Incomodo pode até gerar casos mais graves, como ceratocone e conjuntivites
A saúde dos olhos é
mantida por meio da lágrima e de algumas glândulas de gordura em volta dos
cílios. Se o ar está mais seco, há uma tendência a alterações na qualidade ou
quantidade de lágrimas, causando ressecamento, que pode levar ao aparecimento
de doenças, em especial as alergias oculares.
"Muitas pessoas
manifestam alergias oculares e em tempos de estiagem é comum aparecerem os
casos de conjuntivites alérgicas", conta Dr. Hallim Féres Neto, Membro do
Conselho Brasileiro de Oftalmologia.
Segundo o médico, o
verão costuma ser mais úmido e, por isso, a poeira suspensa no ar gruda nas
partículas de água e, com o peso, caem no chão. Por outro lado, com o ar seco,
as micropartículas ficam mais tempo em suspensão no ar, facilitando que entrem
em contato com nossas mucosas (olhos, nariz e garganta), favorecendo as
alergias.
A coceira é um dos
principais incômodos sentidos pelos pacientes com alergia ocular e esse sintoma
merece atenção especial: "o ato de coçar os olhos pode ser muito
prejudicial, levando inclusive a algumas doenças mais graves, como o
ceratocone. Além disso, é importante ressaltar que os olhos podem ser portas de
entrada para vírus, incluindo o coronavírus. Assim, é fundamental evitar coçar
os olhos", ressalta Dr. Hallim.
O tratamento, no
caso das crianças, pode ser iniciado com o pediatra, mas caso evolua para
conjuntivite alérgica e não responda bem ao tratamento, deve ser encaminhado ao
oftalmologista para que avalie se há lesões oculares que demandem outra
abordagem terapêutica.
Outro problema que
pode surgir é a síndrome do olho seco, ocasionada por uma combinação de
fatores. Quem já é propenso a alergias (rinites, sinusites e dermatites de
contato, por exemplo) deve ficar atento. Sintomas como ardência, coceira e
visão borrada que melhora ao piscar podem indicar essa condição, além de
desconfortos após assistir à televisão, ler ou usar o computador.
"O poder de
lubrificação do olho diminui. Por isso, aparece um número maior de pacientes
com olho seco nessa época. Mas é claro que existem pessoas com maior ou menor
predisposição a desenvolver a doença. Geralmente, quem tem alergias tem olho
seco, mas não necessariamente quem tem olho seco tem alergias", ressalta o
oftalmologista.
Para evitar esse
tipo de problema, o ideal é manter a lubrificação ocular, feita com o uso de
colírios próprios. Vale a pena procurar o oftalmologista, porque existem vários
tipos de colírio, alguns para olho moderado, outros para muito secos, e
lágrimas artificiais.
Para ajudar a passar
pela temporada sem crises, Dr. Hallim deixa algumas dicas:
1. Atenção com a
limpeza dos ambientes: troque a vassoura e o espanador por pano úmido e
aspirador, para não levantar poeira.
2. Use colírios
lubrificantes sem conservantes sempre que tiver vontade de coçar os olhos.
3. Se não tiver
colírios, pode fazer uma compressa com água fria, ou até mesmo lavar o rosto na
pia.
4. Se precisar
colocar a mão nos olhos, lembrar de lavá-las muito bem antes. Mãos sujas vão
levar mais alérgenos para os olhos e piorar a situação.
5. Use maquiagem de
boa procedência e mantenha tudo sempre limpo. Também não compartilhe lápis,
rímel e pincéis com ninguém!
6. Lembre-se de remover
a maquiagem antes de dormir.
7. Se nada disso
resolver, não espere piorar e procure logo o seu oftalmologista.
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim • Oftalmologia Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone • Catarata • Pterígio •
embro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia • Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata
e Cirurgia Refrativa • Membro da ISRS -
International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology.
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