Pelo mapeamento da entidade, tecnologia fotovoltaica ultrapassou 600 mil
usuários, 0,7% do total de consumidores brasileiros, com amplo espaço para crescimento
Para a associação, a aprovação do marco legal da modalidade será o melhor caminho para evitar retrocessos e democratizar a geração própria no Brasil
Segundo levantamento da Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca de
600 mil unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte
solar. Desde 2012, a modalidade representa mais de 5,5 gigawatts de potência
instalada operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 28 bilhões
em novos investimentos ao País, agregando mais de 166 mil empregos acumulados
no período, espalhados pelas cinco regiões nacionais.
Para a entidade, a aprovação do marco legal da modalidade será o melhor caminho
para evitar retrocessos e democratizar a geração própria no País. O marco legal
está pronto para votação na Câmara dos Deputados, por meio do Projeto de Lei
(PL) nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do
deputado federal Lafayette de Andrada.
No total, 38 instituições representativas do País apoiam o PL nº 5.829/2019,
que garantirá em lei o direito do consumidor gerar e consumir sua própria
eletricidade por meio de fontes limpas e renováveis, incluindo de produtores
rurais, de comércio de bens, serviços e turismo, de pequenos negócios e de
defesa do consumidor, dentre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), o Sebrae, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
(Abimaq) e a Proteste, maior entidade de defesa do consumidor da América Latina
e do Brasil.
Em número de unidades consumidoras usando geração própria de energia solar, os
consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 74,9% do total.
Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (15,5%),
produtores rurais (7,0%), indústrias (2,3%), poder público (0,4%) e outros
tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
A geração própria de energia solar já está presente em 5.297 municípios e em
todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá
(MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ),
respectivamente.
“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das
metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste
momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se
trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da
ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
“A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros
com a redução do uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis
pela terrível bandeira vermelha, além de reduzir as perdas elétricas e os
investimentos em infraestrutura, que também são cobrados nas faturas de
energia”, comenta o presidente do Conselho de Administração da entidade,
Ronaldo Koloszuk.
ABSOLAR
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