• Avanço de 10,53%
IPM-H foi impulsionado por aumento nos preços em todos os grupos que compõem os
itens da cesta do índice
• Após alta total de
1,72% em março, alguns grupos de medicamentos sofreram aumentos superiores a
15%, como os voltados para órgãos hematopoiéticos (+20,59%), anti-infecciosos
gerais (+17,19%), preparos hormonais (+15,42%)
• Em comparação, o
IPM-H de abril supera o crescimento do IPCA/IBGE em abril (+0,31%) e outras
variações do período, como o IGP-M/FGV (+1,51%) e na taxa média de câmbio
(-1,49%)
Os preços dos
medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil sofreram alta de 10,53%, de
acordo com o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador
inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo - health tech líder em
soluções digitais para gestão em saúde.
A alta foi alavancada
pelo aumento de todos os itens que compõem os grupos de medicamentos analisados
e o crescimento dos preços supera o IPCA/IBGE deste período, assim como outros
indicadores econômicos do último mês, como o IGP-M/FGV (+1,51%) e na taxa média
de câmbio (-1,49%).
Em março, o avanço
havia sido de 1,72% em março. Já em abril, a escalada de preços para alguns
grupos que ficaram acima dos 15% elevou expressivamente o índice. Entre os
principais aumentos, destacam os usados nos tratamentos de sangue e órgãos
hematopoiéticos (+20,59%), anti-infecciosos gerais (+17,19%) e preparos
hormonais (+15,42%). Em seguida, mas não muito abaixo, estão as subidas de
preços nos medicamentos para aparelho cardiovascular (+13,31%), aparelho
digestivo e metabolismo (+11,03%), entre outros.
No mês de abril,
entraram em vigor os reajustes anuais de preços, segundo a regulamentação de
preços-teto da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED): de até
10,08% para os produtos do nível 1, de maior concorrência; de até 8,44%, para
os produtos de nível 2, de concorrência moderada; e de até 6,79%, para o nível
3, para produtos sujeitos a pouca ou nenhuma concorrência no mercado.
Analisando os últimos
meses, o IPM-H acumula alta de 13,66% em 2021. Já considerando o recorte dos 12
últimos meses encerrados em abril, a alta fica em 20,22%. Neste último cenário,
os grupos de medicamentos que mais colaboraram para o aumento dos preços foram
aqueles usados para o aparelho digestivo e metabolismo (+62,00%), sistema
nervoso (+57,81%), aparelho cardiovascular (+47,94%), preparados
hormonais (+28,03%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+22,97%) e sistema
musculoesquelético (+22,11%). Em contraste, os grupos com as menores variações
incluíram: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+3,19%), órgãos
sensitivos (+4,54%), aparelho respiratório (+6,10%), medicamentos
atuantes no aparelho geniturinário (+8,98%), imunoterápicos, vacinas
e antialérgicos (+8,99%) e agentes antineoplásicos/quimioterápicos
(+12,93%).
Sobre o IPM-H
O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais
(IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de disponibilizar
informações inéditas e de interesse público relacionadas à área de saúde, com
foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados entre
fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. O IPM-H é elaborado com base
nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da plataforma
Bionexo, por onde são transacionados mais de R﹩ 12 bilhões de
negócios no mercado da saúde por ano, o que representa cerca de 20% de tudo que
é transacionado no mercado privado nacional.
A health tech conecta mais de duas mil
instituições de saúde a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e
suprimentos hospitalares. A cada mês e para cada grupo de medicamentos, a FIPE
calcula o índice de variação do seu preço em relação ao mês de referência,
levando em consideração algumas variáveis que podem ser relevantes para
determinar o preço das negociações, incluindo: (i) quantidade de produtos
transacionada; (ii) distância geográfica entre hospitais e fornecedores.
Os medicamentos são agrupados em 13 grupos terapêuticos
(classificação da ATC*) e ponderados de acordo com uma cesta de valor total
transacionado na plataforma Bionexo no ano anterior. O IPM-H consolida o
comportamento dos índices dos preços de cada grupo terapêutico, também
ponderados pelo valor transacionado do grupo na plataforma.
Embora possam estar correlacionados, o
comportamento do IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos
em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo). Além
disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou
planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos,
materiais recursos humanos, protocolos de tratamento/atendimento e segundo
frequência de uso.
Sobre a Bionexo
Líder em soluções digitais para gestão em saúde,
a multinacional brasileira conecta mais de dois mil hospitais e outras
instituições do setor a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e
suprimentos hospitalares no Brasil, Argentina, Colômbia e México. Por ano, em
uma de suas plataformas são transacionados mais de R﹩ 12 bilhões de
negócios no mercado da saúde, o que representa cerca de 20% de tudo que é
transacionado no mercado privado no país. No Brasil, que representa 80% dos
negócios da companhia, a Bionexo tem impacto direto em cerca de 40% dos leitos
privados e 64% dos leitos de alta complexidade. Pelos seus sistemas, passam
todos os dias mais de duas mil cotações de preços e condições para mais de 20
mil itens - de alimentação e medicamentos a equipamentos de diagnóstico de alta
complexidade.