o turnover?

“Com certeza! Quando os colaboradores se sentem valorizados e fazem parte de um grupo unido, a probabilidade de eles deixarem a empresa diminui significativamente. As amizades no trabalho contribuem para um sentimento de pertencimento e aumentam a satisfação com o emprego”, afirma Leila.


Como cultivar amizades no trabalho?

  • Participar de atividades sociais: Almoços em grupo, happy hours ou grupos de estudo são ótimas oportunidades para interagir com seus colegas fora do ambiente de trabalho.
  • Oferecer ajuda: Demonstre proatividade e colaboração, oferecendo ajuda aos seus colegas quando necessário.
  • Celebrar as conquistas: Comemore as vitórias em equipe e reconheça o trabalho de seus colegas.
  • Ser um bom ouvinte: Demonstre interesse pelas ideias e experiências dos outros.
  • Construir um ambiente de confiança: Líderes devem criar um ambiente seguro e acolhedor para que os colaboradores se sintam à vontade para construir relacionamentos.
  • Estabelecer limites: É importante definir limites entre a vida profissional e pessoal, para que as amizades não interfiram no desempenho das tarefas.

 

Leila Arruda - mentora de carreiras há mais de 10 anos, é especialista em treinamentos voltados à gestão e ao desenvolvimento de novos líderes, visando três principais pilares: inteligência emocional, adaptabilidade entre conflitos multigeracionais e comunicação assertiva. Fundadora da Larruda Desenvolvimento Humano e coautora do livro “Coaching a hora da virada”, é pós graduada pela PUC/SP em Gestão de Carreiras e Liderança; Coaching e Membra Licenciada da LeaderArt International (Canadá) para o Brasil; Head Trainer e facilitadora do International Leader Coach Certification e Manager Coach Certification. Capacitação em Coach Life & Executive pela Sociedade Latino Americana de Coaching e certificação internacional em PDC Professional DISC e em PAC Professional Access; Certificação em PNL; curso de “Felicidade” pela Universidade de Yale; e Certificação de Inteligência Emocional pela SBIE.



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