Mesmo com alta moderada nos preços, nutricionista do CEJAM mostra como planejamento e escolhas inteligentes podem ajudar a montar uma ceia saborosa e acessível
Natal
combina com mesa cheia, receitas afetivas e encontros em família. Mas, em 2025,
quem vai às compras para a ceia precisa de um pouco mais de atenção ao
orçamento. Depois de encarecer 5,8% no Natal passado, a ceia deve registrar
nova alta em 2025, desta vez mais moderada, com aumento médio estimado em cerca
de 4,5%, de acordo com a Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado
em novembro pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A variação, no entanto, não é uniforme e atinge de forma
diferente carnes, aves, frutas e produtos importados.
A
boa notícia é que, com organização e escolhas estratégicas, é possível manter o
clima da data sem abrir mão do sabor. Pensando
nisso, Camila Dornelles, nutricionista da UBS Jardim São Bento, gerenciada
pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, reúne orientações simples para
economizar e montar uma ceia equilibrada.
Planeje antes de sair de casa
Montar uma lista de compras com antecedência continua sendo uma das estratégias mais eficazes para evitar gastos desnecessários. Segundo a nutricionista, priorizar feiras livres e mercados de bairro também pode ajudar, já que esses locais costumam oferecer preços mais baixos e alimentos mais frescos.
Compare preços e aproveite oportunidades
Pesquisar valores em diferentes estabelecimentos pode
fazer diferença no total da compra. Promoções de última hora são comuns nesta
época do ano e, quando bem aproveitadas, ajudam a aliviar o orçamento.
Evite desperdícios calculando as porções
Planejar a quantidade de comida por pessoa é uma forma
prática de economizar. Além de reduzir o desperdício, esse cuidado contribui
para um consumo mais consciente e equilibrado durante as festas.
Prefira alimentos da estação
Frutas, legumes e verduras da época costumam ter
melhor preço e qualidade. Entre as frutas com bom custo-benefício estão
abacaxi, banana, manga, melão, melancia e laranja. Nos legumes, abóbora,
abobrinha, batata, berinjela, cenoura, vagem e beterraba costumam ser boas
escolhas; Entre as verduras, alface, rúcula, repolho roxo, espinafre,
coentro, salsinha, pepino e agrião ajudam a compor a mesa com variedade e
economia. Frutas tropicais, como caju e caqui, também tendem a pesar menos no
bolso neste período.
Faça substituições inteligentes
Itens tradicionalmente mais caros, como castanhas e
frutas secas, podem ser trocados por frutas frescas da estação. O azeite, que
segue com preço elevado, pode ser substituído por óleos como soja ou
canola em molhos e temperos. Em receitas como farofas e tortas, a margarina
também pode ser utilizada sem prejuízo ao sabor.
Repense as proteínas da ceia
As carnes costumam concentrar a maior parte do gasto. O frango assado pode substituir o peru e ganhar destaque com o uso de ervas e especiarias típicas do Natal. Cortes como coxa e sobrecoxa oferecem bom rendimento e sabor por um valor mais acessível.
Para tortas e recheios, a carne moída e o peito de frango desfiado são opções versáteis. O tender pode ser substituído por carne suína desfiada ou costelinha, que entregam sabor marcante com menor impacto no orçamento.
Para quem prefere peixes, sardinha, tilápia e pescada
são alternativas mais acessíveis ao bacalhau e permitem adaptações em receitas
tradicionais.
Sobremesas simples também têm gosto de Natal
Para encerrar a ceia, receitas clássicas e econômicas continuam sendo boas escolhas. A rabanada, feita com pão amanhecido, leite, ovos, açúcar e canela, é prática e cheia de memória afetiva. Mousse de maracujá e bolos preparados com frutas da estação também agradam, são fáceis de fazer e ajudam a manter o clima festivo.
Mesmo com a alta nos preços, planejamento e escolhas
simples ajudam a manter a ceia de Natal saborosa e dentro do orçamento. Apostar
em alimentos da estação, evitar desperdícios e fazer substituições inteligentes
permite preservar a tradição sem comprometer as finanças da família.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

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