Com isso, outros
problemas de saúde são negligenciados, exames não são feitos, e falta prevenção
para doenças infecciosas.
Com o aumento de casos de coronavírus no Brasil, e
as mortes causadas pela pandemia, está claro que o medo da população vem
crescendo igualmente. Os governos dos estados vêm adotando medidas de
prevenção, como o isolamento social, e o fechamento de locais
públicos. Com isso, as famílias brasileiras tiveram que adaptar sua rotina
de forma repentina, e realmente evitar o contato social.
A Famivita,
em seu mais recente estudo, constatou que 81% das famílias têm medo de serem
infectadas com o vírus em instituições de saúde. Ou seja, evitam ir ao hospital
ou postos de saúde ao máximo. Esse medo independe da idade, e é 9% maior entre
as mães; Afinal, elas não podem ficar doentes, pois precisam cuidar de seus
filhos. Sendo assim, outros problemas de saúde são negligenciados, exames não
são feitos, e falta prevenção para o câncer ou doenças infecciosas, por
exemplo.
No Acre e em Roraima, pelo menos 90% das mulheres
têm medo de ir à um hospital ou posto de saúde no momento, por causa do vírus.
Na Bahia, 85% das mães também estão com medo. Já em Santa Catarina, o medo é um
pouco menor, com 72% das participantes. Além do medo de ir a hospitais, 58% da
população considera um risco à saúde o comportamento inadequado que algumas
pessoas adotam e que podem aumentar o número de casos.
Ademais, somente 1 em cada 6 brasileiras têm
condições financeiras de fazer um teste rápido de farmácia, para saber se tem o
vírus. Dessa forma, 84% das mulheres dependem do SUS, e convivem com o medo
diário de não saberem se estão infectadas ou se alguém da família está.
Roraima é o estado com o menor número de mulheres
que têm condições de fazer o teste, somente 6% das participantes. Em Minas
Gerais e no Amazonas 15% da população tem condições financeiras para o teste.
Já em São Paulo, estado mais afetado pelo vírus, apenas 17% da população
consegue pagar pelo teste. E no Rio de Janeiro, segundo estado mais afetado, o
percentual é de 16% das participantes.
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