- Pesquisa em parceria com instituto Opinion Box investiga
comportamento dos consumidores no recesso de final de ano;
- 51% dos brasileiros relatam dificuldades financeiras após
férias coletivas;
- 41% pretendem gastar até R$1.000 durante o período de
descanso;
- 38% que tiram férias coletivas vão parcelar a viagem no
cartão de crédito;
- Tempo em família (53%), saúde mental (48%) e
descanso físico (48%) são as principais motivações para aproveitar o
recesso em dezembro.
Organizar as férias coletivas ainda é um desafio para grande parte dos brasileiros. Uma pesquisa da Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, mostra que, embora 71% afirmem programar bem o orçamento para o recesso, a realidade é diferente na prática: 76% já deixaram de viajar no período por falta de planejamento financeiro.
O levantamento revela que muitos consumidores ajustam a viagem ao
que cabe no bolso, mas sem uma estratégia clara: 18% dizem gastar apenas
conforme conseguem, sem planejamento prévio. O impacto aparece depois do
descanso: mais da metade (51%) relata dificuldades financeiras no pós-férias
coletivas, e 49% já se endividaram por despesas feitas nesse momento.
Entre os que planejam reduzir os gastos em comparação às férias coletivas anteriores, a prioridade é o pagamento das dívidas (49%) e evitar excessos (23%). Independentemente do orçamento, os principais objetivos do recesso seguem ligados ao bem-estar: tempo de qualidade em família (53%), saúde mental (48%) e descanso físico (48%).
“Os dados mostram que o desejo de descansar é legítimo, mas ainda
falta organização financeira consistente. Planejar férias vai além de definir
um valor para gastar: envolve entender o impacto dessas escolhas no orçamento
dos meses seguintes”, explica Rodrigo Costa, especialista da Serasa em educação
financeira. “Quando o consumidor se antecipa, evita o uso excessivo do crédito
e preserva a saúde financeira no início do ano seguinte.”
Planos e escolhas conscientes
Especialmente nesse período, para quem aproveita as férias
coletivas entre dezembro e janeiro, descansar em casa (26%), viajar (22%) e
visitar parentes em outras cidades (17%) aparecem como os principais planos.
Para viabilizar o momento de descanso ou viagem, 34% afirmam se
organizar com mais de três meses de antecedência — um comportamento ainda
restrito, mas fundamental para evitar gastos imprevistos. Por sua vez, 40%
pretendem recorrer ao crédito para custear as próximas férias.
Os destinos nacionais lideram a preferência nas coletivas (91%), com destaque para praias (49%), áreas de campo e natureza (15%) e grandes cidades (10%). O preço é o principal critério na escolha do destino (26%), seguido pelo clima (24%) e pela companhia (21%).
“Antecipar decisões, comparar preços e definir limites claros de gastos são atitudes simples que fazem diferença no orçamento. Férias bem planejadas não precisam gerar dívidas”, orienta Costa. “O ideal é usar recursos extras, como o 13º salário, de forma estratégica, priorizando pagamentos à vista e evitando parcelamentos longos.”
Entre as formas de pagamento mais utilizadas nas férias coletivas
estão o parcelamento no cartão de crédito (38%), o pagamento à vista via PIX ou
transferência bancária (31%) e o uso do 13º salário (15%), reforçando a
importância de escolhas conscientes para não comprometer o orçamento do início
de 2026.
Responsabilidade para curtir sem perrengues financeiros
Para quem deseja aproveitar as férias coletivas sem comprometer o orçamento, a orientação é apostar em planejamento, especialmente aos viajantes. “Definir um teto de gastos antes de viajar, priorizar destinos próximos ou visitas a familiares, além de pesquisar preços com antecedência, ajuda a reduzir custos com transporte e hospedagem”, indica Rodrigo. “Deixar para viajar fora dos períodos mais concorridos, quando possível, e dividir despesas em grupo também são estratégias que tornam o descanso mais acessível.”
Outra dica é manter atenção aos gastos do dia a dia durante as coletivas. Optar por refeições caseiras, passeios gratuitos ou ao ar livre, e usar o cartão de crédito com cautela fazem diferença no orçamento final. “O descanso não precisa ser sinônimo de gastos excessivos. Com organização e escolhas conscientes, é possível aproveitar o período de recesso e começar o ano seguinte com as finanças sob controle”, reforça o especialista.
Para conferir outras orientações, confira os
conteúdos no blog da Serasa: Link.
Metodologia
Pesquisa realizada pelo Instituto Opinion Box entre 11 e 15 de novembro de 2025, com 1.152 entrevistas online em todo o Brasil. Margem de erro de 2,9 pontos percentuais
Serasa
www.serasa.com.br
@serasa


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