OMS escolheu o dia
31 de maio para conscientizar sobre as doenças decorrentes do tabaco
Dados informados pelo Inca (Instituto Nacional de
Câncer) indicam que 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa da dependência
de nicotina. No mundo, são mais de oito milhões de mortes por ano, de acordo
com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Para reforçar essa questão,
o Dia Mundial Sem Tabaco, que acontece em 31 de maio, foi instituído
visando relembrar os males severos relacionados ao tabagismo.
É importante destacar que o cigarro faz mal, pois contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas. Além das mais conhecidas, como nicotina e monóxido de carbono, a fumaça do cigarro possui substâncias radioativas como polônio 210 e cádmio (presente nas baterias dos carros). Os problemas não se restringem somente ao câncer, podendo causar também diversas outras doenças que afetam a boca, a garganta, e ainda levar a alterações na voz.
É importante destacar que o cigarro faz mal, pois contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas. Além das mais conhecidas, como nicotina e monóxido de carbono, a fumaça do cigarro possui substâncias radioativas como polônio 210 e cádmio (presente nas baterias dos carros). Os problemas não se restringem somente ao câncer, podendo causar também diversas outras doenças que afetam a boca, a garganta, e ainda levar a alterações na voz.
O Dr. Alexandre Enoki, otorrinolaringologista do Hospital
Paulista, explica essas doenças que podem estar ligadas ao tabagismo.
Disfonia
A disfonia é caracteriza por alterações na
qualidade vocal, com características como aspereza, fraqueza, soprosidade e
instabilidade. “Esse problema normalmente é resultado de abusos vocais ou maus
hábitos, como consumo excessivo de álcool e cigarro, além de falar e cantar
demasiadamente sem realizar um preparo adequado”, explica o médico.
Halitose
O famoso mau hálito, que pode ser ocasionado por
higiene bucal inadequada, problemas dentários, causas sistêmicas, como
refluxo, doenças pulmonares e do fígado, ou outras alterações sistêmicas do
organismo. “É importante reforçar que o consumo excessivo de álcool e,
principalmente o tabagismo, agrava o problema”, ressalta o especialista do
Hospital Paulista.
Câncer na laringe
Todo câncer é grave e merece atenção redobrada. O
câncer na laringe atinge as cordas vocais ou ainda qualquer outra estrutura da
laringe, tendo a rouquidão como sintoma característico. “Para que o risco de
desenvolver a doença seja igual ao de uma pessoa não fumante, estima-se que
pode levar em torno de oito anos, a partir do último cigarro. O diagnóstico em
um estágio inicial eleva as chances de sucesso no tratamento, podendo chegar a
mais de 95% de cura completa”, destaca o Dr. Enoki.
Outro ponto de extrema importância para o tratamento é o abandono do tabagismo. O hábito de fumar está presente em mais de 90% dos casos de câncer na laringe.
Outro ponto de extrema importância para o tratamento é o abandono do tabagismo. O hábito de fumar está presente em mais de 90% dos casos de câncer na laringe.
Câncer de boca e faringe
O câncer na boca pode acometer os lábios e o
interior da cavidade oral, incluindo a língua, gengiva e bochechas. A doença
pode também se instalar na faringe, estrutura comum ao aparelho digestivo e
respiratório, localizada à frente da coluna cervical. “O indivíduo que bebe e
fuma tem os riscos consideravelmente elevados de desenvolver o problema nessas
regiões do corpo”, diz o médico.
Conforme o tempo passa, os
tabagistas têm a necessidade de fumar cada vez mais, aumentando os riscos de
problemas. Para as pessoas que se conscientizaram e decidiram que é hora de
parar, o melhor a fazer é procurar ajuda médica. Muitos planos de saúde contam
com programas específicos para os fumantes, e o sistema público também oferece
orientação e tratamento.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
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