As mulheres já são maioria quando o
assunto é empreendedorismo no Brasil, pelo menos em um segmento, o de
iniciantes. Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016,
realizada pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade –
IBQP, a taxa de empreendedorismo feminino entre novatos – aqueles que possuem
um negócio com até 3,5 anos – é de 15,4%, enquanto a masculina é de 12,6%.
De acordo com uma pesquisa realizada
pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as empreendedoras
brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus
negócios durante a pandemia do que os homens. São 71% das mulheres que fazem
uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos,
quando apenas 63% dos homens usam as ferramentas. Além disso, 11% das mulheres
inovam na oferta de produtos e serviços, contra 7% dos homens.
É sabido que uma das coisas mais
importantes, e ao mesmo tempo difíceis, para quem está iniciando um
empreendimento é fazer contatos, conhecer as pessoas certas, o famoso
networking. E isso é mais desafiante para as mulheres, já que os grupos
profissionais e de negócios ainda são espaços predominantemente masculinos, o
que causa uma certa intimidação.
As dificuldades não param por aí, já
que muitas empreendedoras são também mães e têm jornada dupla de trabalho. A
falta de tempo para ir a happy hours, clubes sociais e eventos em geral soma-se
à falta de abertura para a participação feminina nesses ambientes e o resultado
é negativo para todo o ecossistema empreendedor.
Dentro deste cenário, muitos grupos de
networking exclusivos para mulheres têm surgido nos últimos anos no Brasil, o
que é positivo. No entanto, esta separação traz também perdas, já que quanto
mais íntegro e diverso é um ambiente, maiores são as suas possibilidades de
expansão. Prova disso é o BNI – Business Network International, uma
rede de relacionamentos mundial, com mais de 280 mil profissionais em mais de
80 países,
No Brasil, já está presente em 13
estados, são 7,8 mil membros locais, além de 213 unidades (grupos) e 461 mil
referências de membros nos últimos doze meses.Sua visão é justamente em busca
de construir um mundo onde a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos
negócios, nos relacionamentos e na vida. Em meio a esse cenário, o
empreendedorismo feminino ganha ainda mais força.
Isto porque as mulheres, seja por
questões naturais ou culturais, costumam colocar a serviço do sistema
características muito importantes para o desenvolvimento de negócios. Vale
ressaltar sua maior habilidade para estabelecer conexões, se comunicar e criar
vínculos, bem como para acolher, harmonizar conflitos e colaborar.
Um ambiente de networking onde há
espaço para que o feminino se manifeste de maneira mais livre, como o
proporcionado pelo BNI, é radicalmente transformado e gera transformações
positivas em todos os seus integrantes, tornando-os mais potentes e prósperos
em todos os sentidos.
Mara Leme
Martins - PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e
mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo.
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