Especialista em Iluminação Saudável explica como ajustes de luz podem aliviar a sobrecarga típica do fim de ano
O mês de dezembro costuma marcar uma fase de
forte sobrecarga emocional. Entre metas não cumpridas, agenda cheia, pressão por
celebrações e o balanço natural do ano, muitas pessoas vivenciam a chamada
“Dezembrite” — um estado caracterizado por ansiedade, esgotamento mental e
maior sensibilidade emocional. Estudos em neurociência ambiental mostram que a
iluminação é um dos estímulos que mais influenciam o humor e a regulação do
sistema nervoso, afetando diretamente a sensação de bem-estar, descanso e
disposição.
Em um cenário em que o cansaço físico e a
fadiga mental se acumulam, a iluminação saudável se destaca como uma ferramenta
prática e acessível para modular emoções e criar uma atmosfera mais acolhedora.
De acordo com a especialista em Iluminação Saudável Adriana Tedesco, ajustes
simples na luz do ambiente podem fazer diferença significativa para quem
enfrenta o peso emocional do fim de ano.
Segundo Adriana, a iluminação é capaz de
ajudar o corpo a desacelerar. “Quando estamos emocionalmente mais sensíveis, a
luz atua como um regulador. Lâmpadas mais quentes e difusas diminuem a sensação
de alerta, ajudam o sistema nervoso a entrar em estado de calma e reduzem a
intensidade das emoções negativas. A iluminação suave sinaliza ao cérebro que é
possível relaxar”, explica.
A especialista destaca que, diante da pressão
social por felicidade e celebração constante, escolher a luz certa pode ser um
respiro emocional. “Temperaturas de cor entre 2.700 K e 3.000 K, com baixa
intensidade e difusão homogênea, criam um ambiente acolhedor. Esse tipo de luz
reduz a sensação de exposição e promove conforto, mesmo em momentos sociais, o
que suaviza o desgaste emocional.”
O excesso de tarefas típico de dezembro
também intensifica a fadiga cerebral — e, mais uma vez, a luz tem papel
importante. Adriana explica que a hiperestimulação luminosa pode aumentar o
cansaço mental. “Luz indireta, sem brilho excessivo, diminui a demanda
cognitiva. Durante as atividades, optar por iluminação neutra favorece o foco;
depois, suavizar a luz durante pequenas pausas ajuda o cérebro a alternar entre
atenção e descanso.”
O sono, frequentemente afetado nessa época,
também se beneficia de ajustes simples. “A partir do fim da tarde, é essencial
eliminar a luz branca e azulada. Luzes quentes ou âmbar, posicionadas abaixo da
linha dos olhos e em intensidades baixas, favorecem a liberação de melatonina.
Mesmo com a sobrecarga emocional, isso prepara o corpo para um descanso mais
profundo”, afirma.
Adriana recomenda incluir a iluminação nas
práticas de autocuidado de dezembro. “A luz pode se tornar um ritual de
bem-estar. Acender uma luminária suave para relaxar ou usar a iluminação
natural para respirar e pausar transforma o autocuidado em um hábito. A luz é
um suporte emocional diário, silencioso e constante, especialmente importante
no fim do ano.”

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