Segundo
mapeamento da entidade, segmento já agregou R$ 32 bilhões em investimentos e
gerou mais de189 mil empregos acumulados no País
Segundo
levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR),
o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 700 mil unidades consumidoras com
geração própria de energia a partir da fonte solar. A modalidade representa
mais de 6,3 gigawatts de potência instalada operacional, sendo responsável pela
atração de mais de R$ 32 bilhões em novos investimentos ao País, agregando mais
de 189 mil empregos acumulados no período, espalhados pelas cinco regiões
nacionais.
Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos
melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração
própria de energia solar. Dos mais de 87,5 milhões de consumidores de
eletricidade do País, apenas 0,8% já faz uso do sol para produzir energia
limpa, renovável e competitiva. Segundo análise da ABSOLAR, a tecnologia
fotovoltaica em telhados e pequenos terrenos deve ganhar um impulso importante
neste e nos próximos anos.
Importante acordo celebrado entre o Ministério de Minas e Energia, a Agência
Nacional de Energia Elétrica e representantes do setor solar, das distribuidoras
e da geração distribuída estabeleceu o texto de consenso do Projeto de Lei n°
5.829/2019, que cria o marco legal para a geração própria de energia a partir
de fontes renováveis no Brasil. A iniciativa contribuirá para aliviar os
problemas da crise hídrica ao setor elétrico, ajudando a reduzir as contas de
luz de todos os brasileiros. Segundo avaliação da ABSOLAR, o acordo viabilizará
o marco legal nas próximas semanas, incluindo sua votação e aprovação na Câmara
dos Deputados, no Senado Federal e sua sanção presidencial.
O texto de consenso garante segurança jurídica aos mais de 700 mil consumidores
pioneiros que já possuem sistema de geração própria instalado, para os quais as
regras atuais serão mantidas até o final de 2045. Também entrarão nessas mesmas
condições os novos pedidos feitos em até 12 meses da publicação da lei,
trazendo estabilidade ao mercado.
Em número de unidades consumidoras que utilizam a geração própria de energia
solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 75,5%
do total. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços
(14,8%), produtores rurais (7,2%), indústrias (2,1%), poder público (0,4%) e
outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).
A geração própria de energia solar já está presente em 5.083 municípios e em
todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá
(MT), Brasília (DF), Teresina (PI), Uberlândia (MG) e Rio de Janeiro (RJ),
respectivamente.
“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das
metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País, sobretudo neste
momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se
trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da
ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
“A energia solar tem ajudado a baratear a conta de luz de todos os brasileiros
com a redução do uso de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes e
responsáveis pela bandeira vermelha. Adicionalmente, ela ajuda a reduzir as
perdas elétricas e novos gastos com infraestrutura, que seriam cobrados nas
faturas de energia elétrica”, comenta o presidente do Conselho de Administração
da entidade, Ronaldo Koloszuk.
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