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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

5 motivos para começar a vender nos marketplaces

Os marketplaces são uma excelente plataforma para aumentar as vendas, pois já possuem credibilidade e confiança do público 


Os hábitos de consumo mudaram radicalmente nos últimos dois anos, com o início da pandemia e do isolamento social. Não há dúvidas de que as pessoas já estavam, cada vez mais, comprando online - mas as atuais circunstâncias aceleraram esse processo natural. Segundo o 44º relatório da Webshoppers, realizado pela Ebit Nielsen, somente no primeiro semestre de 2021, o comércio eletrônico do Brasil atingiu o maior patamar de vendas da história, com um volume de R$ 54 bilhões.

Diante desta nova realidade, muitos empreendedores perceberam a importância de digitalizar a empresa e começar a vender online. O marketplace é uma excelente ferramenta, já que possibilita a venda de produtos em e-commerces já conhecidos do público, como Mercado Livre, Amazon e Netshoes. Dessa maneira, fica mais fácil conquistar confiança e adquirir novos clientes, já que existe por trás a credibilidade de uma grande plataforma de vendas.  

Pensando em ajudar quem está começando a entrar neste universo, o Magis5, Hub de Integração e Automação, lista 5 motivos para começar a vender nos marketplaces hoje mesmo. 


Público

Os marketplaces possuem uma enorme visibilidade e, dessa maneira, promovem o crescimento das marcas que exibem os produtos e serviços, já que expõem aquela empresa para um público mais amplo e diversificado. Portanto, ao conseguir atingir novas pessoas, é possível ampliar ainda mais a oferta de produtos, atuar em diferentes nichos e, o mais importante, conquistar novos clientes. 


Segurança

Um ponto importante procurado pelo consumidor quando compra online é a segurança , desde a proteção dos dados e do dinheiro, até o envio do produto. No caso dos marketplaces, já existem diversos protocolos de segurança que garantem a tranquilidade, tanto dos clientes, quanto dos vendedores. Além disso, boa parte dos usuários já possuem experiências anteriores na plataforma e, automaticamente, a barreira do medo já foi quebrada. 


Aumentar a receita de vendas

Este é, sem dúvida, um dos principais motivos para você começar a vender nos marketplaces o quanto antes. Você conseguirá, sem abandonar a sua própria loja virtual e/ou física, e sem investimento inicial, vender em novas plataformas, atingir novas pessoas, conquistar novos consumidores e, assim, aumentar a sua receita. 


Mais tempo para focar

Com a sua marca vendendo em diversos marketplaces, que já possuem uma logística bem estruturada, você terá mais tempo para se dedicar a traçar a estratégia do negócio - desde criar mais conteúdo para as redes sociais e site próprio, melhorar as fotos dos produtos, pensar em estratégias para fidelizar clientes etc. Tudo isso permitirá que a sua empresa cresça e aumente o volume de vendas e faturamento. 


Maior destaque nos sites de busca

Além de todos os benefícios citados anteriormente, os marketplaces possuem a vantagem de estarem em destaque nos principais sites de busca, como o Google. Isso fará com que os seus produtos apareçam mais vezes para o público, gerando, automaticamente, mais tráfego e maior volume de vendas. 


Eliminar a escassez é um passo em direção ao sucesso pessoal e profissional

 

Qual o pensamento mais negativo que tem sobre a respiração? O que o seu pai pensava sobre o dinheiro? O que a sua mãe pensava sobre o dinheiro? Quais são os seus dez pensamentos negativos ou limitativos sobre o dinheiro? Qual o medo que tem em viver o sucesso? Que atitude o seu pai tem/tinha em relação ao trabalho? Que atitude a sua mãe tem/tinha em relação ao trabalho?

É preciso perceber a razão pela qual está vibrando na escassez. Por isso, é bom investigar as suas crenças. Assim que as descobrir, transforme-as em afirmações positivas para mudar essa vibração e, principalmente, respire profundamente para deixar o ar entrar e se reconectar com a abundância. Esse, será o primeiro passo em direção ao tão desejado sucesso.

Algumas vezes, ouço no consultório a crença de que quem é espiritual não deve ter dinheiro. É importante que se desmistifiquem esses pensamentos, pois não há nada mais abundante do que estar ligado ao divino e usufruir do máximo da abundância. Por isso, desconfio daquele que fala de espiritualidade e vibra na escassez. É total desconexão do divino, do espiritual.

Não podemos esquecer que estar encarnado é nada mais do que um espírito experimentando viver na matéria e esta é justamente uma das nossas aprendizagens, saber lidar com a matéria.

O dinheiro é simplesmente uma energia que, como todas as outras, precisa de se movimentar. Senão fica estagnado, o que é muito perigoso. A energia do dinheiro movimenta-se de um canto ao outro do mundo como moeda de troca, como símbolo de um serviço prestado. Quando eu troco o meu dinheiro por serviços ou produtos, faço com que uma certa quantia vá parar na carteira de outra pessoa, que o dará a outra, e assim sucessivamente.

O dinheiro pago por mim passará pela mão de milhares de pessoas, isto se chama “ciranda financeira”. Quanto mais eu respiro, mais eu energizo essa ciranda. Quanto mais eu respiro, mais abundante eu fico. Quanto menos eu respiro, mais escassa eu fico. Quanto mais eu me apego ao dinheiro, menos energia eu coloco na ciranda, mais escassa eu fico, mais escasso o Universo fica, pois menos dinheiro circula.

Ser abundante é estar perto de Deus, e a respiração leva-nos para perto dele e para próximo do melhor que nós somos. Como o nosso pensamento é 100% criativo, precisamos acreditar que já nascemos abundantes e vivemos na abundância. Aquilo em que acreditamos transforma-se na nossa realidade.


Mas onde começa a busca pelo sucesso?

Com o embrião desde o momento da conceção, passando pela gestação e desaguando no nascimento, primeiro grande sucesso do ser humano. O processo de nascimento é um dos mais duros que a espécie humana passa e normalmente ninguém reflete sobre isso.

É o processo de maior medo, em que há necessidade de tomada de grandes decisões e principalmente de desapego, de deixar o útero materno e se lançar em direção ao desconhecido e ao novo, e quando isso acontece e todos ficam bem, o bebé e a mãe, temos o primeiro marco de sucesso.

Durante o meu nascimento ocorre o mistério sobre o meu sucesso e é justamente onde se pauta todo o meu olhar de terapeuta de Rebirthing, Mentora de Alta Performance de Mindset Milionário.

No momento do nascimento adquirimos crenças acerca do que é a vida, acerca do que é a realização e consequentemente acerca do que é êxito e sucesso. Essas crenças podem condicionar a vida de uma pessoa e esse condicionamento pode aniquilar o seu sucesso.

Quando me procuram querendo ter mais sucesso profissional, a primeira coisa que faço é tentar identificar como foi que nasceram. A partir daí, vou traçando um raio-X de toda história dessa pessoa até à vida adulta. Vejo o histórico profissional para que juntos possamos identificar onde começou a dificuldade em ter êxito.

Neste momento, começam a perceber que o processo de desconstrução do fracasso é muito mais profundo do que aprender marketing, do que se coloca na rede social, do que ter mais estrutura organizacional, mais planeamento estratégico que funcione, do que ter bons colaboradores…

Eles começam a implantar uma nova mentalidade, transformando os seus paradigmas acerca do sucesso. Criando uma nova forma de se verem a si próprios, o mundo e consequentemente uma nova forma de terem sucesso. Depois desse momento, normalmente mudam completamente a forma como vivem, e geram automaticamente mais sucesso e contribuem para quem está à sua volta de forma positiva. 

 

Marinélia Leal - atua como Mentora de Alta Performance, com ênfase em Neuro Mentoring de Mindset Milionário desde 2017, e como Terapeuta Vibracional, Life Coach, Formadora e Escritora desde 1998. É especialista em Rebirthing/Renascimento e Pré-Escola Uterina. Para mais informações, acesse https://www.marinelialeal.com/


MARINHA DO BRASIL

SERVIÇO DE SELEÇÃO DO PESSOAL DA MARINHA

 

Marinha: saiu edital de concurso de nível médio

Inscrições a partir de 28 de março de 2022

 

O edital do Concurso Público de Admissão às Escolas de Aprendizes-Marinheiros (CPAEAM), que oferece 686 vagas de ensino médio, foi divulgado. Para participar, o candidato pode ser de ambos os sexos, ser brasileiro nato ou naturalizado, ter 18 anos completos e menos de 22 no dia 30 de junho de 2023 entre outros requisitos.

Os rendimentos de um Marinheiro são de R$2.294, sendo R$ 1.765 de soldo militar, R$ 229,45 de adicional militar, R$ 211,80 de adicional habilitação e R$ 88,25 de adicional de compensação por disponibilidade militar.

As inscrições serão aceitas entre os dias 28 de março e 10 de abril no site https://www.marinha.mil.br/sspm/. A taxa é de R$40 e deve ser paga até o dia 14 de abril de 2022, no horário bancário dos diversos estados do Brasil.

O concurso será feito por meio de uma Prova Objetiva com 50 questões distribuídas por Ciências – Física e Química (15), Língua Portuguesa (15), Matemática (15) e Inglês (5). Os aprovados até o limite de duas vezes o número de vagas previstas, (1372 candidatos), serão convocados para os Eventos Complementares: Verificação de Dados Biográficos (VDB), Inspeção de Saúde (IS), Teste de Aptidão Física de Ingresso (TAF-i), Avaliação Psicológica (AP), Verificação de Documentos (VD) e o Procedimento de Heteroidentificação Complementar à Autodeclaração (PH).


Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa (C-FMN) ocorrerá em 48 semanas

O Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa (C-FMN) ocorrerá nas Escolas de Aprendizes-Marinheiros (EAM), sob regime de internato, de forma gratuita e com duração de um ano letivo em um único período escolar de 48 semanas, no qual serão ministradas disciplinas do Ensino Básico e do Ensino Militar-Naval.

O C-FMN possui duas fases: a primeira, no grau hierárquico de Aprendiz-Marinheiro (AM), destinada à formação militar-naval, e a segunda, no grau hierárquico de Grumete (GR), destinada à especialização técnica. Durante esse curso, serão proporcionados alimentação, uniforme, assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa.

Como AM, o aluno receberá bolsa-auxílio no valor total de R$ 1.303,90, sendo R$ 1.105,00 de soldo militar, R$ 143,65 de adicional militar e R$ 55,25 de adicional de compensação por disponibilidade militar. Já como GR, receberá um valor total de R$ 1.398,30, sendo R$ 1.185,00 de soldo militar, R$ 154,05 de adicional militar e R$ 59,25 de adicional de compensação por disponibilidade militar.

Após a conclusão do C-FMN, o GR será promovido à graduação de Marinheiro (MN).

 

Serviço
Contato: sspm.ingresso@marinha.mil.br
Site: www.ingressonamarinha.mar.mil.br


 
Serviço
Site: www.ingressonamarinha.mar.mil.br
Taxa de inscrição: R$100
Informações sobre a Escola Naval - http://bit.ly/formasdeingressoen

 

Mulheres na ciência: conheça as pesquisadoras que contribuem para a tecnologia e inovação no Brasil

EMBRAPII apoia Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, em 11 de fevereiro, e é celebrado com conquistas tecnológicas e inovadoras para o país

 

No Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, das 76 unidades EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) espalhadas pelo país, há muitas mulheres que contribuem para o desenvolvimento tecnológico por meio de projetos inovadores.

 

Em São Paulo, por exemplo, a pesquisadora Camila Camolesi tem inovado ao conseguir recuperar solos degradados por meio de esterco de aves. A profissional é bacharel em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo e mestre em Ciência Ambiental pelo Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo. Atualmente é pesquisadora na Seção de Investigações, Riscos e Gerenciamento Ambiental do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.

 

Tem experiência na área de Ciência Ambiental, atuando em projetos de P&D&I relacionados aos seguintes temas: investigação e recuperação de passivos ambientais, biorremediação de solos contaminados, estratégias de gestão integrada de resíduos sólidos, tratamento aeróbio de resíduos sólidos (compostagem) e educação ambiental em resíduos sólidos.

Atualmente, a pesquisadora desenvolve um projeto que utiliza esterco de galinhas para despoluir solos contaminados por derivados de petróleo. O projeto é apoiado pela EMBRAPII e pelo Sebrae, na categoria Desenvolvimento Tecnológico, tendo recebido aporte total de R$ 514 mil. A iniciativa é da empresa Eckoslife Soluções Ambientais em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

 

“A importância da EMBRAPII neste projeto é apoiar o desenvolvimento por meio de pesquisas pelos institutos, como o IPT que faço parte, em conjunto com um parceiro da indústria ou de serviços. É muito importante desenvolver a tecnologia e inovação por meio de financiamento para uma pesquisa aplicada que é essencial para o desenvolvimento tecnológico do país”, explica a pesquisadora do IPT e coordenadora do projeto, Camila Camolesi Guimarães.

Profissionalmente, Camila nunca pensou em ser pesquisadora, achava que a carreira era para quem se dedicava ao mestrado ou ao doutorado. Depois, ao fazer parte do IPT, descobriu que a pesquisa pode ser estendida a outros setores que não seja apenas a academia. 

 

Como uma mulher pesquisadora, ela conta que vê os desafios na profissão serem os mesmos comparados a qualquer profissional no mercado de trabalho. “Vemos a questão ainda do machismo na ciência, preconceito porque temos que tirar a licença-maternidade, questões relacionadas a equiparação salarial.

Acho que para quebrar este paradigma, temos que mostrar para a menina, desde o ensino fundamental, que é normal ter mulheres na ciência e claro, ter programas educativos que as capacitem”, conclui.

Camila Camolesi

 

Mulheres e algoritmos, sem espaço para o preconceito

 

Eliane Collins, 39 anos, natural de Porto Velho e manauara radicada, é engenheira da computação e doutora em inteligência artificial (IA) e machine learning. Trabalha atualmente em uma unidade da EMBRAPII no Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) em Manaus, em projeto relacionado a criação de novos métodos e avaliação de qualidade dos sistemas de inteligência artificial para dispositivos móveis.

 

Coordena uma equipe de 22 pessoas, sendo 10 mulheres. Começou sua carreira como estagiária de desenvolvimento de softwares e passou a trabalhar como analista de testes. Com habilidade para programar, passou a automatizar testes. Logo veio o desejo de contribuir na parte acadêmica. Começou, então, a pesquisar mais e publicar artigos sobre o assunto. Passo natural foi complementar a formação com o mestrado na Universidade Federal do Amazonas em engenharia elétrica, voltado para automação de testes e desenvolvimento ágil. O título de mestre a fez crescer profissionalmente e passou a gerenciar projetos de P&D&I. Em seguida, começou o doutorado em 2016 na USP de São Carlos e em breve defenderá sua tese em IA, em Deep Reinforcement Learnning Based Mobile Application Testing.

 

A importância do investimento da EMBRAPII no projeto que gerencia, permite que ela se sinta uma profissional de sorte “é um privilégio poder trabalhar na minha área de pesquisa. Ter um ambiente de laboratório adequado para inovar, para trabalhar e pesquisar. Trabalho no que eu gosto, trabalho com o que eu estudo, com o que eu pesquiso”. O incentivo da EMBRAPII permite, inclusive, que ela possa fazer planos para o futuro “ainda tem muita coisa que eu quero pesquisar, é um desejo que não passa nunca”.

 

Mas o caminho até o protagonismo profissional já colocou Eliane em situações de machismo estrutural sentido na pele. Em uma das disciplinas do doutorado, justamente a de IA, passou por uma turma de 40 alunos em que somente três eram mulheres e ouviu comentários indiretos de que ali não era seu lugar. Eliane não deu ouvidos, aproximou-se de outras pesquisadoras o que só fez crescer a admiração pelas colegas e professoras.

 

Ela lamenta a falta de referências femininas na área, desde a faculdade. “Depois é que eu fui descobrindo várias professoras com trabalhos brilhantes. Isso me incentivou a continuar. É muito importante a gente ter a diversidade em todas as áreas”. Contudo, acredita que já há mais movimentação no mercado para as meninas virem para a área de tecnologia, pois há muitas mulheres empreendedoras e CEO´s, mesmo que não sejam destaque na grande mídia. Quando perguntada sobre suas inspirações nas ciências, ela cita Marie Curie, Ada Lovelace e Grace Hopper, e enaltece as professoras Tayana da Universidade Federal do Amazonas e Maria da Graça Pimentel da USP.

 

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências lembra que a garantia da maior representatividade está diretamente ligada à redução da desigualdade de gênero, não só na área de tecnologia, mas em todas as esferas sociais. ” É um dia importante para dar visibilidade ao trabalho de mulheres na ciência, para incentivar e destacar nossa importância, pois por muitos séculos esse lugar nos foi negado”, pontua Eliane.

 

Saiba quais são os meios de pagamentos mais seguros para a sua empresa

Mais de 152 milhões de transações foram feitas no primeiro semestre de 2021 e cerca de 2,6 milhões delas foram tentativa de roubo

 

Facilitar o consumo em um negócio é essencial para fidelizar clientes e atrair novos consumidores. No entanto, quando se trata de transações financeiras, surgem várias artimanhas para fraudar os sistemas de estabelecimentos comerciais. 

De acordo com o Mapa da Fraude, estudo divulgado pela ClearSale no ano passado, mais de 152 milhões de transações foram feitas no primeiro semestre de 2021 e cerca de 2,6 milhões delas foram tentativas de roubo. É por isso que, mais do que nunca, empreendedores precisam garantir que o processo de venda em suas empresas seja seguro e eficaz. 

Samuel Ferreira, CEO da Meep, startup voltada para soluções de consumo, explica que, antes de tudo, é necessário conhecer as opções de cobrança para garantir uma boa experiência de compra ao cliente. “Quando falamos de meios de pagamento, as opções mais comuns são boleto e cartões de crédito e débito. Mas, já surgiram inúmeras novidades no mercado que garantem segurança tanto para o consumidor, como para o empresário”, lembra. 

Pensando nisso, o especialista selecionou três possibilidades de pagamento seguras, considerando a satisfação do cliente e a gestão eficiente do negócio. Confira:
 

Autoatendimento

Em um estabelecimento comercial, o autoatendimento pode ser feito via totem, tablet ou aplicativo. Um ponto forte deste modelo de pagamento é a segurança das informações do cliente. Além de processar o pedido de forma rápida e eficiente, o consumidor tem a garantia que seus dados estão protegidos. 

Já o dono do negócio tem o controle das operações feitas. “É possível acompanhar o que foi vendido, contribuindo para a organização dos relatórios financeiros da empresa”, comenta o CEO da Meep.
 

Cashless

Cashless é o meio de pagamento feito sem dinheiro ou cartão de débito e crédito. Basta o cliente inserir a quantidade de crédito que deseja gastar em uma pulseira ou cartão RFID e consumir o que quiser. Dessa forma, o consumidor evita andar com dinheiro ou vários cartões, diminuindo as chances de roubos em locais movimentados. 

Já o estabelecimento que utiliza esta solução não fica com dinheiro em caixa, uma vez que todas as transações são creditadas na conta da empresa, por meio de criptografia, evitando assim fraudes. “Neste modelo de pagamento, tanto o cliente, como o dono do negócio saem ganhando”, considera o executivo.
 

Carteira digital

Aplicativo que armazena dados de pagamento e permite o acesso aos extratos, transferências, pagamentos de boletos e muito mais. Essa tecnologia pode ser usada para transações online e em estabelecimentos físicos apenas aproximando o celular da máquina que aceita pagamento por aproximação. De acordo com um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, divulgado em 2021, 61% das pessoas das classes A, B e C, que possuem smartphone no País, já usam carteiras digitais. 

“Além da praticidade, outro ponto forte da carteira digital é a proteção do cliente. Isso porque, mesmo que o aparelho seja roubado, nenhuma informação pessoal pode ser acessada, já que é amparado por um eficiente sistema de segurança”, aponta Samuel Ferreira.
  

Vendas do comércio têm queda de 1,6% no início de 2022, revela Serasa Experian

Segmento de Materiais de Construção fortificou recuo com baixa de 2,6% 

 

As vendas do comércio físico brasileiro marcaram queda de 1,6% em janeiro de 2022 na comparação com o mês anterior. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o segmento de Material de Construção registrou a maior baixa do mês, com -2,6%. Apenas três dos setores analisados apresentaram números positivos e o destaque ficou para a comercialização de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios, que teve variação mensal de 1,5%. Confira no gráfico abaixo os números completos:


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o varejo físico ainda enfrenta dificuldades para retornar aos níveis de venda pré-pandemia. “Mesmo com a volta do consumo presencial, os empreendedores ainda encontram desafios para elevar nos níveis de vendas e manter um fluxo de caixa estável. O cenário instável de economia no país, a alta inflação e expressiva taxa de juros são fatores que não contribuem para essa recuperação”. Rabi também pontua que os setores que apresentaram crescimento mostram que o modelo de consumo da população brasileira segue sendo medido por meio da priorização de itens essenciais. “As pessoas continuam priorizando as compras e adiando supérfluos”, finaliza.


Variação anual também registra retração

O comparativo anual entre janeiro de 2022 e o mesmo período de 2021 também revelou queda, essa de 5,6%. Na análise por segmento, apenas o de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática não registrou retração, crescendo 4,2%. O setor de Combustíveis e Lubrificantes, bem como o de Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas, tiveram as baixas mais expressivas de 14,9% e 9,8%, respectivamente. 

Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.
 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Rio lidera ranking da Decolar dos destinos nacionais mais buscados para o feriado de Carnaval


São Paulo vem logo a seguir entre as cidades buscadas

por quem planeja aproveitar o feriado prolongado

 

A Decolar empresa de viagens líder na América Latina – acaba de realizar um levantamento sobre os dez destinos nacionais mais buscados pelos brasileiros para o feriado prolongado do Carnaval (26 de fevereiro a 1 de março de 2022). 

No pódio está a cidade do Rio de Janeiro como a mais buscada pelos clientes da Decolar, seguida por São Paulo, que ocupa a 2ª posição. Ainda no Sudeste há Belo Horizonte em 5º. Dos outros sete destinos, quatro são no Nordeste: Porto de Galinhas (4ª), Natal (6ª), Maceió (8ª) e Porto Seguro (10ª). Na rota de viagem dos brasileiros há ainda três cidades na região Sul: Florianópolis (3ª), Gramado (7ª) e Balneário Camboriú (9ª). 

 

Para uma viagem tranquila, a Decolar tem um guia de protocolos sanitários e tarifas flexíveis, caso o cliente precise fazer alguma mudança. A companhia também oferece diversas possibilidades de pagamento (boleto parcelado, Pix, opção de dividir a compra em até dois cartões, além da modalidade de empréstimo pessoal da Koin, que pode custear a viagem).


 

Sobre o Levantamento  

O indicador de Carnaval foi realizado com base nas buscas de hotéis para check-in no período de Carnaval (26 de fevereiro a 01 de março de 2022) no site e aplicativo da Decolar.

 


Decolar

 decolar.com/media-kit/#/


Telemedicina cresce na pandemia e fraudes nos reembolsos das operadoras aumentam

Operadoras de saúde aceleram investimentos em soluções tecnológicas para tornar processos preventivos mais ágeis e eficientes 

 

A telemedicina ganhou força durante a pandemia e o número de consultas online quintuplicou nos dois últimos anos. Estimativas dão conta de que as 5 maiores operadoras do país realizaram em média 1 milhão de consultas online cada durante 2021, o que levou à aceleração da transformação digital no setor. Além dos pesados investimentos em tecnologia para atender às novas demandas, o segmento ainda sofre com o aumento dos custos provocado pelo crescimento dos pedidos de reembolso e fraude.

De acordo com Daniel Gusson, Head Comercial Seguros da Neurotech, antes havia uma burocracia que desestimulava o pedido de reembolso, feito via carta para a sucursal da empresa. “Agora tudo é feito de forma online, o que facilitou o processo e fez crescer o número de solicitações bem como as possíveis fraudes”, afirma.

 Em 2021, o número de pedidos de reembolso deu um salto e, em média, 3 milhões pedidos de reembolsos geram mais de R$ 2 bilhões em custos para o grupo das 5 maiores seguradoras. O valor médio de reembolso fica em torno de R$ 750,00. Em 20% do total de pedidos é identificado algum tipo de fraude atualmente. Mas o percentual pode se aproximar de 60% quando é realizada uma apuração mais eficaz através do uso de inteligência artificial. “Com a nossa solução, a identificação de abusos e fraudes foi 2,7 vezes maior”, destaca Gusson.

O sistema de inteligência artificial é responsável por automatizar operações, consultar e combinar dados internos e externos – de fontes públicas e privadas –, como DataSus, ANS, entre outras centenas de autorizadas disponíveis, lançar mão do Big Data e segmentá-las de acordo com as políticas pré-definidas pela empresa que adotou a tecnologia. A partir desta análise, o pedido recebe um score de fraude.

Quanto mais elevado for o score, maior é a probabilidade da solicitação apresentar alguma irregularidade. “Entre os 10% dos pedidos de maior score, 92% apresentaram um item com fraude detectada pela auditoria”, explica.

As fraudes envolvem casos como emissão de duas ou mais notas fiscais para que o reembolso seja total, alteração do valor do recibo para um reembolso maior e casos em que o beneficiário permite que outra pessoa utilize seu plano. “Essas irregularidades são um dos principais problemas enfrentados pelas operadoras e as formas de fraudar são constantemente atualizadas. De maneira geral, nossa experiência ajuda a atuar na prevenção”, diz Daniel.

A Neurotech é pioneira na criação de soluções avançadas de inteligência artificial e tem aplicado sua tecnologia de análise e interpretação de grandes volumes de dados para aprimorar os serviços na área de Saúde.


O papel vital da aprendizagem profissional

A aprendizagem profissional no Brasil se fortaleceu nos anos 2000 com a edição da Lei 10097/00, que alterou a consolidação das Leis do Trabalho nos  arts. 428 a 433 e legislações correlatas. O que se observou naquele momento de inclusão de novas instituições formadoras e fixação de contratação de 5% a 15% de aprendizes nas grandes e médias empresas foi que o número de aprendizes ascendeu. Dessa forma, concretizou-se a promessa constitucional de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio da proteção da adolescência e juventude brasileira com a garantia do direito prioritário à profissionalização, com a aprendizagem profissional. Em suma, para inúmeras famílias, a aprendizagem profissional passou a ser vista como esperança de um futuro melhor para seus filhos. A iniciativa foi considerada muito bem sucedida pela Organização Internacional do Trabalho.

Por isso, precisamos estar atentos, pois qualquer mudança na legislação pode mudar o conceito central da Lei 10097/00. Já foram sondadas algumas possíveis mudanças, como, por exemplo, a permissão para que empresas possam contratar jovens sem seguir a exigência de que todos estejam matriculados na escola. Outra, flexibilizar a norma que obriga as empresas a contratar um percentual de aprendizes proporcional ao número de funcionários. Ou ainda, aumentar o limite de idade para contratação dos aprendizes para 18 anos; por fim, planeja-se que seja desatrelada a remuneração do aprendiz do salário mínimo.

Eventuais mudanças são preocupantes e podem resultar em retrocesso social, vindo a estimular o trabalho infantil e a violência, principalmente em relação aos mais vulneráveis. O grande mérito da aprendizagem profissional tem sido assegurar que os adolescentes não abandonem a escola. Por isso, aprendizes são estudantes que têm de 14 a 18 anos de idade, matriculados regularmente no ensino médio. Se mantivermos essa premissa, teremos cada vez mais adolescentes sendo preparados para o mundo do trabalho e, ao mesmo tempo, com seus direitos preservados.

Também não podemos esquecer que o princípio da proteção integral assenta-se num tripé: o reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos; o reconhecimento da criança e do adolescente como seres humanos em desenvolvimento; e a prioridade absoluta que lhes deve ser concedida.

O direito à aprendizagem surgiu em reação a uma grande crise social, na qual crianças e adolescentes não tinham o menor valor. Surgiu-se então a necessidade de elaborar leis que garantissem igualdade social. E a Lei da Aprendizagem é resultado desse fenômeno. Com educação e profissionalização provoca-se mais igualdade entre todos.

Portanto, alterações na legislação da aprendizagem devem ser vistas com muita cautela, pois podem provocar um grande retrocesso social e a perda de direitos de nossos adolescentes e jovens. Mais que isso. Colocar em risco o futuro deles como cidadãos. E nisso a aprendizagem profissional tem um papel vital.

 

 

Mariane Josviak - Procuradora Regional do Trabalho na 9.ª Região e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Conselheira do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR).


Andre Godoi -Assessor Jurídico na Procuradoria Regional do Trabalho na 9.ª Região.

 

Pesquisadoras encaram desafios e reúnem histórias de comprometimento social

Para elas, inspirar meninas para carreira científica, mudar estereótipos da profissão e dar visibilidade às realizações de mulheres pesquisadoras são principais conquistas 

 

Um ambulatório voltado a compreender e tratar as sequelas pós-covid, uma pesquisa sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica e um estudo sobre o impacto do coronavírus no coração. Quem está por trás de todos esses projetos são pesquisadoras brasileiras dedicadas a contribuir e dar respostas aos problemas da sociedade, especialmente durante a pandemia. No último século, as mulheres vêm conquistando espaços na vida social, política e profissional que, por muito tempo, foram restritos aos homens. Os avanços são vários, e figuras femininas ocupam hoje papéis de liderança na saúde e na pesquisa.

O reconhecimento da participação feminina na ciência é um fato recente na história. Somente após a segunda metade do século 20 é que elas começaram a ter maior acesso à carreira científica e a posições antes ocupadas apenas por homens. De acordo com o relatório "A Jornada do Pesquisador pela Lente de Gênero", publicado pela Elsevier, em 2020, a participação de mulheres nos mais diversos campos da ciência oscila entre 20% e 49% nos quinze países estudados. Na pesquisa, o Brasil figura entre os mais próximos do equilíbrio na proporção entre homens e mulheres na autoria de artigos científicos, com 0,8 mulher por cada homem. O desempenho é superior ao do Reino Unido, com 0,6, e ao dos Estados Unidos e da Alemanha, ambos com 0,5.

"A proporção de pós-graduandas é maior que a de homens, mas nos papéis de liderança eles ainda são a maioria", pontua Cristina Baena, coordenadora do ambulatório pós-covid montado pelo Hospital Universitário Cajuru, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba (PR). Ao considerar que a mulher como gestora tem uma habilidade emocional importante para conduzir a equipe de forma mais acolhedora, a pesquisadora entende que a carreira da mulher na ciência precisa prever momentos que são característicos da sua vida, sobretudo a maternidade. "É possível ser mulher, mãe e pesquisadora, mas é preciso um grupo de apoio, pois sozinha é muito difícil", conta Cristina, que, ela mesma, encarou a criação de um filho enquanto realizava mestrado, doutorado e pós-doutorado.

As contribuições que as mulheres podem trazer para a ciência, tecnologia e inovação, além da promoção de melhores condições de vida e justiça social genuína, são inúmeras. Mas o caminho para conquistar esse espaço não é fácil. "A busca da equidade entre homens e mulheres passa pela reflexão e redefinição de conceitos sobre o papel de ambos na sociedade", sinaliza a pneumologista dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Rebecca Stival. De acordo com a pesquisadora, o primeiro passo seria a conscientização dos homens da importância da participação deles na construção de uma sociedade mais igualitária. "São várias barreiras que precisamos quebrar para chegar num mundo mais justo, mas nada que não consigamos alcançar", defende.

A ciência e a equidade de gênero são medidas fundamentais para melhorar as condições de vida e a conservação do planeta. É o que pontuou a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, promovida pela Organização das Nações Unidas em 2015. Entretanto, tudo indica que nenhum país no mundo terá alcançado a igualdade entre os gêneros daqui a oito anos, de acordo com os dados do primeiro ranking de gênero dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs), estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O último relatório do Fórum Econômico Mundial apontou que a desproporção de gênero no trabalho aumentou e apenas daqui a 267 anos o equilíbrio será alcançado.


Mulheres motivam mulheres

Inspirar meninas para a carreira científica, mudar estereótipos da profissão de cientista e dar visibilidade às realizações de mulheres pesquisadoras. Esses são alguns dos desafios quando se fala sobre gênero e Academia e, entre eles, há uma necessidade em comum: um novo olhar para a forma como se comunica a ciência. "É preciso ver para crer que é possível conquistar um espaço dentro da ciência”, afirma a cardiologista e médica da qualidade do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Hartmann. Para ela, as mulheres precisam ter modelos a serem seguidos. “Se você vê uma mulher fazendo um trabalho relevante e memorável, você pensa ‘eu também posso fazer isso!'", argumenta.

Ciência é uma opção de futuro para as mulheres? São inúmeras as cientistas que se destacam com trajetórias acadêmicas e profissionais brilhantes dentro da ciência, inspirando outras meninas a acreditarem, persistirem e não desistirem de trilhar caminhos igualmente bem sucedidos. Como é o caso da pesquisadora Rebecca Stival, que cresceu em um círculo de mulheres fortes e acredita no poder do diálogo com estudantes. "É importante conversar com as mulheres que estão começando na ciência e deixar claro que o caminho não será fácil. Vamos cair, levantar, rever hipóteses e no final conquistar nosso espaço. Não precisamos ser iguais aos homens. Temos diferenças que nos tornam únicas e que precisam ser respeitadas", declara ela, que estuda impactos e tratamentos de enfisema na doença pulmonar obstrutiva crônica.

"A mulher tem que se expor mais, acreditar mais em si mesma e falar com segurança. De igual para igual, para ser respeitada nesse meio", declara a pesquisadora Camila Hartmann, que está à frente do estudo sobre o impacto do coronavírus no coração. Os contextos sociais e culturais são diversos, mas há muitas semelhanças nas inspirações e dificuldades encontradas por mulheres que trabalham com ciência ao redor do globo. Essa inspiração e esse exemplo são fundamentais para que cada vez mais mulheres permaneçam na ciência em tempos ainda mais desafiadores. "É de vital importância gerar e apoiar modelos que estimulem a diversidade nas ciências e que incorporem um olhar de gênero com foco no engajamento, reconhecimento e liderança de mulheres e meninas na produção científica", considera.

"Ser pesquisadora é realizar um trabalho que representa o máximo da nossa entrega para a sociedade", declara Cristina Baena, professora e coordenadora de pós-graduação na PUCPR e uma das coordenadoras do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, que fez parte de dezenas de estudos para compreender o comportamento da covid-19.  Ela explica que o artigo científico é apenas a ponta do iceberg, uma vez que o trabalho inicia na formulação do projeto, passa pela pesquisa de campo, segue na sistematização dos dados e, então, chega no resultado final. Um resultado que nem sempre é o esperado e que algumas vezes precisa ser reformulado. "No momento de incerteza, reafirmamos nossa missão e respondemos com produção de conhecimento e qualificação de recursos humanos. A ciência é o caminho para o futuro", finaliza. 

 

Por que os alagamentos em São Paulo parecem não ter solução?

 Em época de verão, sobretudo no mês de janeiro, o estado de São Paulo é marcado por uma série de empoçamentos, inundações e fortes temporais. Somente no primeiro mês de 2022, mais de 500 pessoas ficaram desalojadas após os estragos provocados por enchentes e 33 pessoas morreram. A situação é recorrente e vem causando deslizamentos, pontos da cidade ilhados e transbordamento de rios. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as precipitações aumentaram quase 55% neste século. Mas será que esta é principal culpada pelos desastres? 

Temos que enfatizar que esse não é um problema de momento, ele é fruto da estruturação do desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo; a construção da metrópole foi realizada em cima de diversos rios e córregos, além de ocupações de várzeas e encostas vulneráveis. Por essa razão, não é possível conter de forma efetiva os problemas decorrentes de águas pluviais na capital paulista. Tendo isso em mente, devemos aprender a conviver com o problema por meio de sistemas de alerta e contenção das águas pluviais onde se precipitam, evitando ao máximo as conhecidas enxurradas, ou seja, acelerar as águas, afastá-las o máximo possível, o que acaba transferindo o problema de um ponto a outros. 

O fato é que o Estado teve um crescimento desordenado, muitas residências foram construídas sobre e sob encostas, rios e córregos, bem como ocupando suas margens vulneráveis às cheias, alterando ou acelerando o percurso normal das águas que acabam em fundos de vale, como a calha do rio Tietê. Parte do problema se dá pela construção de casas em locais inapropriados, terrenos frágeis, que deveriam servir como infiltração da água excedente e acabaram impermeabilizados com concreto e asfalto, acelerando as águas pluviais. Ninguém gosta ou escolhe morar em locais de risco, mas essa população mais carente não encontra outra solução de moradia e pouco se faz para prevenir os riscos. 

A falta de área verde e o despejo de lixos na cidade acentuam ainda mais o problema, pois o ambiente natural propicia a infiltração de água no solo, reduzindo o escoamento mais acelerado pela superfície de um solo em geral impermeabilizado. Já o acúmulo de lixo e entulhos lançados nas ruas entope as bocas de lobo, obstrui o escoamento em córregos, atrapalhando o escoamento da água, principalmente se pensarmos que estes sistemas de drenagem urbana não foram planejados para suportar lixo combinado com chuvas cada vez mais intensas. 

A construção de piscinões em áreas de grandes alagamentos, visto como uma possível solução, não deveria mais ser o único foco da gestão da Prefeitura de São Paulo, pois não é só por meio dessas grandes obras que vamos conseguir melhorar a qualidade de vida da população. O paradigma até hoje foi sempre de canalizar, fazer piscinão e 'acelerar' as águas, no entanto, algumas alternativas devem ser priorizadas, tais como: construção de jardins de chuva, bacias de retenção e infiltração da água no solo e a recuperação da vegetação para infiltrar e reter as águas pluviais, recarregando os aquíferos, o que possibilitaria algum aproveitamento hídrico na época da estiagem sazonal da capital. 

Não foi a falta de planejamento e conhecimento que nos levou a atual situação, mas a falta de ação que tivesse uma diretriz mais ampla, e não promover somente a visão de soluções que se limitassem aos fundos de vale, sejam canalizações, sejam piscinões. A ineficácia dos investimentos públicos fica cada vez mais patente e as melhorias acabam ficando aquém do tamanho do problema. Isso tudo é realmente fruto de uma sucessão de decisões anteriores.

A convivência com as chuvas é uma questão cotidiana que precisa ser trabalhada todo dia, todo ano, para que não tenha atenção só na emergência. Temos que nos reeducar no uso do cotidiano da cidade e convívio com suas águas, uma riqueza intangível. As políticas públicas das prefeituras em geral são setoriais, faltando entes que cuidem das águas pluviais, bem como faltam recursos que garantam a prestação desse serviço urbano.


As soluções precisam ser vistas de maneira sistêmica e implantadas cotidianamente por um ente que pode ser interfederativo, que cuide desde o planejamento e projeto, chegando às obras, operação e manutenção de todas as estruturas de manejo das águas pluviais urbanas. Sem uma visão coordenada, com um ente responsável e que tenha recursos monetários de diversas origens, não somente o IPTU, as soluções correm o risco de serem parciais e pouco efetivas.


 

Antonio Eduardo Giansante - especialista em recursos hídricos e saneamento ambiental e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

 

Valter Caldana - mestre em planejamento urbano e regional e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).


Federação Partidária: um casamento por quatro anos

O Supremo Tribunal Federal analisou a ação direta de inconstitucionalidade promovida pelo PTB contra os artigos 1º, 2º e 3º da Lei 14.208/2021, que dispôs sobre a formação das “Federações Partidárias”. 

A lei prevê a reunião de dois ou mais partidos políticos em uma federação, sendo certo que a constituição deverá, impreterivelmente, ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Não se pode olvidar que a federação atuará como se fosse uma única agremiação partidária, observando as regras que se aplicam aos partidos. 

O ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, frisou ainda a diferença entre as federações e as coligações. “As coligações ofereciam esse grave risco de fraude da vontade do eleitor, porque partidos sem nenhuma afinidade programática se juntavam ocasionalmente e depois seguiam caminhos diferentes (…) A lei aprovada no congresso evita esse tipo de distorções”, disse Barroso.  

Isso porque nas federações os partidos terão que atuar de forma conjunta em um só programa, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos. Por terem abrangência nacional – ao contrário das coligações, que têm alcance estadual e são desfeitas após as eleições –, dependem de negociações mais robustas e da superação de divergências ideológicas e locais. E em caso de desistência da federação antes do prazo de quatro anos, a sigla pode ser penalizada com a proibição de uso dos recursos do fundo partidário pelo prazo remanescente do acordo. Barroso foi acompanhado pelos ministros André Mendonça, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Rosa Weber. 

São requisitos legais decorrentes da constituição da federação partidária:  (i) Prazo mínimo de 4 anos; (ii) Caráter nacional; (iii) Programa e Estatuto comuns. 

E as consequências em caso de desligamento da federação são: i) vedação de ingressar em federação nas duas eleições seguintes; ii) vedação de entrar em coligações majoritárias (as proporcionais estão proibidas) nas duas eleições seguintes; iii) vedação de utilização do fundo partidário até completar o prazo remanescente de duração da federação. 

Importante destacar que na votação, a maioria dos ministros votou para que 31 de maio de 2022 seja a data-limite para a formação das federações. Já nas próximas eleições, este prazo máximo deverá ser de seis meses antes do primeiro turno. Outros ministros da Corte seguiram Gilmar Mendes, que defendeu que o prazo final devia ser o dia 5 de agosto, após as convenções partidárias. 

Essa era uma votação aguardada por dirigentes partidários para movimentar as siglas e destravar as negociações importantes do tabuleiro eleitoral, que pode significar um casamento eleitoral de quatro anos.

 


Marcelo Aith é advogado - latin legum magister (LL.M) em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP, especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidade de Salamanca, professor convidado da Escola Paulista de Direito e presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Econômico da ABRACRIM-SP.


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