Pesquisar no Blog

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Poluição do ar e contaminação atmosférica mata mais de 51 mil pessoas por ano no Brasil

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 90% da população mundial não respira ar de qualidade minimamente aceitável e está exposta a riscos diários




Mais de 11,6% de óbitos ao redor do mundo são causados por doenças respiratória, sendo 600 mil crianças dentro dessa grande parcela. Por esse motivo, a Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental - AIDIS criou o Dia Interamericano de Qualidade do Ar a ser celebrado, todos os anos, a 9 de agosto, para conscientizar a população sobre a questão da contaminação atmosférica e seus efeitos sobre a saúde pública.

Grandes organizações e ativistas consideram esse resultado 15 vezes pior do que cenários de guerra. Não à toa, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu, recentemente, a existência dos chamados "refugiados climáticos". Como o exemplo do homem de Bangladesh, com asma, que evitou ser deportado da França depois que seu advogado argumentou que ele corria o risco de uma grave deterioração de sua condição e, possivelmente, de morte prematura, devido aos níveis perigosos de poluição em seu país.

O tribunal de apelações de Bordeaux anulou uma ordem de expulsão contra o indivíduo de 40 anos porque ele enfrentaria um agravamento de sua patologia respiratória devido à poluição do ar. "A partícula de poluição do ar de Bangladesh é 6 vezes maior do que o considerado pela OMS como tolerável. Mesmo que esse homem pudesse ser tratado em seu país de origem, a qualidade do ar o mataria", explica Rafael Zarvos, especialista em Resíduos Sólidos e fundador da Oceano Resíduos.

Pesquisadores e estudiosos preveem que a mudança climática vai criar cerca de 1,5 milhões de migrantes, motivados pelos efeitos mortais dessas crises do meio ambiente. Segundo o direito internacional, nenhum país é obrigado a acolher refugiados do clima. Porém, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados esclarece que as leis dos refugiados têm um papel importante a desempenhar no apoio às pessoas que estão a fugir da mortalidade causada pela poluição desenfreada. Especialistas ressaltaram que o caso abre precedente e explicita o risco de que a intensificação da poluição do ar resulte em ondas migratórias nas próximas décadas.

"Cada vez mais, os lideres mundiais serão pressionados à pensar nas questões climáticas, visando melhorar a qualidade de vida do seu povo. As condições ambientais impactam diretamente nos direitos de sobrevivência do homem e precisamos agir rápido, porque a natureza está pedindo socorro e nós estamos pagando a conta" finaliza Zarvos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados