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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Obesidade infantil pode afetar ossos e articulações

Cerca de 10% das crianças menores de 5 anos estão com sobrepeso; especialistas alertam para doenças graves   

 

Segundo a última pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 2019 e 2020, uma a cada 10 crianças brasileiras estava com sobrepeso, ou 10% do público infantil. Os dados são referentes a uma avaliação de 14.500 crianças com até cinco anos em todo o país para comparação com o último censo de 2006, quando o percentual era de 6,6%, aumentando em 3,4% o número de obesos menores de cinco anos. Segundo fisioterapeutas, essa crescente constatação da obesidade no público infantil é motivo de alerta para famílias e gestores em razão das possibilidades de doenças crônicas ao longo da vida.  

A diabetes, pressão alta e demais problemas cardíacos são comumente associados à obesidade. Entretanto, a fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade UNINASSAU Redenção, em Teresina, Emanuelle Paiva, relata a possibilidade do prejuízo aos ossos e articulações das crianças e adolescentes com esse excesso de peso. “Os ossos e articulações dos pequenos também sofrem com o sobrepeso. Uma criança obesa pode apresentar doenças nos joelhos ou costas características dos idosos, ou seja, uma dificuldade que vai comprometer a qualidade de vida já desde a infância. Além disso, o crescimento e desenvolvimento ficam prejudicados, podendo levar a doenças graves ao longo da vida, como a hipertensão e a diabetes”, pontua Emanuelle.  

A pesquisa do Ministério da Saúde ainda pontua que muitas crianças estão em uma faixa de risco chegando ao sobrepeso. A fisioterapeuta reforça a importância dos cuidados e da atenção redobrada com os filhos de até cinco anos, pois na primeira infância a curva do ganho de peso pode ser controlada. “As famílias são responsáveis pela orientação e coordenação dos bons hábitos de alimentação e exercícios físicos. A chave da prevenção da obesidade é cultivar boas práticas diárias desde os primeiros dias da criança. E, caso sejam observadas alterações de peso e os pequenos já apresentem alguma dificuldade em correr, saltar, ou reclamem de dores nos joelhos e costas, um profissional da fisioterapia poderá ser consultado. O importante é não fechar os olhos para quaisquer queixas”, explica a fisioterapeuta.  


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