Oscar Almendros,
Diretor do Escritório de Turismo da Embaixada da Espanha no Brasil, participou
nesta quarta-feira, 27 de maio, de uma Live sobre a reabertura do país no
perfil de Instagram @kids2gether. Uma das incógnitas é a permissão para a
entrada de brasileiros.
De acordo com o executivo, o
governo espanhol anunciou a reabertura para 1º de julho e, para isso, iniciou
em 28 de abril um
plano para a nova
normalidade, que prevê a transição das províncias para diferentes níveis
conforme o cumprimento das medidas estabelecidas. O plano, porém, será
assimétrico, já que alguns locais, como algumas das Ilhas Canárias e Baleares,
por exemplo, o iniciaram mais cedo. Já as cidades que provavelmente reabrirão
por último são as mais afetadas pela pandemia, como Valencia, Madri e
Barcelona, que só devem passar por todas as fases no final de junho.
Na fase 1 foram abertas
praias e na 2 restaurantes e bares, mas tudo com regras de distanciamento.
Barcelona é um dos destinos que tem feito um bom trabalho. A avenida Passeig de
Gràcia, por exemplo, foi fechada para carros para as pessoas poderem caminhar
com segurança.
“O governo acha muito
importante a reabertura do turismo porque é um motor econômico significativo, e
eu acredito que tudo ficará pronto até 1º de julho, sim. O governo quer isso e
está totalmente focado no combate a um novo surto, em colaboração com a União
Europeia”, explica Almendros.
Até por isso os primeiros
turistas a chegar provavelmente serão os do Espaço Schengen, a não ser que o
cenário mundial seja ótimo e permita que não haja restrições a nenhuma
nacionalidade. Porém vale lembrar que para a abertura das fronteiras foram
feitas recomendações severas, inclusive critérios epidemiológicos. Tudo será
coordenado em conformidade com o nível de óbitos, a contenção ao risco e ao
isolamento que cada país registrar.
“Os países da Europa
começaram e estão encerrando a pandemia paralelamente. Já o Brasil é uma
incerteza. Não chegou ainda ao pico. O porta-voz do Ministério da Saúde da
Espanha vai comprovar o a contenção em cada país e o controle da doença.
Depende de o Brasil ficar pronto para poderem retomar os voos, pois é
necessário barrar a importação do contágio. Tem que haver reciprocidade nos
esforços”, conclui ele. Ou seja, impossível saber se os brasileiros poderão
viajar já em julho. Almendros espera que sim.
Por enquanto a
obrigatoriedade de quarentena de 14 dias após a chegada está em discussão, pois
o setor turístico depende dos visitantes, e a princípio a quarentena acaba em 7
de junho, juntamente com a derrubada do estado de alarme, mas análises de risco
bilaterais continuarão sendo feitas.
Para Almendros, o melhor é
que haja um controle na origem. “Madri falou com a OMT (Organização Mundial do
Turismo) para implantar um passaporte de saúde em colaboração com companhias
aéreas, com testes e medição de temperatura, para autorizar ou não a viagem.
Seria a melhor alternativa”, diz ele.
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