Especialista
em fraudes financeiras dá orientações para que pessoas não integrem grupo de
milhões de pessoas que já caíram nesse tipo de crime no Brasil
Cada vez mais sofisticadas, com visuais,
apresentações e estratégias de marketing beirando o profissionalismo, as
pirâmides financeiras têm se tornado um dos principais golpes financeiros
praticados no país, fazendo com que milhões de brasileiros sejam vítimas e
amarguem enormes prejuízos – para muitos, investimentos juntados por toda a
vida. Recentemente, jogadores que atuavam no Palmeiras novamente jogaram luz ao
tema, quando anunciaram terem sido vítimas desse tipo de crime.
Seduzidas pelos ganhos anunciados e
prometidos, pessoas das mais variadas idades, classes sociais, regiões e
escolaridades se juntam diariamente à massa de vítimas desses golpes. Como,
então, fazer para não se transformar em mais um alvo de quadrilhas de golpistas?
Jorge Calazans, advogado criminalista,
sócio do escritório Calazans e Vieira Dias, especialista na defesa de
investidores vítimas de fraudes financeiras, indica o trio ideal de cuidado, que
envolve desconfiança, precaução e informação.
“No mundo dos investimentos, não
há milagres, fórmulas exatas e caminho certo para o lucro em larga escala. Por
isso, a primeira coisa a ser feita é desconfiar de promessas de ganhos bem
diferentes daqueles praticados pelo mercado, principalmente aquelas que dizem
garantir altos retornos em curto espaço de tempo. Trata-se de uma tentativa de
sedução, característica comum em todas as formações de pirâmides financeiras”,
alerta Calazans.
O advogado ressalta que a precaução é
outra arma importante de defesa. “As pessoas sabem que qualquer alta
rentabilidade em investimento vem acompanhada de riscos. Então, antes de
entregar seu dinheiro em qualquer forma de investimento, previna-se, buscando o
máximo de informação. Qualquer empresa ou corretora que atua nessa atividade
deve estar devidamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou
ter a dispensa da autarquia. Assim, verifique se o CNPJ da corretora que está
realizando o contato está cadastrado e regularizado na CVM. Trata-se de item
obrigatório antes de avançar qualquer passo”.
Por fim, Calazans orienta que as
pessoas não se deixem iludir pelo profissionalismo das apresentações. “Hoje, a
tecnologia permite que essas quadrilhas programem layouts, planilhas e dados de
brilhar os olhos, mas tudo com informações falsas somente para atrair as
vítimas. Novamente, desconfie, seja precavido e invista tempo na busca de
informações, cuidados fundamentais para não entrar nesse universo de vítimas
que aumenta a cada dia no país”, conclui.
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