De 77,7 milhões de pessoas que fazem parte dos
públicos-prioritários, apenas 63,53% receberam a vacina.
O Ministério da Saúde espera, com a prorrogação,
alcançar mais 28,3 milhões de pessoas
O Ministério da
Saúde anunciou nesta sexta-feira (29) a prorrogação da Campanha Nacional de
Vacinação contra a Gripe para até 30 de junho, em todo o país. A terceira e
última fase teve início no dia 11 de maio, com prioridade aos grupos formados
por pessoas com deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes,
puérperas, professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade. A meta é vacinar 90%
dos grupos prioritários, porém, até o momento, foram vacinadas apenas 25,7% de
36,1 milhões de pessoas estimadas nesta terceira fase. Desde o início da ação
nacional, em 23 de março, 50 milhões de pessoas foram vacinadas, faltando ainda
28,3 milhões que ainda não receberam a vacina.
“Estamos com uma
campanha em andamento e é fundamental que as pessoas que fazem parte dos grupos
de risco, que ainda não se vacinaram, procurem os postos de saúde. Por conta do
baixo alcance da meta nesses grupos prioritários, nós, em acordo com os estados
e municípios, estamos prorrogando a campanha, de 5 para 30 de junho. É mais uma
oportunidade para que os públicos de todas as fases, que ainda não se
vacinaram, possam procurar de forma organizada as unidades de saúde”, explica o
secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde, Eduardo Macário. A vacina é importante para reduzir complicações e
óbitos por influenza.
A terceira e última
fase foi dividida em duas etapas: a primeira ocorreu no período de 11 a 17 de
maio, com foco nas pessoas com deficiência; crianças de seis meses a menores de
seis anos; gestantes; e mães no pós-parto (até 45 dias). Nesta segunda etapa,
que agora segue até o dia 30 de junho, estão os professores das escolas
públicas e privadas, que devem apresentar o crachá funcional para comprovar o
vínculo com alguma instituição; e os adultos de 55 a 59 anos de idade.
Até o momento, 74,9
milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a
imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde
investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição das doses da vacina para as três fases.
A vacina contra
influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá
auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a COVID-19,
já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por
serviços de saúde.
BALANÇO DAS PRIMEIRAS FASES
Na primeira fase da
Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2020, mais de 100% do grupo
prioritário, idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores de saúde foram
vacinados contra influenza, ou seja, acima da meta de 90%. Durante a segunda
fase, no entanto, a cobertura foi de 66,61%.
CASOS DE INFLUENZA NO BRASIL
O Ministério da
Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância
sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
em pacientes hospitalizados. São 200 unidades distribuídas em todas as regiões
geográficas do País e tem como objetivo principal identificar os vírus
respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento
dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até o dia
5 de maio, foram registrados 2.137 casos de SRAG hospitalizados por influenza
(gripe) em todo o país, com 180 mortes. Do total de casos que já tiveram a
subtipagem identificada, 517 foram casos de influenza A (H1N1), com 75 óbitos;
53 casos e 10 óbitos por influenza A (H3N2), 326 de influenza A não subtipado,
com 47 mortes; e 440 casos e 48 óbitos por influenza B.
Vanessa Aquino
Agência Saúde
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