A Baleia, De Samuel D. Hunter, estreia temporada em São Paulo com Emílio De Mello no Teatro Sabesp Frei Caneca
Espetáculo
que inspirou o filme vencedor do Oscar com Brendan Fraser, chega ao Teatro
Sabesp Frei Caneca com Emílio de Mello dirigido por Luís Artur Nunes, em uma
história sobre isolamento, afeto, homofobia e reconciliação familiar.
Após estrear no
Rio de Janeiro e circular por Recife, João Pessoa, Belo Horizonte, Angra dos
Reis, Nova Iguaçu, Goiânia e Brasília, A Baleia chega a São Paulo para
temporada no Teatro Sabesp Frei Caneca, de
23 de janeiro a 1º de março de 2026. A montagem tem direção e tradução
de Luís Artur Nunes e tem no elenco Emílio de
Mello como Charlie, ao lado de Luisa Thiré, Gabriela
Freire, Eduardo Speroni e participação
especial de Alice Borges.
A obra, que aborda
temas como isolamento e reconexão, ganhou ainda mais notoriedade com sua
adaptação para o cinema em 2022. O filme, dirigido por Darren Aronofsky e
estrelado por Brendan Fraser, rendeu ao ator o Oscar de Melhor Ator em 2023,
por sua emocionante interpretação. A complexidade emocional do
protagonista também se revela em sua trajetória íntima: homossexual,
ele viveu um relacionamento amoroso marcado por perdas profundas, que
influenciaram diretamente seu estado de saúde e isolamento. Essa camada da
narrativa — tratada com sensibilidade e profundidade pelo texto de
Samuel D. Hunter — confere à peça um olhar atento sobre temas como
afeto, intolerância religiosa, sexual e acessíveis, ampliando o alcance da
montagem e estabelecendo um diálogo potente com o público LGBTQIA+.
O projeto foi
lançado no Brasil com o ator José de Abreu no papel de Charlie, em parceria com
Nunes, com quem já havia trabalhado em montagens como o monólogo Fala, Zé! e A Mulher
Sem Pecado, de Nelson Rodrigues. Depois de iniciar a circulação
nacional do espetáculo, José de Abreu se despediu da montagem para cumprir
compromissos já assumidos com uma série para o audiovisual; a temporada
paulistana marca a chegada de Emílio de Mello ao personagem, dando continuidade
ao percurso da peça nos palcos.
A versão teatral
brasileira promete trazer ao palco a mesma intensidade dramática que consagrou
a história no teatro e no cinema. “Foi um verdadeiro presente receber esse
texto”, afirma o diretor. “Eu já havia gostado muito do filme, mas me apaixonei
pelo texto teatral de Samuel D. Hunter. A dramaturgia é de excelência,
construída no modo realista, mas com uma estrutura de grande modernidade. ‘A
Baleia’ não segue uma linha narrativa tradicional — é uma espécie de narrativa
em mosaico, cujos fragmentos se articulam num todo surpreendentemente
coerente”.
Luís Artur
ressalta ainda os temas abordados: “A peça nos fala de intolerância religiosa,
homofobia, culpa, reconexão e empatia, sempre a partir de personagens humanos,
complexos e cheios de contradições. É um material encharcado de emoção, e foi
impossível não encarar esse desafio. Felizmente, estive cercado de um elenco
extraordinário e de uma equipe artística e técnica da mais alta qualidade”.
Para materializar
em cena um personagem de quase 300 quilos, a produção desenvolveu um trabalho
de caracterização específico, que inclui prótese facial, figurino com
enchimento e recursos de climatização, em criação assinada pelo figurinista
Carlos Alberto Nunes e pela visagista Mona Magalhães. A ambientação de Charlie
é construída pela cenógrafa Bia Junqueira, pela iluminação de Maneco Quinderé e
pela trilha sonora de Federico Puppi, que ajudam a aproximar o público de um
cotidiano marcado por excesso de peso, mas também por excesso de silêncios e
não ditos.
O espetáculo é
apresentado pelo Ministério da Cultura e tem o patrocínio da CAIXA
Residencial, seguradora que oferece soluções de seguros de
moradias. Com o propósito de ampliar o acesso à cultura, a CAIXA
Residencial tem valorizado a realização de projetos que
destacam o impacto social, conectando experiências teatrais a diversos
brasileiros, em diferentes regiões do país.
Samuel D. Hunter é
um dramaturgo norte-americano conhecido por obras que exploram temas de
isolamento, redenção e fragilidade humana, muitas vezes ambientadas em pequenas
cidades dos Estados Unidos. A Baleia (The Whale), uma de suas
peças mais aclamadas, estreou em 2012 e recebeu elogios pela sensibilidade com
que aborda a história de um professor de inglês recluso e com obesidade severa
que tenta se reconectar com sua filha adolescente.
FICHA TÉCNICA
Emílio
de Mello em A BALEIA. Texto: Samuel D.
Hunter. Tradução e Direção: Luís Artur
Nunes. Elenco: Luisa Thiré, Gabriela
Freire e Eduardo Speroni. Participação especial: Alice
Borges. Coordenação Artística: Felipe
Heráclito Lima. Cenário: Bia Junqueira.
Figurino: Carlos Alberto Nunes.
Iluminação: Maneco Quinderé. Trilha
Sonora: Federico Puppi. Visagismo: Mona
Magalhaes. Preparação Corporal: Jacyan
Castilho. Preparação Vocal: Jane
Celeste. Desenho Gráfico: Cadão.
Fotografia: Ale Catan. Mídia Social: Lab
Cultural. Assessoria de imprensa: Adriana
Balsanelli e Renato Fernandes. Direção de
Produção: Alessandra Reis. Coordenação de
Produção: Wesley Cardozo. Produção Executiva: Cristina
Leite. Lei de Incentivo: Natália Simonete.
Produtores Associados: Alessandra Reis e Felipe
Heráclito Lima.
Serviço:
Teatro SABESP FREI CANECA
Temporada: 23
de janeiro até 1º de março 2026
Horário:
Sextas e sábados às 20h e domingo às 19h.
Ingressos: Ingressos:
Plateia Baixa – R$ 160 (inteira) / R$ 80 (meia-entrada)
Plateia – R$ 140 (inteira) / R$ 70 (meia-entrada)
Plateia Alta – R$ 120 (inteira) / R$ 60 (meia-entrada)
Plateia Popular – R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia-entrada)
Desconto Caixa Residencial: clientes CAIXA Residencial têm
50% de desconto na compra de até dois (2) ingressos.
Desconto: Para clientes CAIXA Residencial e VIVO VALOZRIZA
Bilheteria: https://uhuu.com
Duração: 100 minutos.
Classificação: 14 anos. Menores de 18 anos, somente poderão entrar
acompanhados dos pais ou responsáveis e crianças até 24 meses de idade que
ficarem no colo dos pais, não pagam.

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