Touca de crioterapia ajuda a evitar um dos efeitos colaterais de vários tipos de quimioterapia e, com isso, contribui para o bem-estar emocional de pacientes
Os tratamentos contra
o câncer, como a quimioterapia, trazem efeitos colaterais. Um dos mais
conhecidos é a intensa queda de cabelo, responsável pelo incômodo físico e
emocional nos pacientes. O Hospital Nove de Julho, referência em alta
complexidade, passa a oferecer o uso gratuito de um equipamento de alta
tecnologia de resfriamento do couro cabeludo, desenvolvido para reduzir a queda
de cabelo provocada pela quimioterapia.
Todos os pacientes do
Nove de Julho que tenham indicação podem usar o equipamento. Os quimioterápicos
para o combate ao câncer de mama estão entre os que mais causam a alopecia,
nome técnico para a queda de pelos e cabelo, e por isso em geral são essas as
pacientes que mais demandam a touca de crioterapia.
"A queda de
cabelo traz uma sensibilidade para os pacientes, às vezes, até deitar-se no
travesseiro incomoda. Sem proteção, eles podem até ter queimadura de sol no
local. Para as mulheres, é uma situação ainda mais delicada. A ausência do
cabelo chama a atenção e pode mexer com a autoestima, o que interfere no
tratamento. Estamos pensando no bem-estar dos pacientes e em como essa terapia
pode contribuir para um bom prognóstico", diz Bruna Zucchetti, oncologista
especializada em mamas do Hospital Nove de Julho.
O equipamento
adquirido pelo hospital, da marca Capelli, é usado 30 minutos antes, durante e
até 90 minutos depois das sessões de quimioterapia. Trata-se de uma touca
acoplada à máquina que faz o resfriamento do couro cabeludo.
A temperatura entre 9º
e 17º graus Celsius diminui o fluxo sanguíneo no local, reduzindo a quantidade
de quimioterápico absorvido pelas células do couro cabeludo, evitando a queda
de cabelo. A cabeça toda é refrigerada, sem precisar de trocas de touca, como
acontece com outros sistemas.
O resfriamento do
couro cabeludo é, comprovadamente, o melhor método para se evitar a alopecia. O
sistema Capelli foi patenteado e devidamente registrado na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e certificado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) O equipamento foi vencedor do
Desafio Pfizer 2017 - inovação do ano na área médica.
Hospital Nove de Julho
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