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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Confusão mental, vômitos e tonturas? Em idosos, estes sintomas podem estar ligados a problemas relacionados a altas temperaturas

Segundo especialistas da Amparo Saúde, é muito comum que, nestes casos, familiares e pacientes busquem respostas em exames complexos, mas a verdade é que a causa pode ser muito mais simples do que se imagina

 

Confusão mental, tontura, vômitos e convulsões em idosos. Estes são sintomas sérios e que muitas vezes são associados a doenças complexas, principalmente quando se trata de pessoas em idade já mais avançada. Mas será que estão diretamente ligados apenas com problemas mais difíceis? A resposta é ​​não! Em muitos casos, famílias buscam por respostas em diversos exames robustos, mas, em um país tropical como o Brasil, a resposta está nas altas temperaturas e isso passa despercebido por todos! 

O clima e o verão brasileiro são ótimos para aproveitar as praias, mas para a saúde pode ser muito prejudicial se você não souber boas práticas e cuidados nesta época. Para os idosos, este período é ainda mais difícil e requer muito mais atenção. A desidratação já é um problema conhecido por muitas pessoas, mas há um outro diagnóstico que muitos desconhecem e que também está diretamente relacionado às altas temperaturas: a hipertermia. 

“A hipertermia é o aumento da temperatura do corpo acima de 37.4º C, mas a causa do aumento da temperatura é diferente do da febre. Na febre, nossos mecanismos de ajustes da temperatura estão intactos, e o fator desencadeante é normalmente um processo inflamatório. No caso da hiperemia, o aumento da temperatura está relacionado à falha dos mecanismos fisiológicos de controle da temperatura. Quando as pessoas envelhecem, é natural que os mecanismos de ajuste de temperatura do corpo se tornem menos eficientes. Alguns fatores associados a isso são a redução de massa muscular, afinamento da espessura da pele, alteração dos mecanismos de sede, que leva à redução da ingesta hídrica, multimorbidades e uso de medicações diuréticas”, explica o Dr. Lucas Gurgel, Médico de Família ​​da Amparo Saúde. 

De acordo com o especialista, pacientes idosos com hipertermia podem apresentar um quadro chamado de delirium, caracterizado como alteração abrupta e flutuante do nível de consciência, com alteração do estado mental, podendo conter alucinações, agressividade, tontura, vômitos, entre outros. Por isso, em períodos de temperaturas elevadas é preciso ter muita atenção com os locais onde os idosos estejam ou frequentem, para prevenir o desenvolvimento da hipertermia. “É fundamental escolher horários alternativos para eventuais saídas de casa, bem como o momento e o local ideais para atividades que já estimulam normalmente esse aumento de temperatura, beber grande quantidade de água durante o dia, usar roupas leves e claras, evitar atividades físicas exposto a luz solar, evitar tomar café e bebidas alcoólicas e sempre usar protetor solar”, complementa o médico. 

Além da hipertermia, uma condição já mais conhecida, mas ainda assim não levada tão a sério, é a desidratação. Para jovens é algo muito comum quando expostos a atividades físicas ou tempo prolongado no sol, porém em pacientes mais idosos isso é ainda mais simples de acontecer, mesmo sem se expor a esses fatores anteriores. Isso acontece porque, com o envelhecimento, a quantidade de água no corpo humano diminui, juntamente também com a diminuição de sensação de sede, o que inviabiliza muitas vezes o diagnóstico rápido da desidratação. 

“Os familiares precisam estar sempre atentos. É muito comum que sempre imaginem diagnósticos mais complexos para estes sintomas de hipertermia e desidratação e, por isso, os idosos acabam por não encontrar a causa real, permanecendo doentes por muito tempo, algo perigoso para idades avançadas. Também é fundamental o acompanhamento periódico com um Médico de Família que conhece o histórico do paciente e pode sempre ter uma visão mais completa e precisa nos diagnósticos, além de trabalhar com o conceito de prevenção a problemas de saúde e doenças”, finaliza o especialista. 

Mas como fazer para evitar casos de hipertermia e desidratação? A alimentação é um dos fatores mais importantes e a água é essencial. Mas é preciso ir além! Confira 3 dicas da equipe clínica de nutrição da Amparo Saúde que podem auxiliar o corpo a manter sua estabilidade:

  • Atenção ao consumo de bebida alcoólica pelos idosos. O álcool favorece a eliminação de água pela urina e pode levar à desidratação mesmo com uma boa ingestão de água;
  • Vários fatores relacionados ao envelhecimento podem levar à inapetência (falta de apetite) e as altas temperaturas potencializam esse sintoma. Por isso, pode ser melhor investir em refeições menos volumosas e mais frequentes;
  • Tenha cuidado redobrado com a ingestão de alimentos fonte de proteína, como carnes, ovos e leguminosas. A necessidade desse nutriente em idosos é aumentada e em busca de refeições mais leves a tendência é reduzir o consumo desses grupos de alimentos.

 

Amparo Saúde


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