Ortopedista pediátrica orienta que estímulos a exercícios físicos comecem com incentivos a sentar, engatinhar, se arrastar e andar, e devem evoluir a momentos de prazer e de autoimagem positiva
Evitar comportamentos
sedentários é a grande chave para estimular os filhos a se exercitarem
fisicamente. De acordo com a médica ortopedista pediátrica Dra. Natasha Vogel,
desde o nascimento, pais e cuidadores devem incentivar os bebês a se sentarem,
andarem etc., conforme vão crescendo. Essa missão só termina quando
promoverem experiências por meio das quais os filhos poderão se identificar com
a prática esportiva.
Além dos benefícios
físicos de atividades como natação, lutas, danças e esportes coletivos, o
esporte favorece a socialização infantil. "O esporte pode ajudá-las a
fazer amigos, trabalhar em equipe, aprender a respeitar os limites com os seus
colegas e se respeitar. As regras de cada modalidade esportiva permitirão que
as crianças aprendam a se relacionar com os outros, ouvir o outro e ser ouvido.
É importante estimular e permitir que os filhos participem de jogos e esportes
da escola e da comunidade onde vivem", indica a ortopedista.
Além de promover
benefícios físicos, o esporte impacta positivamente na saúde mental infantil,
favorecendo a tomada de decisões, o gerenciamento de frustrações e a solução de
problemas.
"As atividades
coletivas podem permitir a descoberta de habilidades; desenvolvimento da
coordenação motora; aprendizagem quanto aos cuidados referentes a cada
atividade, o uso de equipamentos de proteção, o uso de calçado adequado, a
importância da hidratação, do aquecimento e do alongamento, além de oferecer
momentos de prazer; e um ponto fundamental é a prevenção da obesidade na
infância e na vida adulta", adverte Natasha.
A importância de ser
ativo
Para que o modo de
vida ativo seja desejado e praticado pelas crianças, é interessante que as
experiências esportivas sejam agradáveis, respeitem a maturidade mental da
criança, sejam seguras e contribuam para o desenvolvimento natural da criança.
"Os educadores físicos e os pais, de modo geral, devem oferecer um
ambiente de competição saudável para estimular a confiança, a cooperação e uma
autoimagem positiva, em vez de visar apenas vencer", alerta a médica. Ela
explica também que se a criança não gostar de um determinado esporte, o papel
dos pais é proporcionar o contato com diversas outras modalidades e explicar
sobre a importância disso até que se identifiquem com um esporte ao qual
queiram se dedicar.
Dra. Natasha Vogel -
médica subespecialista em Ortopedia Infantil pelo IOT-HC/FMUSP, membro titular
da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira
de Ortopedia Pediátrica. Dedicada à
ortopedia e ligada a atividades acadêmicas, concluiu o Mestrado em Ciências
pela Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo e participa como
preceptora na formação de novos ortopedistas no Hospital do Servidor Público
Municipal de São Paulo.
Instagram:
@natashavogel
Portal: www.natashavogel.com.br
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