Quando ouvimos falar sobre o ESG, qual a primeira coisa que vem em nossa mente? Certamente, algo relacionado ao meio ambiente deve liderar a maioria das respostas. Embora o conceito esteja ganhando cada vez mais relevância no mundo corporativo, é fundamental chamarmos atenção acerca da importância das organizações também se atentarem a outras práticas inclusas no termo: o Social (S) e a Governança (G).
ESG é a abreviação de Environmental, Social and
Governance ou também como é conhecido no Brasil, ASG, que
corresponde a práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa. O
termo tornou-se conhecido em 2004, em uma publicação do Pacto Global da
Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria om o Banco Mundial. O conceito
foi idealizado a partir de uma provocação do então secretário da ONU, Kofi
Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras sobre como integrar esses
aspectos nas operações.
Convém lembrar que, mesmo passados quase 20 anos,
vimos recentemente um verdadeiro boom do termo, principalmente durante a
pandemia. Como prova disso, um estudo do IBM Institute for Business Value (IBV)
mostrou que o ESG está sendo tratado com alta prioridade por 76% dos
executivos. Como justificativa para esse crescimento, está a urgência em manter
a sobrevivência dos negócios e a criação de medidas eficazes para combater os
impactos ambientais e sociais.
Partindo deste contexto, é preciso dar a devida
atenção as práticas que levam ao encontro dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável), ainda mais considerando a mudança do padrão de comportamento da
sociedade que reflete um dos muitos impactos que a pandemia deixou.
Cada vez mais, as empresas que asseguram a
qualidade de vida das pessoas que fazem parte da organização estão sendo
reconhecidas por implementarem políticas no ambiente de trabalho, que valorizam
os profissionais através de maior diversidade, inclusão, equidade de gênero,
saúde e bem-estar – deixando claro que estes movimentos devem ser realizados de
forma abrangente e transparente entre todos os envolvidos.
No entanto, esse movimento não deve ser visto
simplesmente do lado de dentro, pois, para além das paredes que formam a
corporação, existem outros públicos envolvidos e que também precisam deste
cuidado. São eles: os clientes, os parceiros, a comunidade no em torno e os
fornecedores.
Neste aspecto, entre as empresas que já possuem
práticas ESG, o Brasil tem se mantido alinhado, segundo o que mostra uma
pesquisa do ManpowerGroup. Em seus dados, 42% das empresas no país estão
priorizando o pilar social, enquanto no contexto global este número diminui
para 37%. Esse resultado chama a atenção por si só, considerando o fato de que
o mundo globalizado ao qual estamos inseridos possui divergências acerca dos
avanços da agenda ESG. Entretanto, há muito o que evoluir ainda.
Certamente, aplicar uma nova cultura organizacional
embasada no ESG não é uma tarefa fácil, tendo em vista que esse é um movimento
que ocorre de dentro para fora. Contudo, os resultados dessa ação são obtidos
através do maior engajamento do time, construção de um ambiente de trabalho
saudável, bem como o melhor posicionamento da companhia.
Diante disso, fica a lição de casa para os líderes:
que busquem entender as necessidades e impactos que suas empresas têm na
sociedade e então, tracem como meta projetos condizentes com a agenda ESG,
visto que esta é uma pauta urgente e essencial. Cuidar das pessoas é o que irá
garantir um futuro melhor.
Diana Queiroz - coordenadora de gestão e gente do Grupo Skill.
Grupo
Skill
https://gruposkill.com.br/
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