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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Miastenia gravis: estima-se 1,5 mil novos pacientes da doença todos os anos no Brasil



2 de junho é o Dia Mundial dessa doença de difícil diagnóstico


De acordo com dados mundiais de epidemiologia dos distúrbios neuromusculares, estima-se surgir em torno de 1,5 mil novos casos, por ano no Brasil, da Miastenia gravis, rara patologia autoimune que afeta a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos – a junção neuromuscular. Ela é responsável por causar fraqueza muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e dificuldade para falar, mastigar e engolir.

“Em casos mais extremos, os músculos da respiração podem ser atingidos, resultando em insuficiência respiratória”, informa o neurologista do Hospital das Clínicas e diretor Científico da Associação Brasileira de Miastenia (ABRAMI), Eduardo Estephan.


Difícil diagnóstico

Como os sintomas são variáveis e flutuáveis, o indivíduo nem sempre relaciona os sinais a um problema neuromuscular. Desta forma, o diagnóstico é um dos principais desafios dos pacientes.

Dia 2 de junho é o Dia Mundial da Miastenia gravis e a ABRAMI aproveita a data para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, bem como as opções de tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “A miastenia gravis atinge principalmente mulheres entre 20 e 30 anos. Acima de 60 anos, ambos os sexos dividem o diagnóstico, enquanto aproximadamente 10% dos casos podem aparecer na infância. A doença pode ser constatada por meio de exames de eletroneuromiografia e de sangue”, comenta Estephan. 


Tratamento

Para amenizar os sintomas da doença, é recomendado o tratamento com medicamentos chamados anti-acetilcolinesterásicos, que melhoram a comunicação entre o nervo e o músculo. “Embora a miastenia não seja degenerativa, a remissão vai depender da eficácia do tratamento. Como ela pode voltar a qualquer momento, cuidados e acompanhamentos podem ser necessários por toda a vida”, completa.



ABRAMI - Associação Brasileira de Miastenia




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