Crédito da Foto: Edgar Chaparro para Unsplash
Pesquisa feita em 16 países da
América Latina mostra cenário das viagens para as férias de verão. No Brasil,
aumentou o índice de pessoas que está fazendo planos para viajar
Quase
60% dos viajantes latino-americanos pretendem viajar nos meses mais quentes no
Hemisfério Sul, um índice 14 pontos percentuais acima do apurado no ano passado
(veja resultados específicos do Brasil mais abaixo). É um dos dados apontados
por mais uma pesquisa da Interamerican Network, agência de comunicação,
marketing, digital e representação comercial especializada em Turismo, com sede
em São Paulo e filiais em quatro países da América Latina, e que vem
investigando os hábitos dos viajantes desde o começo da pandemia da COVID-19.
A
quantidade de viagens que os latino-americanos pretendem planejar no período
varia entre uma (48,61%) e duas a três (48,23%), em companhia da família
(35,69%) ou do par romântico (28,16%), para a praia (26%) ou destinos urbanos
(22%) e dentro do próprio país (43,40%). Viagens internacionais, segundo os
respondentes, apenas daqui a sete a 12 meses (26%) ou após 12 meses (26%). O
meio de transporte preferido é o avião (47%), enquanto o tipo de hospedagem de
preferência é um hotel de rede conhecida (31%). Os principais gastos com a
viagem, segundo eles, são a passagem aérea (33%) e a hospedagem (25%), seguidos
de restaurantes (16%), compras (14%) e passeios (13%).
Danielle
Roman, presidente e CEO da Interamerican, comenta que as viagens voltaram, mas
ainda com cautela: “as pessoas estão sedentas por viagens. O avanço da
vacinação e a queda nas taxas de infecções e mortes dão o pontapé que faltava
para a retomada do Turismo. Porém, ele volta com cautela, com exigências muito
claras de segurança, tanto sanitária quanto financeira, o que é bom para todos.
E a natureza em constante evolução do coronavírus, como estamos vendo agora com
a nova variante ômicron, exige atenção especial de todos ao organizarem suas
viagens”.
Preocupações
de ordem econômica e relacionadas à pandemia seguem impactando as viagens.
Dentre os fatores mais importantes no planejamento das férias, segundo os entrevistados,
estão promoções/ofertas (23%), orçamento e segurança/higiene dos fornecedores
(ambas com 21%), destinos com baixo risco de COVID-19 (18%) e flexibilidade
para remarcar a reserva (17%). “O fato também é sentido no que diz respeito às
fontes de informação preferidas para consulta durante o planejamento: fontes
oficiais, como governos e OMS, com 19%, lideram, porém, seguidas de perto por
sites de reservas de viagens (18%), fornecedores como hotéis e companhias
aéreas (16%), imprensa (13%), Google (12%) e, empatados cada um com 11%, blogs
e redes sociais”, diz Danielle.
Na
pesquisa, foram ouvidas 1.117 pessoas na América Latina, no mês de outubro de
2021. 54% delas era do sexo feminino, 39,21% eram casadas com filhos e as
faixas etárias mais presentes foram de 45-54 anos (25,69%), 35-44 anos (23,19%)
e 55-64 anos (22,65%). Dentre os 16 países que participaram da pesquisa,
respondentes do Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile e Peru foram a
maioria, nessa ordem.
Para
ter acesso aos dados completos da pesquisa na América Latina, clique aqui.
Resultados
no Brasil
No
Brasil, também aumentou o índice de pessoas que diz querer viajar ainda este ano
nesta pesquisa, em comparação com aquela feita em outubro de 2020. Antes, eram
34%, índice que subiu para 38,7% em outubro de 2021 (considerando viagens em
até dois meses). Em segundo lugar no ranking mais recente aparece a opção de
viagens daqui a três ou quatro meses (24,5%). “Isso indica que a temporada de
verão no Brasil vai ser movimentada, com os viajantes enfim matando a saudade
de pegar a estrada e empresas do setor de turismo vendo, enfim, a volta do
movimento a seus estabelecimentos. Recomenda-se apenas atenção com eventuais
medidas extras de segurança sanitária que podem vir na esteira da nova variante
ômicron”, afirma Osmar Maduro, diretor da Interamerican e coordenador da
pesquisa.
Sobre
a quantidade de viagens que pretendem fazer, 49,2% responderam que apenas uma,
enquanto 47,7% declararam o desejo de fazer de duas a três viagens nos próximos
meses.
Dentre
os fatores mais importantes no planejamento de uma viagem, os impactos
econômicos e de saúde causados pela pandemia também são sentidos no Brasil,
apesar da maior movimentação dos viajantes. Orçamento e Promoções aparecem em
primeiro e terceiro lugares, respectivamente. Precauções de segurança e higiene
dos fornecedores, Destinos com baixo risco de COVID-19 e Flexibilidade para
remarcar a reserva completam a lista em segundo, quarto e quinto lugares,
respectivamente.
Apenas
3,4% dos entrevistados dizem não pretender viajar no futuro próximo. Das três
razões apresentadas como opções para não fazê-lo, aquelas relacionadas ao
impacto da pandemia ainda são sentidas: segurança sanitária foi a mais
escolhida, com 47,1%. Na sequência, motivos financeiros (35,3%) e falta de
tempo (17,6%).
Viagens
em família (36,3%) ou com o par romântico (30%) são as modalidades mais
escolhidas. Destinos de praia são os preferidos, como em todas as últimas
pesquisas, seguidos por destinos urbanos, de grandes cidades. A maioria (50,2%)
declara que pretende viajar dentro do País, índice que voltou a subir em 2021:
no segundo semestre de 2020, ele era de 47%.
Quanto
a viagens para fora do País, somente daqui a 12 meses foi a opção mais
escolhida, com 35,1%, seguida de daqui entre sete e 12 meses (27,5%), o que
sugere, além das incertezas impostas pelo coronavírus, também o impacto da alta
do dólar no orçamento, uma vez que as fronteiras de muitos países já reabriram
para os brasileiros.
O
meio de transporte de preferência é o avião, seguido do carro próprio, o que
reforça a tendência de viagem no próprio país. Os meios de hospedagem
escolhidos são, nesta ordem, hotéis de redes, pousadas e casas ou apartamentos
de aluguel por temporada. Casas de parentes ou amigos e hostels são as opções
menos votadas para o público entrevistado.
Segundo
os respondentes, passagem aérea e hospedagem representam os maiores custos de uma
viagem. Gastos em restaurantes e com passeios vêm em seguida. “E, conforme
sugerido nas pesquisas anteriores, talvez não se possa mais afirmar que fazer
compras é uma das principais atividades dos brasileiros quando viajam, uma vez
que, das cinco opções apresentadas, esta apareceu como representando o menor
impacto nas contas”, diz Osmar.
No
Brasil, órgãos oficiais, como governos e OMS, também foram escolhidos como a
principal fonte de informação para pesquisar antes de tomar a decisão de
viajar. Na sequência, diferentemente da média latino-americana, aparecem, em
ordem de maior escolha, imprensa, sites de reservas de viagem, fornecedores
como hotéis e companhias aéreas, redes sociais, Google e, por último, blogs. Em
comparação com a pesquisa realizada no ano passado, pode-se ver um grande ganho
de importância da imprensa como fonte confiável de informações e a perda de
terreno dos blogs na preferência dos brasileiros nesse quesito.
Para ter acesso aos dados completos
da pesquisa no Brasil, clique aqui
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