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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Criminalidade deixa condomínios em alerta

Invasões têm ocorrido com frequência: Grupo Graiche lista medidas

para reforçar a segurança


A busca por um condomínio como local de moradia é incentivada, entre outros pontos, pela questão da segurança, mas constantes casos de invasões têm acendido o alerta para o reforço à questão. No dia 14 de abril, ao menos 10 homens fizeram um arrastão em um condomínio na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O bando entrou pela garagem do prédio, utilizando o controle de um apartamento que está vazio para reforma, segundo informações da polícia. O porteiro e alguns moradores foram rendidos e dois apartamentos foram invadidos.

Em um outro caso, ocorrido no início de março, um grupo de criminosos furtou um condomínio de alto padrão, em Mogi das Cruzes. Em um grupo dos moradores, muitos questionaram sobre como os criminosos conseguiram entrar no condomínio, já que o controle de acesso é feito por identificação facial. 

Diante da astúcia dos criminosos, é preciso que os condomínios estejam cada vez mais preparados. “A maior parte das invasões a condomínios se dá por falta de procedimentos corretos”, fala Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que gerencia 915 condomínios, com 114 mil unidades administradas.

Simples ações, tanto da portaria, quanto dos condôminos, ajudam a reforçar a segurança. “No caso que aconteceu na Vila Mariana, os bandidos utilizaram o controle de um apartamento que está sendo reformado. Os controles de acesso devem ser sempre mantidos com o morador para evitar clonagem ou furto. Nunca devem ser deixados no carro ou com desconhecidos, por exemplo, alguém que fará alguma prestação de serviço na residência na sua ausência”, pontua Luciana. 

Nos condomínios, é grande o fluxo de visitantes e, nessa questão, a vice-presidente do Grupo Graiche explica que a portaria precisa ser informada previamente. “A liberação deve ser feita somente por interfone ou aplicativo, após a identificação correta”, fala.

A intensa movimentação de entregas – seja de alimentos ou de e-commerce, também exige muita atenção, ainda mais com os frequentes casos de golpes de falsos entregadores. “Evite que entregadores tenham acesso à parte interna do condomínio. Para itens pesados de entrega, como botijões e galões de água, em que o entregador precisaria ir até o apartamento para levar o produto, o ideal é cadastrar uma ou duas empresas para que só elas sejam autorizadas a entrar no condomínio”, recomenda.

O Grupo Graiche destaca outras importantes dicas para preservar a segurança nos condomínios: 

- Ao solicitar a visita de algum fornecedor, confirme com a empresa contratada o nome e os dados do profissional e informe na portaria; 

- Mantenha a porta do seu imóvel sempre trancada; 

- Se observar alguém suspeito, informa à portaria e ao síndico do condomínio rapidamente. 

 

Portaria 4.0

Diante da realidade atual, com aumento de fluxo de visitantes e prestadores de serviços, além de maior volume de entregas de apps de delivery e compras on-line, o condomínio precisa atuar com procedimentos atualizados com as novas tendências de mobilidade, uso do espaço social e demandas do morador. À reorganização da portaria, com treinamento humano, aliado à tecnologia é dada o nome de Portaria 4.0. 

“Quando se fala o nome “Portaria 4.0, o termo pode ser confundido com uma portaria virtual, mas trata-se de metodologia que foca na integração entre condomínio, porteiro e morador; na capacitação dos funcionários, com treinamento periódico e constante; planejamento e também na tecnologia (sistema, app e site). A aplicação desse modelo irá variar de acordo com a especificidade de cada condomínio”, explica. 

Luciana ressalta que com procedimentos bem estabelecidos e respeitados, cria-se uma cultura de atenção, observação e parametrização no condomínio, mas para ter efetividade, tanto a equipe operacional do condomínio quanto os moradores precisam conhecer e entender os procedimentos como parte do dia a dia. “Para isso, é essencial a participação da administradora de condomínio, que ajudará a definir os procedimentos na portaria e reforçar a cultura de respeito às normas com o mínimo de impacto aos costumes do condomínio”, salienta.

Para inserir esses procedimentos, a vice-presidente do Grupo Graiche frisa a importância de se buscar auxílio especializado e investir em treinamento e campanhas efetivas de conscientização. “Com treinamento e capacitação de porteiros e funcionários dos condomínios, somados a instrumentos tecnológicos, condomínios de qualquer porte poderão contar com mais organização e, assim, melhorarem a segurança para seus moradores”, conclui.


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