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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Câncer de pele representa 30% dos tumores malignos no Brasil

Com a chegada do verão, cuidados com a pele precisam ser intensificados para prevenir complicações; saiba como identificar lesões

 

Com a proximidade do verão e das férias escolares, os cuidados com a pele precisam ser redobrados. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de pele representa 30% dos tumores malignos registrados no país. A taxa de cura é superior a 90%, se identificado precocemente. O tipo mais comum é o não melanoma, que é também o menos agressivo. 

Para identificar lesões que possam ser cancerígenas, a regra ABCDE é a mais eficaz, como explica a dermatologista da Hapvida e associada da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Livia Ferreira Martins. “Assimetria, bordas irregulares, se tem mais de uma cor na mancha, se o diâmetro é maior que 0,7 centímetro e se houve evolução como aumento da ferida, formação de casquinha e sangramento, todos são sinais de alerta para que o paciente busque ajuda médica”, afirma. 

A exposição solar crônica é o principal fator de risco, mas não só: também as câmaras de bronzeamento, o envelhecimento e a genética familiar.
 

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele é dividido em duas categorias: melanoma e não melanoma. O mais agressivo e raro é o melanoma. O não melanoma pode ser do tipo carcinoma basocelular (comum em idosos e pessoas de pele e olhos claros que se expuseram ao sol ao longo da vida), e o espinocelular, que tem mais chance de ser invasivo internamente e até levar o paciente à óbito. 

“Os melanomas aparecem como se fossem pintas, enegrecidas, mas que crescem mais do que deveria, principalmente na fase adulta. Já os não melanomas se apresentam como machucados ou feridas que sangram e não cicatrizam”, detalha a médica. 

Apesar da apresentação clínica diferenciada, o tratamento do câncer de pele consiste na retirada da lesão inteira, que é encaminhada para biópsia. O patologista vai analisar o material e classificar o tipo e o grau de invasão. Dependendo do parecer, o dermatologista vai determinar se já houve a cura ou se é preciso dar continuidade ao processo.
 

Prevenção é a chave

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer até 2025. Apesar de o sol ser importante para a saúde, os raios ultravioletas (UV) são nocivos. Mesmo em dias nublados ou em horários alternativos, é imprescindível usar protetor solar. Ele é o grande aliado da pele e deve ser reaplicado ao longo do dia. Ao ir à praia ou fazer atividade física ao ar livre, é recomendado ainda usar boné ou chapéu, óculos de sol e camisas com proteção UV. 

O Dezembro Laranja surgiu para conscientizar a população sobre a importância de analisar a pele. Segundo Livia Martins, conhecer o corpo é essencial para o diagnóstico precoce. “O próprio paciente deve se observar todos os dias, no banho ou no espelho, e notar se tem alguma lesão nova, uma pinta fora do comum. A maioria das lesões cancerígenas não causam dor, ardência ou incomodam e passam despercebidas. Quando há demora para identificar, o tratamento pode ser mais complicado”, afirma. 

A recomendação é ir ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano para quem não tem histórico de câncer de pele e nem casos na família. Em caso positivo, o acompanhamento médico tem de ser mais frequente.

 

Hapvida 

 

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