Estudo
britânico identificou que a droga Sotorasib pode controlar a doença por um ano
em 15% dos pacientes
O tabagismo é fator de
risco para diversas doenças, entre elas, o câncer de pulmão, que tem como
principais tratamentos a cirurgia, a radioterapia nos casos iniciais e a
quimioterapia nos casos avançados. Recentes descobertas demonstraram que o
câncer de pulmão é um conjunto de várias neoplasias completamente distintas do
ponto de vista genético. Tais descobertas desencadearam em uma avalanche de
novos tratamentos mais direcionados, como o publicado na The New England
Journal of Medicine este ano, que demonstrou que o medicamento Sotorasib pode
ser efetivo para os pacientes tabagistas com a mutação KRAS p.G12C,
identificada em aproximadamente 15% dos pacientes com adenocarcinoma de pulmão.
O estudo multicêntrico
em questão foi realizado com 126 pacientes, sendo que a maioria (81%) havia
passado pela quimioterapia. A principal resposta foi observada em 46 pessoas,
ou seja, 37% dos participantes, que apresentaram capacidade de redução tumoral
por aproximadamente um ano. Segundo o Dr. Carlos Henrique Teixeira, oncologista
do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essa nova
forma de tratamento vai produzir um ganho até então inédito para esses
pacientes, a chegada da terapia alvo, isto é, comprimidos inteligentes para
tratar o câncer ao invés de quimioterapia. "É a primeira vez que uma droga
é identificada para esse grupo de pacientes. Nossas expectativas são muito boas
para a utilização desse medicamento", diz.
Hospital
Alemão Oswaldo Cruz
https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/
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