Outubro Rosa tabém é assunto de homem. Apesar da incidência ser bem menor quando comparada a verificada em mulheres, grupo para o qual o INCA estima 66 mil casos neste ano no Brasil, é importante que os homens saibam que podem ser acometidos pela doença. Assim, ficam atentos aos sinais e na presença deles podem procurar o médico, beneficiando-se do diagnóstico precoce, essencial para a cura da doença
Estamos no Outubro Rosa, mês de conscientização
sobre o câncer de mama. No Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma, o
câncer de mama é o mais incidente em mulheres em todas as regiões e a principal
causa de morte dessa população. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer
(INCA) estima 66.280 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de
incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Portanto, faz todo sentido
que as campanhas de conscientização tenham foco nas mulheres. Por sua vez,
também é importante alertar que o câncer de mama pode acometer os homens,
alerta o cirurgião oncológico e urologista Gustavo Cardoso Guimarães, diretor
do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador
geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP-A Beneficência Portuguesa
de São Paulo. “Para cada 100 casos da doença, um é na mama masculina”, informa.
De acordo com Guimarães, estima-se que no Brasil
sejam diagnosticados pelo menos 500 casos anuais de câncer de mama em
homens, a maioria deles entre os 65 e 70 anos. Da mesma forma que nas mulheres,
o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar a chance de cura da doença.
No entanto, como o fato de o homem poder ser acometido por esse tipo de câncer
é pouco conhecido, a maioria não procura atendimento médico diante de uma massa
ou nódulo em seu peito, o que retarda o diagnóstico da doença. “Claro que não é
o caso de inserir os homens na recomendação de realização de mamografia anual,
a partir dos 40 anos, como defendem as sociedades médicas para as mulheres, mas
é importante que o público masculino esteja informado sobre os principais
fatores de risco para que possa prevenir e ter acesso ao diagnóstico precoce”,
recomenda Guimarães.
Fatores de risco de câncer de
mama em homens
Entre os fatores que aumentam o risco de câncer de
mama no público masculino estão:
- Exposição
a níveis mais elevados do hormônio estrogênio em relação ao hormônio
masculino (androgênio).
- Ter
recebido radiação, por exemplo, para tratamento de câncer de pulmão ou
linfoma.
- Apresentar
histórico de algum câncer de mama feminino ou masculino na família.
Cerca de um em cada cinco homens com câncer de mama têm pais, irmãos
ou filhos com a doença. Assim como nas mulheres, nos homens as formas
hereditárias de câncer de mama estão relacionadas às mutações nos genes
BRCA1 ou BRCA2. Homens com histórico familiar devem ser encaminhados ao
serviço de Oncogenética para aconselhamento. Além de investigar as
mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2, é recomendável incluir outros genes
nesta análise, dentre eles CHEK2, PTEN e PALB2.
Sinais de alerta para câncer
de mama em homens
Os principais sinais de alerta são alterações na
mama, como retração do mamilo (achatamento), inversão (quando cresce para
dentro) ou secreção (liberação de fluido), assim como vermelhidão ou descamação
do mamilo ou pele da mama. Guimarães informa que nem sempre esses sintomas
estão relacionados a câncer de mama. “Eles podem ocorrer devido a algum tipo de
infecção, mas é essencial consultar um médico na presença desses sinais”,
afirma.
Instituto de Urologia, Oncologia e
Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR. Guimarães desenvolveu ampla
experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia
laparoscópica, ultrassom
focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, tendo
desenvolvido um consistente Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o
desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes.
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