O terapeuta
transpessoal com especialização em constelação familiar, Robson Hamuche, sugere
alguns exercícios para superar os dois tipos mais comuns de medo: de errar e de
receber críticas
O medo é um mecanismo biológico de proteção
de suma importância para a sobrevivência humana. Garantiu a nossos ancestrais
escapar de predadores e permite na atualidade tomar atitudes de precaução
diante de situações vistas como perigosas do ponto de vista físico e
psicológico. Contudo, esse estado afetivo também apresenta um lado ruim para o
ser humano, pois pode funcionar como obstáculo para que se consiga atingir
metas de vida. Em outras palavras, o medo faz com que as pessoas percam
oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, impedindo que elas se
sintam plenamente realizadas.
Os tipos mais comuns de medo, que tanto
dificultam a realização de nossos anseios e desejos sãos dois: o medo de errar
e o medo de receber críticas e julgamentos. O terapeuta transpessoal com
especialização em constelação familiar, escritor e empresário, Robson Hamuche,
tem algumas recomendações para que as pessoas vençam essas duas espécies de
medo. Essas orientações podem ser encontradas no livro de sua autoria "Um
compromisso por dia - Pequenas ações diárias que podem mudar a sua vida",
recém-publicado pela Editora Gente e nas diversas redes sociais do Resiliência
Humana.
Mas antes de abordar as soluções propostas
por Hamuche, vale a pena discorrer mais profundamente sobre os tipos de medo
anteriormente citados. O medo de falhar está intimamente ligado ao aprendizado
infantil. Quando crianças, somos ensinados que falhar é ruim e costumeiramente
sofremos castigos e punições para que os erros não ocorram novamente. Com isso
estabelece-se uma associação neurológica entre falha e dor, que faz com que
pensemos duas vezes antes de tentar algo novo, por receio de cometer um erro.
Já o medo de críticas e julgamentos está
relacionado com a necessidade psicológica de todo o ser humano de ter aceitação
e aprovação social. Independentemente da legitimidade da crítica, quem a recebe
acaba por se sentir rejeitado. Com o intuito de não experimentar a sensação de
exclusão, advinda da opinião negativa alheia, algumas pessoas optam por não
ousar realizar seus verdadeiros anseios.
Para superar o medo do erro, é necessário
modificar a maneira como as pessoas o assimilam. Dessa forma, o erro deve ser
visto não como algo negativo, mas sim como um aprendizado inerente ao
desenvolvimento humano. Ou seja, diante da possibilidade da falha, a pessoa
deve mirar o que tem a ganhar e não o que tem a perder com a situação.
A fim de que a pessoa se conscientize dessa
modificação de ponto de vista referente ao erro, Hamuche oferece algumas frases
de ordem em seu livro e nas redes sociais do Resiliência Humana, tais como:
"Aprenda a ver experiências negativas como aula gratuita de crescimento
pessoal", "Nunca tenha vergonha de uma cicatriz. Significa simplesmente
que você era mais forte do que aquilo que tentou machucá-lo", e "Um
erro que te deixa humilde é melhor que uma conquista que te deixa
arrogante".
Ainda nesse sentido, Hamuche aconselha:
"Se encontrar dificuldades hoje, mude a forma de encará-las. Em vez de
sofrer com o desafio, agradeça e pense que ele veio para ajudar você a ser
alguém melhor". A importância de relevar os erros e continuar tentando
também é enfatizada pelo terapeuta transpessoal. "Pense em algo pelo qual
você se pune frequentemente por não conseguir fazer da maneira que gostaria.
Exercite o autoperdão.", diz.
Já para vencer o medo de ser criticado é
necessário conscientizar-se de que, diante da diversidade de opiniões, é
impossível agradar a todos. Assim, é preciso que a pessoa reflita a respeito de
seus objetivos, certifique-se deles e aja para realizá-los. Pautar-se pela
opinião dos outros, vivendo de acordo com seus ideais, talvez seja uma aposta
mais segura, mas certamente não é que lhe fará mais feliz a longo prazo.
Dessa forma, o terapeuta transpessoal
recomenda em seu livro: " Diante da indecisão, existe uma tendência de
sermos consumidos pelos diversos questionamentos sobre o que os outros vão
pensar. Coloque-se em primeiro lugar.". Visando minimizar o poder da
crítica, Hamuche ainda sugere que a pessoa não permita ecoar nela própria a
agressividade dos outros e blinde seu eu com a certeza de que aquela
negatividade não lhe pertence. Mas antes de tudo, a pessoa deve estar segura de
si. "O primeiro passo é acreditar em você", diz uma das postagens replicadas
por Hamuche na conta de Instagram do Resiliência Humana.
Redes Sociais: no Instagram (@resiliencia_humana); no
Facebook (@resilienciahumana); no Twitter (@resiliencia_h); e no Youtube (canal
Resiliência Humana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário