Nesta primeira fase, idosos e trabalhadores de saúde têm prioridade de
vacinação. O Ministério da Saúde alerta que é importante seguir o cronograma da
campanha para que não falte vacina
Até o início desta segunda-feira (30), 8,7 milhões de idosos já tinham
sido vacinados contra a gripe em todo o País. Esse número representa 42,12% do
total da população idosa a ser alcançada. Em relação aos trabalhadores de
saúde, foram vacinados 1,7 milhão (34,81%) da meta. O Ministério da Saúde já
enviou 23 milhões de doses para os Estados.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve início no dia 23 de
março e segue até 22 de maio. Neste período, serão realizadas mais duas fases
em datas e para públicos diferentes. A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada
um desses grupos, até o dia 22 de maio. O dia “D” de mobilização nacional para
a vacinação acontece no dia 9 de maio (sábado).
O estado do Amapá e o Distrito Federal foram os primeiros a atingir a
meta de cobertura vacinal para o grupo de idosos, ultrapassando 90%. Os dados
são repassados pelos municípios e secretarias estaduais e, até o momento, 9,22%
dos municípios (514) ainda não registraram a quantidade de doses aplicadas no
Sistema de Informação.
Mesmo que esta fase da campanha seja destinada aos idosos e
trabalhadores de saúde, outros grupos ainda têm procurado os postos para
receberem vacina. Do total das doses registradas, 2,39% (259.143 doses) foram
aplicadas nos demais grupos prioritários que ainda serão convocados na Fase 2 e
3 da Campanha. O maior número é o do grupo das crianças com 120,5 mil doses
aplicadas (46,50%). Destaca-se mais uma vez que estados e municípios sigam a
estratégia definida pelo Ministério da Saúde, a fim de que a população
priorizada em cada fase garanta a sua vacinação.
VACINAÇÃO ANTECIPADA
Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da campanha, de abril
para março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra
os vírus mais comuns da gripe. Devido a circulação do coronavírus no país, cada
estado e município tem buscado estratégias para diminuir concentração de
pessoas. Esta vacina não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste
momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico da
gripe, já que os sintomas são parecidos, para chegar mais rapidamente a conclusão
do diagnóstico de coronavírus. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços
de saúde.
Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por
coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que
corresponde a aproximadamente 20 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a
primeira fase da campanha contempla esse público.
A fase seguinte da campanha terá início no dia 16 de abril com objetivo
de vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e
profissionais das forças de segurança e salvamento. A última fase, que começa
no dia 9 de maio, priorizará crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas
com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (mães até 45 dias após o parto), pessoas
com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional,
adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população
privada de liberdade.
DOSES ENVIADAS
Todos os estados estão abastecidos para iniciar a Campanha Nacional de
Vacinação contra a Gripe. Para isso, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão
na aquisição total de 75 milhões de doses da vacina para as três fases. Mais de
23 milhões de doses já foram enviadas às Unidades Federadas para atender o
público prioritário da primeira fase. A vacina, composta por vírus inativado,
protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul no ano
passado: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).
Toda semana, o Ministério da Saúde envia novas remessas de lotes da
vacina aos estados, conforme entrega do laboratório parceiro, o Instituto
Butantan, que antecipou em um mês sua produção, para que o país iniciasse a
vacinação da população contra a gripe. Os estados são responsáveis por
fazer a distribuição aos municípios.
Neste ano, a campanha de comunicação divulgada pelo Ministério da Saúde
traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada para as outras duas
fases da campanha, as peças destacam as datas de início da vacinação para cada
grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar o calendário para
que todos sejam vacinados. A mensagem será transmitida por filme para redes e
TV, spot de rádio, anúncio, cartazes, peças online, entre outras mídias,
no período entre 21 de março a 22 de maio.
ADIAMENTO DA VACINAÇÃO DE ROTINA PARA CRIANÇAS
Durante a primeira fase da campanha de vacinação contra a gripe, o
Ministério da Saúde recomendou aos Estados e Municípios que seja adiada a vacinação
de rotina, principalmente das crianças. Assim, até o dia 15 de abril, a
população deve aguardar a conclusão desta fase para que possa voltar aos postos
de saúde para se vacinar. A medida preventiva objetiva reduzir o contato dos
idosos e crianças, já que estas são importantes transmissores e disseminadores
das doenças respiratórias.
Assim, a recomendação é que pais e responsáveis por crianças aguardem o
término desta fase e, a partir do dia 16 de abril, voltem às unidades de saúde
para realizar a vacinação de rotina. Esta medida, se estende também para
população adulta, contemplada no calendário nacional de vacinação. Contudo,
para Estados com circulação ativa do vírus de sarampo e febre amarela, é
recomendada a continuidade da vacinação para as duas doenças, e que estas
estratégias ocorram de forma planejada afim de evitar concentração de pessoas.
CASOS DE INFLUENZA NO BRASIL
O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por
meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 167 unidades distribuídas
em todas as regiões geográficas do País e tem como objetivo principal
identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da
demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até a Semana Epidemiológica 12 (21 de março), foram registrados
204 casos e 19 óbitos por Influenza A (H1N1)pdm09, 181 casos e 17 óbitos por
Influenza B e 21 casos e 3 óbitos por Influenza A (H3N2). O estado de São Paulo
concentra o maior número de casos de Influenza A (H1N1) pdm09, com 50 casos e 4
óbitos. Em seguida, estão a Bahia (49 casos e 3 óbitos) e o Paraná (21 casos e
5 óbitos). No ano passado, o país registrou 5.800 casos e 1.122 óbitos pelos
três tipos de influenza.
Vanessa Aquino
Agência Saúde
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