Bárbara Bezerra
Arruda Câmara, professora doutora do curso de Psicologia do Centro
Universitário de João Pessoa, indica como amenizar a ansiedade para realizar o
exame
2022 é um ano de muitos
acontecimentos, como copa do mundo, eleições e não podemos esquecer do Enem, o
Exame Nacional do Ensino Médio. Nos dias 13 e 20 de novembro acontecerá o
Exame, uma série de provas que traz consigo a expectativa dos estudantes em
seguir uma profissão a partir do ensino superior. Por conta disso, vem muita
ansiedade e nervosismo, sendo importante controlá-los, o que exige unir preparo
tanto acadêmico, quanto emocional.
Estudo e descanso
A
professora doutora Bárbara Bezerra Arruda Câmara, do curso de Psicologia do Centro
Universitário de João Pessoa – Unipê, diz que é importante que o aluno continue
se dedicando aos estudos, mas não deixe de prestar atenção quando o corpo pede
o descanso. “Dedicar momentos para estar junto de familiares e amigos, fazendo
atividades que são prazerosas é fundamental na reta final para a manutenção da
saúde psíquica nesta fase.”
A ansiedade
do período prévio ao Enem pode atrapalhar o descanso, além da ideia de não ter
estudado o suficiente, que faz com que a vontade de passar noites revisando as
matérias aumente. No entanto, por mais difícil que pareça, especialmente no dia
anterior à prova, é preciso dormir
bem para estar fisicamente e mentalmente preparado para a realização do exame.
“Como a
duração da prova em si é muito longa, o descanso é fundamental para que o
estudante consiga estar bem fisicamente e emocionalmente. É o momento de fazer
atividades que gosta, de relaxar e de apreciar o dia, para estar pronto para o
exame”, argumenta a psicóloga.
E o
nervosismo antes da prova pode atrapalhar o desempenho. “Muitas vezes, a
ansiedade vem acompanhada de sudorese, taquicardia e tremores. Percebe-se,
portanto, que a ansiedade tem elementos fisiológicos associados. Então, além de
poder levar o estudante a perder tempo na execução da prova, a ansiedade em
excesso pode ocasionar o ‘branco’, bem como interferir diretamente nos níveis
atencionais”, pontua.
Nesse
sentido, ao responder as questões, manter a confiança em si mesmo e lembrar que
houve dedicação para o melhor desempenho são fundamentais, segundo a
professora. Mas, se a ansiedade subir, a dica de Bárbara é fazer a respiração
diafragmática, que pode auxiliar também quando o nível de estresse aumentar.
Além disso,
a psicóloga indica que a inteligência emocional aplicada à prova do Enem
auxiliará o estudante a manter a calma, serenidade, o foco de atenção e a
concentração, assim como a organização da gestão do tempo e o planejamento. Não
permitindo que o nível de ansiedade eleve demais, interferindo nos processos
atencionais.
Ainda, a
docente lembra que é interessante se dedicar a refazer as provas anteriores do
Enem, identificando os assuntos mais recorrentes nas provas. Além disso, pode
ser útil entender o formato de pontuação da prova, através da Teoria de
Resposta ao Irem (TRI).
“Simular os
Exames anteriores, delimitar o tempo de resolução de questões (levando em
consideração três minutos para cada uma delas, em média), reconhecer quais são
as questões fáceis, intermediárias e difíceis e identificar qual a melhor
estratégia de execução da prova são alguns elementos que podem potencializar a
pontuação final do estudante", indica.
Centro Universitário de João Pessoa – Unipê
Nenhum comentário:
Postar um comentário