Você já deve ter se perguntado como funciona os
rendimentos de uma música para o autor ou compositor de um single. Com a
digitalização e as plataformas de streaming de hoje, uma música pode ser
encontrada e reproduzida a qualquer momento, muito diferente de quando era
necessário comprar um disco ou CD daquele cantor, ou então, esperar que tocasse
na rádio.
A verdade é que toda vez que uma música é
reproduzida em plataformas digitais ou espaços públicos, o detentor desta obra
recebe um pagamento desses estabelecimentos (físicos ou digitais). Ou seja, a
partir do lançamento de um single, ele segue gerando rendimentos para o artista
sempre que for executado por alguém, são os “royalties”.
Esses rendimentos, apesar de ainda serem pouco
conhecidos do público e dos próprios artistas, foi, por muitos anos, uma das
fontes de renda de compositores de sucesso. No entanto, nos últimos anos, foram
deixados de lado por muitos artistas, visto que nunca foram sua principal fonte
de renda. Porém, em 2020, durante a pandemia, os artistas entenderam sua
principal fonte de renda ser cancelada, os shows, e isso fez com que muitos
voltassem sua atenção para uma outra fonte, investindo então nos royalties
musicais. Dessa forma, foi por meio desses “aluguéis” recebidos, que parte
dessa classe conseguiu se manter durante o período de isolamento.
Investindo neste segmento, o fã passa a ter uma
relação diferente com seu ídolo, tornando-o em uma espécie de sócio, já que,
além de receber por reprodução, o fã/investidor também pode ser um detentor de
um pedaço da música, e quanto maior o número de músicas em um contrato, maior é
a chance dela bombar em determinado período e menor é o risco de outra música
“cair no esquecimento” e não ser reproduzida mais.
E se engana quem acha que esse tipo de investimento
é feito somente por artistas pouco conhecidos ou pequenos investidores. As
pessoas estão, cada vez mais, consumindo conteúdo nas redes sociais, que se
tornou uma forma de divulgação em massa a um custo menor que em vias
tradicionais. A Royalty Exchange, empresa americana, por exemplo, é a principal
empresa do ramo na América e já negociou obras de grandes nomes como Drake,
Travis Scott, Nicki Minaj, entre outras celebridades mundiais.
Claro, que se tratando de qualquer investimento, é
importante que a pessoa tire todas as suas dúvidas sobre o negócio antes de
tomar a sua decisão e busque negociações que possam dar o retorno que ela tenha
como meta, seja no curto ou longo prazo.
Pedro Nasser - CEO da Brodr, primeiro
marketplace dedicado a royalties musicais no Brasil. Com vasta experiência na
área de gestão financeira, o executivo, em sua trajetória profissional, passou
pelas empresas Ibmex Consultoria Empresarial Jr, na qual ocupou a posição de
gerente, e a MedTech PILFIL, sendo o responsável financeiro da startup.
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