Em
meio à epidemia, 50 mil pacientes já deixaram de receber diagnóstico de câncer
no país
Segundo
dados divulgados pela imprensa, desde o início da pandemia da covid-19 no país,
pelo menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. Outros
milhares, já com o tumor detectado, estão com tratamentos suspensos. Muitos
deles, que já haviam sido iniciados, foram interrompidos, assim como cirurgias,
sem previsão de realização.
A
falta de exames preventivos e a consequente redução das chances de diagnosticar
um câncer precocemente, especialmente nos casos de tumores agressivos, representam
um grave risco de vida para a população, alerta o Arnaldo Urbano Ruiz,
cirurgião geral e oncológico.
"O
câncer é uma doença curável na grande maioria dos casos, mas para isso, deve
ser diagnosticado e tratado o mais rápido possível. Adiar o início do
tratamento reduz substancialmente as chances de cura e pode, não apenas
dificultar o tratamento, como também reduzir a qualidade de vida do
paciente".
Segundo
o Dr. Arnaldo, há, também, os casos de pacientes que, por conta própria,
interromperam consultas e tratamentos, por medo da covid-19. "Para estes,
é importante salientar que verifiquem com seus médicos se esta interrupção é
adequada. Se não, uma conversa sobre as medidas de segurança adotadas pelos
profissionais envolvidos no tratamento e pelos hospitais nos quais os
procedimentos serão realizados, a fim de prevenir a contaminação pelo
coronavírus, poderão tranquilizar o paciente".
Já
existem as áreas denominadas "Covid-free" dentro dos hospitais, com
normas de segurança especificamente voltadas à prevenção da contaminação pelo
coronavírus.
"Desta
forma, é possível manter o atendimento a pacientes graves, como é o caso dos
atendimentos oncológicos", explica o Dr. Arnaldo.
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