Com a chegada do 5G nas 27 capitais do país, escolas e educadores se preparam para os impactos que a alta velocidade irá trazer para a educação. Desde a pandemia, com a adoção do ensino remoto, ficou clara a importância da conexão com a internet para a promoção de uma educação de qualidade. A concretização da implementação da rede aumenta a expectativa para que atividades online sejam otimizadas, novos recursos multimídia sejam explorados e formatos de ensino mais interativos comecem a fazer parte da rotina dos estudantes, antes limitados por instabilidades da rede.
“Já há uma tendência de buscar e implantar formas mais atrativas de educar. Isso deve ser potencializado com o 5G, indo ao encontro das preferências e expectativas de crianças e adolescentes, que já estão inseridos na realidade online. Por isso, é importante que as escolas estejam preparadas e abertas para as mudanças”, explica Bruno Piva, CEO e fundador da Piva Educacional, startup que ajuda crianças e adolescentes a despertarem o gosto pelos estudos.
A alta velocidade da quinta geração da internet permitirá atividades mais dinâmicas, como aulas associadas a aplicativos, reprodução de vídeos sem perda de conexão e em alta definição, além de experiências imersivas proporcionadas pela realidade virtual. O download de um vídeo, por exemplo, que no 4G leva em média dois minutos, no 5G poderá ser feito em menos de 4 segundos. Além da maior velocidade, a nova rede de internet é muito superior também na chamada latência, que é o tempo de resposta da rede a um comando do usuário.
“O 5G é superior em várias aspectos e isso vai beneficiar todos os setores, inclusive o educacional. Na Piva, nós já atuamos no online e acreditamos que, com a chegada da nova rede, conseguiremos explorar outros formatos e melhorar a experiência dos nossos alunos. Queremos participar dessa transformação de forma efetiva e inovar para tornar a educação ainda mais prazerosa”, afirma o CEO.
Bruno ainda reforça sobre a importância de ter uma metodologia de educação alinhada com a tecnologia, e que atenda as demandas dos estudantes. Para isso acontecer, a expectativa é que, primeiramente, todas as regiões sejam contempladas com sinal de internet.
Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva e da consultoria
PwC, 33,9 milhões de pessoas não possuem conexão à internet e outras 86,6
milhões não conseguem se conectar todos os dias. “Buscar conexão para todos os
estudantes é o primeiro passo para a educação ser mais democrática”, afirma
Bruno Piva.
Alcance de rede
A tecnologia 5G começou a funcionar no Brasil no dia 6 de
julho. Brasília foi a primeira cidade a receber a faixa de 3,5 gigahertz, que
oferece maior velocidade. A Anatel determinou que a tecnologia deve ser
liberada em todas as capitais até o dia 28 de outubro, e após essa data, as
operadoras terão mais 30 dias para ativar a rede.
Até o momento, não há previsão da tecnologia chegar em
zonas rurais e em locais onde não há nenhum tipo de conexão com a internet.
Contudo, o edital do 5G prevê a implementação ao menos do 4G em 7.430
localidades, que atualmente, não possuem nenhuma rede disponível ou apenas a
cobertura do 3G.
Piva Educacional
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