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sábado, 20 de dezembro de 2025

Culpa materna: psicóloga responde as 7 dúvidas mais comuns


A culpa materna é um tema recorrente para quem vive a rotina do cuidado. O sentimento aparece quando a mãe acredita que não fez o suficiente, quando trabalha demais ou quando sente dificuldade em se conectar com o filho. Para a psicóloga Rafaela Schiavo, pioneira da Psicologia Perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline, praticamente todas as mães já passaram por isso, e elas costumam sentir essa cobrança de forma mais intensa do que os pais, por causa das expectativas sociais que recaem sobre a maternidade. 

Segundo Rafaela, a culpa não precisa ser vista apenas como algo negativo. Quando compreendida e trabalhada, pode ajudar na organização emocional e na relação com a criança. A falta de informação, porém, aumenta a insegurança e gera dúvidas que se repetem entre as mães. 

A seguir, as perguntas mais frequentes e as orientações da especialista.

 

O que é culpa materna?

É um sentimento que surge quando a mãe acredita que não corresponde ao que esperam dela. Isso inclui demandas sociais, pessoais e da rotina de cuidado. Muitas mulheres se culpam por não alcançar padrões que ninguém consegue cumprir.

 

Como a culpa afeta a família?

O impacto não é só emocional para a mãe. A culpa aumenta a ansiedade, interfere no convívio e afasta a mulher das relações dentro de casa.

 

Como lidar com a culpa?

O primeiro passo é reconhecer o que se sente. Conversar com outras mães, ajustar expectativas, cuidar da própria saúde mental e buscar ajuda profissional quando necessário são estratégias que reduzem a sobrecarga.

 

Quando procurar ajuda?

Se o sentimento interfere no bem-estar, no vínculo com o bebê ou na rotina, é importante buscar acompanhamento psicológico perinatal.

 

Qual o papel da informação nesses casos?

Conhecer o que é esperado, e o que não é, na maternidade ajuda a reduzir idealizações. A informação confiável diminui a culpa antes mesmo da chegada do bebê.

 

É normal se sentir cansada da maternidade?

Sim. Cansaço e frustração fazem parte da maternidade. Isso não significa falhar como mãe. Falar sobre esses sentimentos evita que eles se tornem um peso maior.

 

A sociedade influencia esse sentimento?

Sim. As cobranças culturais, a idealização da mãe perfeita e o julgamento sobre escolhas profissionais aumentam a culpa. Questionar essas expectativas é um passo importante.

 

Dicas para reduzir a culpa materna

 

·         Converse com outras mães.

·         Seja gentil consigo mesma.

·         Cuide da sua saúde mental e física.

·         Peça ajuda quando sentir necessidade, principalmente de um psicólogo perinatal.

 

Profª-Dra. Rafaela de Almeida Schiavo - psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. Desde sua formação inicial, dedica-se à saúde mental materna, sendo autora de centenas de trabalhos científicos com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de alterações emocionais maternas no Brasil. Possui graduação em Licenciatura Plena em Psicologia e em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Além disso, concluiu seu mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e doutorado em Saúde Coletiva pela mesma instituição. Realizou seu pós-doutorado na UNESP/Bauru, integrando o Programa de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento pré-natal e na primeira infância; Psicologia Perinatal e da Parentalidade.

 

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