Independentemente disso, é cada vez maior a necessidade de aprender a aprender para lidar com o fluxo constante e acelerado de mudanças.
Necessidade de driblar as dificuldades com os recursos tecnológicos, encarar o temor do vídeo, câmeras, microfones, usar plataformas web, estabelecer contato com o cliente, com o fornecedor e estar presente no ambiente virtual, pronto para findar relações comerciais e de confiança num novo formato. O novo fascina alguns, mas aterroriza muitos. Precisamos aprender a lidar com o que nos desafia, com aquilo que é novidade.
Nesses novos tempos tem sido desafiador reestruturar a ordem do trabalho, dos estudos, das relações familiares, dos sentimentos e tantas outras práticas que somadas à insegurança e à fragilidade humana, nos oferecem um excelente momento para refletir como temos conduzido a nossa trajetória até o momento.
Neste contexto de questionamentos, de que maneira nossos negócios funcionam e que valores estão presentes todos os dias? O que entregamos para o nosso público e qual a relevância do nosso produto ou serviço na vida das pessoas? Ainda mais que antes, estas respostas precisam agora estar tão claras quanto possível para as empresas e para seus públicos.
O desafio de pensar e agir no ambiente corporativo e empresarial são reais. Enquanto muitos anônimos surgem nas redes sociais, ofertando serviços e recursos de recuperação do setor, profissionais e pesquisadores buscam compreender a realidade e traçar caminhos possíveis e viáveis com o término da crise.
A busca por respostas obrigatoriamente nos remete a uma visita ao passado. Se torna fundamental olhar para o consumo e estruturação das atividades organizacionais até dias atrás. Para pensar o futuro empresarial um grande balanço da trajetória precisa ser feito, não é mesmo? Não há receita ou passos mágicos a serem seguidos para que tudo volte ao normal, pois a normalidade ainda é desconhecida. Uma vez que nada voltará a ser como antes e isto é consenso. Não podemos esperar que as fronteiras sejam novamente abertas sem nenhum pudor, que as pessoas voltem a consumir os mesmos produtos e a dividir o mesmo espaço de trabalho, pois parte dele certamente será virtual. Vale lembrar o que disse o filósofo Soren Kierkegaard: a vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
Sobre estas variáveis que deixaram de ser sugestivas e são mais reais do que nunca, se faz necessário repensar sobre uma nova forma de estruturar produtos e serviços, tendo o digital e o presencial como faces da mesma moeda. O seu negócio está pronto para atuar virtualmente, o seu serviço atende a esta nova necessidade? As descobertas e respostas serão construídas mutuamente quando a retomada se der, de forma gradual e sensível ao novo normal.
Claudio Hernandes - coordenador dos cursos de Processos Gerenciais e Negócios Digitais do Centro Universitário Internacional Uninter.
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