Referência
em inteligência e com uma das maiores pontuações de QI na atualidade, o Prof.
Dr. Fabiano de Abreu Rodrigues explica sobre como funciona o cérebro de
superdotados ou gênios como o caso do Gustavo Saldanha, entenda:
É comum
ouvir na sociedade que uma pessoa é mais inteligente
do que a outra. Mas, o que define isso? Quais os
critérios que devem ser observados para qualificar um indivíduo como
superior a outro? Qual a diferença entre superdotado e gênio? O PhD,
neurocientista, mestre psicanalista, biólogo com mais de 50 títulos acadêmicos,
Prof. Dr. Fabiano de Abreu é o cientista nacional com maior
quantidade de estudos sobre inteligência publicados em artigos científicos,
somando mais de 30, também é considerado um gênio com 148 pontos de QI no teste
WAIS III e 180 pontos calculando desvio padrão 24. Um dos seus estudos,
publicado no Journal of Bio Innovation,
o também antropólogo e sua equipe
discorrem sobre o que é a inteligência geral.
De
início, os pesquisadores destacam que há aqueles
indivíduos que possuem um desenvolvimento cerebral mais eficiente
do que de outros, e tais variações são determinadas através do
tipo de inteligência de cada um. Eles lembram que a
psicologia considera dois tipos de inteligência: cristalizada e fluida. “A
primeira está relacionada ao conhecimento e experiência anteriores e reflete a
cognição verbal, já a inteligência fluida requer raciocínio
adaptativo em situações novas”. Além disso, é preciso
observar que esse nível de intelectualidade de uma pessoa tem grande
participação genética, “sendo um percentual de
genes que produzem proteínas funcionais está
implicada em diversas funções neuronais, incluindo
função sináptica e plasticidade, interações celulares e metabolismo
energético. Há uma expressão de genes associados aos neurônios principais
do córtex e mesencéfalo. Estudos ainda indicam que pode haver
relação da função e a estrutura da célula piramidal
à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do
potencial de ação e o QI”. Diz o chefe da pesquisa,
Dr. Fabiano de Abreu.
Existem
diversos recursos para analisar a inteligência de um indivíduo, “como
imagem cerebral que investiga a estrutura e funções macroscópicas do
cérebro e associações genéticas para identificação de genes e loci
genéticos relacionados a inteligência. Quando observadas
neuroimagens, é possível identificar melhores e maiores conexões na
região branca e cinzenta do cérebro“, acrescenta o cientista.
Porém, “é importante
lembrar que não apenas o volume e espessura da
substância cinzenta do cérebro, que são os corpos dos neurônios,
como a integridade e função da substância branca nos córtices temporais, frontais,
parietais, axônios mielinizados, tem relação com a inteligência”.
Além
disso, eles explicam que existe uma expressão de genes
associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo. “Um estudo com
células da região lobo temporal (responsável pela memória, reconhecimento
de sinais e linguagens, que são associadas à inteligência)
de 35 indivíduos, que haviam realizado teste de QI e obtido uma
pontuação alta, demonstrou haver relação da função e a estrutura
da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho
dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI”.
Já
as áreas frontais e parietais do cérebro têm relação com
a inteligência fluida, capacidade de pensar e raciocinar de forma
abstrata e resolver problemas, lobos temporais na inteligência cristalizada, que envolve
“conhecimento que vem de aprendizagem anterior e experiências
passadas, e a integridade da substância branca na velocidade de
processamento que define o volume da substância cinzenta”.
Vale lembrar que “o córtex pré-frontal atua como uma central de
distribuição de dados onde monitora e influencia as demais regiões do
cérebro, a capacidade de resolver problemas de lógica em situações
inusitadas independente do conhecimento adquirido já define essa região como
líder intelectual e gestora de toda inteligência”, completam.
Para que seja medida a inteligência a
partir do teste de QI, utiliza-se a fórmula:
QI = 100 X IDADE MENTAL (IM)/ IDADE
CRONOLÓGICA (IC)
A escala é:
Gênio: acima de 144 pontos;
Superdotado: de 130 a 144 pontos;
Acima da média: de 115 a 129 pontos;
Média alta: de 100 a 114 pontos;
Média baixa: de 85 a 99 pontos;
Abaixo da média: de 70 a 84 pontos;
Baixo: de 55 a 69 pontos;
Muito
baixo: menos de 55 pontos.
Fabiano de Abreu Rodrigues - PhD,
neurocientista com formações também em neuropsicologia, biologia, história,
antropologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial,
neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação
profissional em nutrição clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas
e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos
University International e membro da Federação Européia de Neurociências e da
Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências.
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