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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Como não se transformar em mais uma vítima de golpes financeiros

Especialista em fraudes financeiras dá orientações para que pessoas não integrem grupo de milhões de pessoas que já caíram nesse tipo de crime no Brasil 


Cada vez mais sofisticadas, com visuais, apresentações e estratégias de marketing beirando o profissionalismo, as pirâmides financeiras têm se tornado um dos principais golpes financeiros praticados no país, fazendo com que milhões de brasileiros sejam vítimas e amarguem enormes prejuízos – para muitos, investimentos juntados por toda a vida. Recentemente, jogadores que atuavam no Palmeiras novamente jogaram luz ao tema, quando anunciaram terem sido vítimas desse tipo de crime. 

Seduzidas pelos ganhos anunciados e prometidos, pessoas das mais variadas idades, classes sociais, regiões e escolaridades se juntam diariamente à massa de vítimas desses golpes. Como, então, fazer para não se transformar em mais um alvo de quadrilhas de golpistas? 

Jorge Calazans, advogado criminalista, sócio do escritório Calazans e Vieira Dias, especialista na defesa de investidores vítimas de fraudes financeiras, indica o trio ideal de cuidado, que envolve desconfiança, precaução e informação. 

 “No mundo dos investimentos, não há milagres, fórmulas exatas e caminho certo para o lucro em larga escala. Por isso, a primeira coisa a ser feita é desconfiar de promessas de ganhos bem diferentes daqueles praticados pelo mercado, principalmente aquelas que dizem garantir altos retornos em curto espaço de tempo. Trata-se de uma tentativa de sedução, característica comum em todas as formações de pirâmides financeiras”, alerta Calazans. 

O advogado ressalta que a precaução é outra arma importante de defesa. “As pessoas sabem que qualquer alta rentabilidade em investimento vem acompanhada de riscos. Então, antes de entregar seu dinheiro em qualquer forma de investimento, previna-se, buscando o máximo de informação. Qualquer empresa ou corretora que atua nessa atividade deve estar devidamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou ter a dispensa da autarquia. Assim, verifique se o CNPJ da corretora que está realizando o contato está cadastrado e regularizado na CVM. Trata-se de item obrigatório antes de avançar qualquer passo”.  

Por fim, Calazans orienta que as pessoas não se deixem iludir pelo profissionalismo das apresentações. “Hoje, a tecnologia permite que essas quadrilhas programem layouts, planilhas e dados de brilhar os olhos, mas tudo com informações falsas somente para atrair as vítimas. Novamente, desconfie, seja precavido e invista tempo na busca de informações, cuidados fundamentais para não entrar nesse universo de vítimas que aumenta a cada dia no país”, conclui. 

 

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