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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Pacientes com doenças raras sofrem com dificuldade no diagnóstico

 Freepik
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas que convivem com algum tipo de enfermidade rara. Especialistas detalham a importância do diagnóstico correto para um tratamento adequado 

As doenças raras afetam uma pequena parcela da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma enfermidade como rara quando ela afeta 65 pessoas a cada 100 mil e estima-se que existam entre 7 a 8 mil tipos de doenças raras em todo o mundo. Contudo, apesar do baixo impacto populacional, as doenças raras submetem os pacientes a um difícil diagnóstico e uma vida de peregrinação médica.

"Há muito a ser aprendido e aplicado no desvendar dessas doenças tão intrigantes e impiedosas que submetem os pacientes a uma vida de procura por profissionais capazes de assistí-los, pois a maioria dos médicos não estão familiarizados com tais enfermidades. Apesar de muitas delas serem identificadas ao nascimento por meio do Teste do Pezinho; outras, confundidas com doenças comuns, podem levar décadas de uma vida para receber um diagnóstico", afirma a neurologista Jane Lúcia Machado, médica no Hospital Anchieta - Taguatinga, parte da rede Kora Saúde. Ainda segundo a especialista, 80% das doenças raras são de origem genética, cuja investigação diagnóstica envolve o sequenciamento completo do exame que identifica mutações do DNA.  

No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas que convivem com o diagnóstico de uma enfermidade rara. Elas são divididas em dois eixos: as raras de origem genética e as de origem não genética. As primeiras se dividem em: anomalias congênitas ou de manifestação tardia; deficiências intelectuais; e erros inatos do metabolismo. Já as de origem não genéticas podem ser inflamatórias, autoimunes e  infecciosas.

 

Análise 

Confirmar um diagnóstico correto é de suma importância para dar início a um tratamento adequado ou específico que irá estabilizar  sintomas, melhorar a sobrevida, diminuir e, algumas vezes, controlar a progressão das manifestações. Segundo Patrícia Maira, clínica geral do Hospital Anchieta - Taguatinga, muitas vezes a cura não é uma realidade. "O problema das doenças raras é que elas são crônicas, ou seja, dificilmente têm uma cura. Assim, elas podem progredir incapacitando os pacientes, reduzindo a qualidade de vida e também diminuindo a longevidade", detalha. 

Para a neurologista Keila Galvão, profissional que também atende no Hospital Anchieta - Taguatinga, a biotecnologia é a grande esperança para estes pacientes realizarem o controle das doenças. "Por meio de  grandes experiências, conseguiu-se criar medicações que modificam e até paralisam a progressão da doença, haja vista, que a maioria é de origem genética e os tratamentos mais promissores envolvem microRNAs de interferência, oligonucleotídeos ou estabilizadores de proteínas, exigindo tecnologia de ponta e profissionais extremamente capacitados", explica. 


Auxílios

A médica Patrícia Maira ressalta a necessidade dos profissionais da saúde informarem aos pacientes que alguns portadores de doenças raras têm direitos como auxílio doença, aposentadoria por invalidez e saque do FGTS, do PIS e do Pasep. Além disso, os pacientes também possuem direito a atendimento gratuito integral, não só médico como de toda uma equipe multidisciplinar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em alguns casos, também há direito à isenção do imposto de renda e de outros impostos.


 Kora Saúde



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