IAAPA aponta que
foco em tecnologia, sustentabilidade e identidade local deve movimentar turismo
de entretenimento brasileiro
Com o novo ano chegando, a indústria de atrações
vive uma nova fase, na qual a inovação deixa de ser avaliada apenas por números
ou infraestrutura e passa a ser medida pela capacidade de criar experiências
que realmente impactem a vida das pessoas. A Associação Global da Indústria de
Atrações (IAAPA) destaca as tendências que
nortearão a evolução do setor, ressaltando que o público volta a ser, mais do
que nunca, o protagonista das histórias e aventuras.
Tendências para 2026
- Transformação do talento humano: O desenvolvimento de
talentos especializados e a diversidade geracional estão transformando a
forma como os parques recrutam, capacitam e cuidam de suas equipes. A
indústria sempre compreendeu que a "magia" começa internamente;
por isso, esta tendência busca formas inovadoras de cultivar o sentimento
de pertencimento. Uma força de trabalho motivada é a peça-chave para
oferecer uma experiência memorável aos visitantes.
- Compromisso com a sustentabilidade: A sustentabilidade deixou
de ser um "plano para o futuro" e tornou-se uma responsabilidade
do presente. Atualmente, 71% dos membros da IAAPA a consideram
prioritária, impulsionando ações como eficiência energética, redução de
resíduos e uso de materiais responsáveis. Além disso, o setor foca em
ações de impacto social alinhadas aos valores corporativos e a um maior
compromisso com governança e transparência.
- Inovação frente às mudanças climáticas: O clima imprevisível está redefinindo
o design e a operação dos espaços. Ondas de calor, chuvas intensas e
fenômenos extremos motivam a criação de áreas sombreadas, atrações
climatizadas, sistemas de alerta e políticas que protegem a experiência do
visitante sob condições adversas. O objetivo é claro: cuidar das pessoas
sem perder a essência do entretenimento, garantindo estabilidade
operacional e confiança na marca.
- Tecnologia e experiências digitais integradas: A tecnologia avança para
acompanhar, e não substituir, a experiência humana. Realidade aumentada ou
mista, filas virtuais, mapas interativos, pagamentos por aproximação e
gamificação tornam a visita mais fluida e imersiva. Essas ferramentas
permitem que o visitante aproveite o parque com mais calma, equilibrando o
melhor da digitalização com o foco no atendimento humanizado.
- Autenticidade e personalização da identidade
local: O
público busca vivências que pareçam reais. Desde celebrações locais e
gastronomia típica até narrativas que honram a cultura regional, a
autenticidade tornou-se um diferencial competitivo. A personalização de
itinerários, recomendações e ofertas exclusivas ajuda a garantir que cada
visita seja sentida como única e irrepetível.
No Brasil, essas tendências se tornam ainda mais
relevantes, pois o país, reconhecido pela hospitalidade e conexão humana,
vive um momento estratégico para fortalecer sua oferta turística. "Dos
parques temáticos às atrações culturais, a indústria brasileira está
incorporando essas tendências globais para criar experiências que refletem sua
identidade única: proximidade, diversidade e um calor humano impossível de
replicar. Temos a oportunidade de nos tornarmos uma referência regional em
entretenimento consciente, sustentável e profundamente personalizado",
afirma Paulina Reyes, vice-presidente e diretora executiva da
IAAPA para a América Latina e o Caribe.
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