Levantamento
indica que 90% das companhias veem o ambiente regulatório como maior desafio,
cibersegurança e fraudes também preocupam o setor
A pesquisa Criptoeconomia
no Brasil 2025, realizada
por ABcripto e PwC Brasil, revela que o avanço das
tecnologias descentralizadas convive com um cenário de riscos elevados. Para
90% das empresas, o risco regulatório é hoje o principal entrave para projetos
de blockchain e tokenização, reflexo da ausência de regras consolidadas, diretrizes
operacionais padronizadas e segurança jurídica para operações de maior escala.
Os dados
mostram ainda que desafios estruturais continuam a pressionar o setor:
cibersegurança (48%), fraudes (45%), baixa maturidade prática das tecnologias
(50%), escassez de profissionais especializados (47%) e dificuldades de
integração com sistemas legados (40%). O conjunto evidencia um ambiente que
avança rapidamente em inovação, mas que ainda carece de infraestrutura
regulatória e operacional compatível com o ritmo de adoção.
Segundo
Fabio Moraes, Diretor de Educação e Pesquisa ABcripto, o setor está
tecnicamente preparado, mas depende de estabilidade normativa para crescer. “O
mercado amadureceu em capacidade técnica e já domina blockchain, tokenização e
ativos digitais. O que falta agora é segurança jurídica e padrões claros para
que os projetos ganhem escala e se tornem confiáveis para grandes operações”,
afirma.
A sócia
da PwC Brasil, Ana Gonçalves, reforça que a evolução regulatória
precisa acompanhar a velocidade da tecnologia. “As organizações já dominam
blockchain, tokenização e ativos digitais em um nível elevado. O que falta é a
segurança jurídica necessária para que esses projetos ganhem escala e se tornem
soluções estruturais. A clareza regulatória é o elemento que permitirá
destravar investimentos e acelerar a transformação digital”, destaca. Ela
observa ainda que “a proteção contra fraudes, golpes e ataques cibernéticos
precisa evoluir na mesma velocidade que a adoção tecnológica”.
O estudo mostra também que a tokenização deve ganhar ainda mais tração: 60% das empresas acreditam que a tecnologia se consolidará entre dois e cinco anos, impulsionada por ganhos de eficiência, liquidez, automação de processos e novos modelos de captação de recursos. Além disso, há intenção clara de fortalecer investimentos em infraestrutura digital: as empresas esperam intensificar aportes em blockchain, inteligência artificial, big data e automação nos próximos cinco anos, reforçando a percepção de que essas tecnologias serão a base da nova economia.
Associação Brasileira de Criptoeconomia - ABcripto
PwC
www.pwc.com.br
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