Informação
sobre a causa é fundamental para diagnóstico precoce e enfrentamento do estigma
A
campanha Dezembro Vermelho marca o calendário como um período de
conscientização sobre o HIV/AIDS, mas a importância da temática reforça a
necessidade de estender o debate para além do mês. Falar sobre prevenção,
testagem e tratamento ao longo de todo o ano é essencial para reduzir novos
casos, combater a desinformação e enfrentar o estigma que ainda cerca o vírus.
Apesar
dos avanços da medicina e do acesso gratuito ao tratamento pelo Sistema Único
de Saúde (SUS), o preconceito e o medo do julgamento social continuam sendo
barreiras para o diagnóstico precoce. Muitas pessoas evitam realizar testes ou
buscar orientação por receio de discriminação, dificultando o cuidado e
aumentando os riscos de transmissão.
Segundo
Antonio Ribeiro, coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de
Janeiro, a informação é uma das principais ferramentas de enfrentamento ao HIV.
“Quando falamos sobre o tema de forma aberta e responsável, ajudamos a
desmistificar o vírus e mostramos que o diagnóstico não define quem a pessoa é.
Isso permite escolhas mais conscientes e fortalece o cuidado com a própria
saúde e com a do outro”, explica.
A
testagem regular, o acompanhamento médico e o diálogo sobre saúde sexual fazem
parte desse cuidado contínuo. Mas, além da prevenção, também é fundamental
estar atento aos sinais e saber quando procurar atendimento de saúde. O HIV
pode não apresentar sintomas logo após a infecção, mas, em alguns casos, surgem
manifestações semelhantes a uma gripe, como febre, dor de cabeça, cansaço
excessivo, dor de garganta e ínguas pelo corpo.
Com
o passar do tempo, se não houver diagnóstico e tratamento, o vírus pode
comprometer o sistema imunológico, favorecendo infecções recorrentes. Por isso,
a recomendação é procurar um serviço de saúde sempre que houver exposição de
risco, sintomas persistentes. Outra opção é realizar testagem de rotina,
independentemente da presença de sinais aparentes.
O
Dezembro Vermelho reforça a necessidade de tratar o HIV/AIDS como uma pauta
permanente de saúde pública. Promover conhecimento, acolhimento e
responsabilidade coletiva ao longo de todo o ano é um passo fundamental para
reduzir desigualdades, salvar vidas e garantir que o cuidado chegue a quem
precisa.
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