© MONTE-CARLO Société des Bains de Mer
Nos dias atuais, o Principado de Mônaco é
referência em turismo e serviços de luxo. Mas nem sempre foi assim. Diversos
acontecimentos históricos contribuíram para mudar os rumos do país e o
transformar em uma potência em muitos setores. Confira abaixo alguns dos
principais momentos da história monegasca e entenda quais decisões fizeram o
país crescer.
A partir de 1162, a soberania do município de
Gênova, que fazia parte do Império Romano-Germânico, se espalhou até Mônaco. Em
1215, os genoveses construíram uma fortaleza no local onde o atual Palácio do
Príncipe está localizado, na região do rochedo.
No mesmo século, aconteceram conflitos entre os
guelfos, partidários do Papa, e os gibelinos, partidários do Império
Romano-Germânico. Em 1270, os gibelinos se tornaram governantes dos genoveses e
os guelfos foram exilados. Os Grimaldi, que foram várias vezes cônsules dos
genoveses, eram guelfos. Este acontecimento resultou na chegada de François
Grimaldi a Mônaco, em janeiro de 1297. Disfarçado de monge, ele enganou e matou
os guardas da fortaleza e a ocupou, dando início à Casa de Grimaldi, que
governa Mônaco até os dias de hoje. Este episódio está marcado no brasão do
príncipe, onde estão ilustrados dois monges armados.
Os séculos se seguiram com diversos conflitos e a
história do país se confundiu com a de seus vizinhos europeus. No começo do
século XVII, para consolidar sua autoridade, o então lorde de Mônaco se
intitulou Príncipe, transformando-se de Honoré Grimaldi a Honoré II e
estabelecendo uma monarquia absoluta no país. Em 1641, o Tratado de Péronne,
assinado pelo rei francês Louis XIII, reconheceu a independência do principado
e posicionou Mônaco sob a proteção da França, com uma tropa francesa sob as
ordens do príncipe.
Na segunda metade do século XIX, Mônaco era
governado pelo príncipe Charles III, que o transformou em um país moderno e
reconhecido internacionalmente, colocando em prática uma série de medidas, como
a reforma dos sistemas jurídicos e administrativos, desenvolvimento de relações
diplomáticas, exposições internacionais, criação de uma nova nobreza, entre
outros.
Em 1861, o príncipe assinou um tratado com a França
para resolver de uma vez por todas uma situação pendente com os municípios de
Menton e Roquebrune. O principado precisou vender a maior parte de seu
território para a França e teve sua autonomia reconhecida. Charles III pensou
em compensar o déficit econômico da perda do território desenvolvendo o turismo
de jogos de azar, concedendo o monopólio do negócio para a Société des Bains de
Mer (SBM) e o Cercle des Etrangers, presididos por François Blanc. Desta forma,
a SBM deveria se encarregar de serviços públicos, como abastecimento de água e
gás, construção de estradas, transporte terrestre e marítimo, etc. Tal
desenvolvimento da sociedade monegasca atraiu membros da alta sociedade
europeia.
O Cassino de Monte-Carlo abriu suas portas em 1863.
Visitantes de todas as partes da Europa desembarcavam na estação de trem de
Mônaco, jogavam e retornavam para seus países de origem ao final do dia. Por
tal motivo, diferente de outros cassinos no mundo, o Cassino de Monte-Carlo
possui relógios, para que os apostadores não perdessem o horário do trem. A
ferrovia era de grande importância já que passava por lugares estratégicos para
negócios na época.
Nos anos seguintes, foram inaugurados outros
importantes edifícios de Mônaco, que completavam a Praça do Cassino: o famoso
Hôtel de Paris, construído por François Blanc e sua esposa Marie e desenhado
por talentosos designers da França e do mundo, e o Café Divan, antecessor
do atual Café de Paris, cujo prédio abrigava um café, um restaurante, uma
joalheria e uma tabacaria. Em 1866, o príncipe Charles III nomeou a nova área
ao redor do cassino e do hotel com seu próprio nome: Monte-Carlo.
Monte-Carlo se tornou um grande sucesso e recebeu
170 mil turistas em 1869, cuja clientela pertencia à elite europeia. O inverno,
por exemplo, era uma estação muito procurada, já que Mônaco possui um clima
ameno nesta época do ano, diferente de outros países no continente.
Na década seguinte, Marie Blanc deu sequência ao
trabalho do marido, que havia falecido, e construiu a adega do Hôtel de Paris,
dedicada a vinhos finos. Também foram construídas a Opera House e extensões do
próprio cassino. Marie começou a produzir shows de alta qualidade e convidou
artistas famosos para se apresentarem em Mônaco. No início, os concertos eram
dedicados às mulheres, que eram entretidas com música ao vivo enquanto os
maridos faziam suas apostas no Cassino de Monte-Carlo. Em 1881, na época de sua
morte, o Hôtel de Paris e o Cassino de Monte-Carlo eram reconhecidos como um
dos resorts de luxo mais atrativos e vibrantes do mundo. Até hoje a agenda
cultural é um ponto forte do principado, com apresentações e eventos diversos
durante o ano todo.
Mônaco foi se desenvolvendo cada vez mais ao longo
das décadas, construindo novos estabelecimentos e extensões, como hotéis,
restaurantes, clube de golfe, companhia de balé, clube de tênis, eventos
famosos, grandes bailes, spas, etc. Desta forma, o destino se tornou um dos
mais cobiçados do mundo, referência em turismo de luxo e serviços de excelência
em gastronomia, bem-estar e entretenimento. Atualmente, o país também se
preocupa em desenvolver e investir cada vez mais em projetos e serviços
sustentáveis, mostrando que o luxo precisa estar associado a atitudes
responsáveis.
Nos dias atuais, em que o mundo inteiro passa por
uma crise, Mônaco criou a campanha mundial MISS YOU para mostrar o quanto o
país sente falta de seus visitantes, que fizeram parte de sua história e também
foram responsáveis por seu sucesso. O vídeo pode ser conferido neste link.
Para saber mais sobre o destino, acesse www.visitmonaco.com.
Sobre Mônaco
Mônaco é um destino divertido e moderno cheio de atrações
culturais, opções esportivas e vida noturna agitada. Para apreciadores de
viagens culturais, há museus sobre os mais diferentes e interessantes assuntos.
Na lista dos principais monumentos do país figuram a Catedral de Mônaco, o
Palácio Principesco e o famoso Cassino e Ópera de Monte-Carlo, que recebe
concertos e apresentações prestigiadas. A gastronomia também é excelente em
todo o país, com mais de uma centena de restaurantes de todos os tipos (como
culinárias francesa e italiana, asiática, orgânica e muito mais), sendo seis
deles premiados com estrelas Michelin. Mônaco também está investindo cada vez
mais em iniciativas sustentáveis. Tanto instituições governamentais como
empresas privadas estão mudando suas próprias atitudes para torná-las mais responsáveis,
criando campanhas de conscientização e promovendo e patrocinando projetos que
tenham como foco a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento de sociedades
marginalizadas.
Global
Vision Access
GVA: www.bureaumundo.com
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