• Estudo
da datatech revelou que dezembro de 2024 teve 15.389.692 pedidos digitais, que
movimentaram R$ 8,62 bilhões, quedas de 29% e 32% respectivamente em relação a
novembro;
•
Apesar da queda, foram 181.309 tentativas de fraude no e-commerce em dezembro, com
percentual maior em comparação ao mês anterior e potencial de prejuízo de R$
222,68 milhões;
•
Calçados lideram compras e golpes: 1,47 milhão de pedidos e 19,3 mil tentativas
de fraude na categoria
O e-commerce brasileiro encerrou o
ciclo de vendas do Natal de 2024 com 15.389.692 pedidos em canais digitais no
mês de dezembro, que movimentaram R$ 8,6 bilhões. Apesar de representar quedas
de 29% em número de pedidos e de 32% em faturamento em relação a novembro, mês tradicionalmente
impulsionado pela Black Friday, o período chamou atenção dos golpistas na mesma
medida: o número de tentativas de fraude diminuiu em apenas 2,6%. Os números
fazem parte de um levantamento da Serasa Experian, primeira e maior datatech do
Brasil.
De acordo com o estudo, do total de
solicitações de compras em dezembro de 2024, 181.309 foram identificados como
tentativa de golpe, evitados por tecnologias antifraude, ante 190.839 em
novembro do mesmo ano. Se tivessem sido concretizados, os golpes no período
natalino poderiam gerar um prejuízo de R$ 222.684.464,57 para empresas e
consumidores.
O Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da datatech, Rodrigo Sanchez, explica que os dados do ano anterior são importantes, pois podem antecipar as tendências e vulnerabilidades de 2025 em um cenário em que o ritmo de consumo e o risco de exposição caminham juntos. “A sazonalidade do varejo digital continua sendo um atrativo para criminosos, especialmente em datas de grande movimentação como o Natal e a Black Friday. As tentativas de fraude em patamares elevados reforçam a necessidade de ações preventivas coordenadas entre varejistas e provedores de tecnologia”.
Ainda segundo o levantamento, embora o volume de ataques tenha ficado ligeiramente abaixo do observado em novembro de 2024 a taxa das fraudes no total de pedidos cresceu de 1% para 1,4% na comparação dos dois períodos, indicando que, mesmo com menos compras após a Black Friday, a pressão dos golpistas sobre o canal digital permanece elevada. A seguir, confira os gráficos de pedidos e tentativas de fraude, com a evolução semanal e o comparativo entre novembro e dezembro:
Na sequência, o estudo mostra, ainda, que houve um pico de pedidos durante a Black Friday de 2024, quando o volume transacionado foi 99,33% maior do que a média de novembro sem o dia do evento. Ao longo do mês, o número diário de pedidos oscilou até a data promocional e, após o pico, passou a recuar, movimento que se estendeu ao mês de dezembro. Abaixo o gráfico mostra a evolução de pedidos entre 1 de novembro e 31 de dezembro de 2024:
“Cada vez mais fica nítido que o
consumidor concentra suas compras digitais na Black Friday, que se consolidou
como a grande data de movimentação do e-commerce. Ou seja, uma parte relevante
do volume de compras de fim de ano é antecipada para o período de promoções. A
desaceleração depois do evento também é influenciada pelo início das férias,
pelas viagens de fim de ano e pelos prazos de entrega, já que ainda não é
realidade em todo o país contar com fretes muito rápidos ou entregas no mesmo
dia”, avalia Rodrigo Sanchez.
Na análise da taxa de tentativas de
fraude ao longo dos dias, o levantamento revela que a Black Friday concentrou o
menor índice do período entre novembro e dezembro, com 0,67% dos pedidos
classificados como suspeitos. Segundo o executivo, isso acontece porque, no dia
do evento, o crescimento dos pedidos legítimos é muito superior ao aumento das
compras fraudulentas, o que dilui a participação dos golpes no total diário.
Após a Black Friday, porém, o volume de pedidos diminui, enquanto as tentativas
de fraude permanecem em patamares elevados. Com menos compras e ataques ainda
frequentes, a relevância percentual dos pedidos fraudulentos aumenta, elevando
a taxa de tentativas de fraude nos dias seguintes e em dezembro como um todo.
A categoria de calçados foi a mais comprada por consumidores – e a mais visada por golpistas
Com forte apelo promocional, a categoria de calçados liderou as vendas online em dezembro de 2024, com mais de 1,47 milhão de pedidos, dos quais 1,5% foram tentativas de fraude, o que representa um prejuízo potencial superior a R$ 10,8 milhões. O levantamento da datatech também aponta pet shop e livros entre os itens mais comprados no e-commerce no período, enquanto perfumes (3,36% de tentativas de fraude) e celulares (5,33%) figuram entre os segmentos mais visados por criminosos digitais, indicando foco em produtos de revenda rápida e alto valor agregado. Veja o levantamento completo nos gráficos a seguir:
“O Natal consolidou uma dinâmica em que o consumidor migra parte importante das compras de fim de ano para o ambiente digital, concentrando o volume na Black Friday, mas mantendo o e-commerce relevante em dezembro. Para as empresas, isso significa que o canal online não é apenas uma vitrine, mas o centro da jornada de consumo, e, por isso, precisa estar protegido de ponta a ponta”, declara o Diretor da datatech. “Quando o ritmo de compras diminui e os golpistas seguem ativos, a participação das fraudes aumenta. Por isso, ter uma estratégia antifraude em camadas, baseada em dados e inteligência, é essencial para garantir jornadas digitais seguras sem perder vendas”, finaliza Rodrigo Sanchez.
Experian
experianplc.com





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