Segundo
o Ministério da Saúde, 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil
Dados de 2020 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Uniaids) apontam que 37,6 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV e 690 mil morreram de doenças relacionadas à Aids. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 920 mil pessoas convivem com HIV. Por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º/12), a médica clínica do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Dagmar Maia Kistemann, destaca que o estigma e a discriminação com relação à doença ainda são entraves para o diagnóstico e tratamento.
“As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são um problema de saúde pública em todo o mundo, pois estão entre as doenças transmissíveis mais comuns e que afetam a saúde e a vida de milhões de pessoas. Algumas das complicações destas infecções são: infertilidade, complicações na gravidez e parto, morte fetal, abortos, doenças congênitas, aumento da exposição à infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana causador da doença Aids - Doença da Imunodeficiência Adquirida), entre outras manifestações, não menos importantes”, afirma dra. Dagmar.
A médica explica que as ISTs são causadas por mais de 30 agentes etiológicos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), sendo transmitidas principalmente por via sexual e, eventualmente, por via sanguínea. Também podem ser transmitidas pela mãe para a criança durante a gestação, parto ou amamentação.
“Os preservativos masculinos
e femininos são um método eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e
de outros agentes sexualmente transmissíveis, além de prevenir a gravidez. A
profilaxia é indicada em casos de: violência sexual, acidente biológico e
situações de vulnerabilidade à exposição dos agentes causadores das doenças.
Para que a cadeia de transmissão seja interrompida é necessário o tratamento
adequado do paciente, dos parceiros (as) e o acompanhamento do caso”.
Estigma e discriminação
Em relação ao HIV, há a possibilidade de realizar tratamento para a pré e pós exposição e a boa adesão aos medicamentos mantém a carga viral indetectável, embora não elimine a necessidade do uso de preservativo nas relações sexuais.
“Porém o estigma e a discriminação estão entre os principais obstáculos para a prevenção, tratamento e cuidados com relação ao HIV. As pesquisas demonstram que estes fatores prejudicam os esforços no enfrentamento da epidemia da doença ao fazer com que as pessoas tenham medo de procurar por informações, serviços e métodos que reduzam o risco da infecção e adotar comportamentos mais seguros, com receio que sejam levantadas hipóteses sobre seu estado sorológico”.
Dra. Dagmar alerta que esse
cenário acaba estimulando a automedicação. “Após uma relação sexual sem
proteção e se estiver com dúvida se foi infectado por alguma IST, procure atendimento
médico, para ter um diagnóstico seguro e iniciar logo o tratamento. A testagem
do HIV está disponível na rede pública e pode ser feita, inclusive, de maneira
anônima. Não se deixe levar pelo preconceito, dê prioridade à sua saúde”,
orienta a médica.
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