Atualmente, conseguir criar estratégias de engajamento e retenção de colaboradores é um dos maiores desafios das empresas, e essa é uma tarefa que cabe especialmente aos líderes. Engajar o seu time para trabalhar motivado requer muitas habilidades, para que seja o mais natural possível. E pelos movimentos que temos acompanhado no mercado, conseguir retê-los é um processo cada vez mais difícil.
O ponto é que as pessoas não ficam nas empresas por
causa do lucro gerado. Ficam justamente porque encontram uma razão para
continuarem realizando a função que desempenham no momento, além de receberem
constante suporte para conseguirem entregar os resultados e, eventualmente,
também uma visão de desenvolver-se no médio e longo prazo, isso tudo versus
remuneração e benefícios. Desta forma, podemos ver que temos vários elementos
que possibilitam a sua permanência naquele local de trabalho.
No entanto, para que esse cenário seja uma
realidade, a empresa deve oferecer todas as ferramentas adequadas e criar um
ambiente seguro, e do lado do colaborador, ele precisa de fato se entregar.
Podemos perceber que essa não é uma equação simples ou fácil, pois é nessa
problemática que reside o maior desafio das lideranças: fazer com que as
pessoas se engajem e entreguem sempre o seu melhor.
Afinal, se os colaboradores estiverem felizes, as
chances de quererem sair são reduzidas e, com isso, o esforço para retê-los na
empresa será bem menor. Por outro lado, é um esforço menor aqui em troca de um
esforço maior da liderança em engajar e manter essas pessoas envolvidas, e que
trarão melhores resultados, no geral.
Os líderes precisam comunicar de forma clara a
direção do negócio. Devem compartilhar a visão de médio e longo prazo, garantir
que as pessoas entendam a mensagem e que estejam conectadas com ela. É
importante definir objetivos claros para serem alcançados, envolvendo sua
equipe no processo. Defina critérios de atingimento e deixe para os times a
responsabilidade de criar os planos e de encontrar os melhores caminhos para
chegar lá.
Os colaboradores precisam se sentir responsáveis e
assim o farão, se tiverem participado do processo de construção dos objetivos e
das metas que a empresa almeja. Na gestão por OKRs - Objectives and Key Results
(Objetivos e Resultados Chaves), esse é um caminho bastante facilitado. Porque
é premissa desse tipo de gerenciamento o compartilhamento com o time das metas
e da missão de cada um para alcançá-las. Assim, ficará mais fácil comunicar as
prioridades do seu negócio para aquele momento, criar rotinas que auxiliem as
pessoas a não perderem o foco e a dar cadência de execução. Feche o ciclo
gerando aprendizado para o que não funcionou e que se possa replicar o que
funcionou.
A partir disso, repita o processo em ciclos curtos,
tipicamente, por três meses. É essencial entender que nem tudo sempre sai como
queremos e, às vezes, os colaboradores também mudam seus critérios de
permanência em uma empresa. Avalie dar um aumento de salário, proponha uma
mudança de atividade ou até quem sabe uma promoção. Como em quase tudo na vida,
é preciso entender o que funciona em cada situação.
Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em
OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre
outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta
nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/
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