Levantamento ouviu
clínicos gerais de quatro países da América Latina: Brasil, Colômbia, Argentina
e México
Com o objetivo de estabelecer parâmetros
comparativos sobre a pandemia de coronavírus na América Latina, a Ipsos
HealthCare, em parceria com a Fine, conduziu a pesquisa “Proyecto: Emergencia
Covid-19”, com cerca de mil membros da comunidade médica do Brasil, do México,
da Argentina e da Colômbia. Os resultados são alarmantes: para 78% dos
profissionais brasileiros entrevistados, o país tem pouca ou nenhuma
infraestrutura hospitalar para lidar com o surto da doença.
Os colombianos têm uma percepção ainda mais negativa
da condição dos espaços de atendimento médico em sua nação: 90% crê que a
estrutura é nada ou pouco preparada para enfrentar a pandemia. No México, são
81%, e na Argentina, 70%.
Entre todos os profissionais da saúde ouvidos pelo
estudo, os do Brasil são os que mais defendem que a população de seu país está
preparada – em termos de conscientização – para lidar com a doença. Pouco mais
do que a metade dos ouvidos localmente, 56%, acham que o povo está pouco ou
nada preparado. Na opinião dos médicos entrevistados na Argentina, no México e
na Colômbia, o índice sobe para 73%, 81% e 87%, respectivamente.
Derrocada mexicana
O único representante de fora da América do Sul
surpreendeu com o ponto de vista negativo de seus profissionais diante de
alguns questionamentos da pesquisa. Apenas 44% dos ouvidos no México acreditam
que as medidas tomadas para enfrentar o coronavírus em seu país são efetivas ou
muito efetivas. Na Colômbia, são 75%. No Brasil, são 83%. Já a Argentina possui
o percentual mais otimista, com 92%.
Além disso, somente 58% dos médicos mexicanos dizem
ter recebido treinamento por parte das autoridades sanitárias para lidar com o
Covid-19. O índice aumenta significativamente nos outros países: 80% no Brasil,
87% na Colômbia e 89% na Argentina.
A pesquisa on-line foi realizada com 960 médicos de
diversas especialidades, sendo 280 da Argentina, 251 do Brasil, 267 da Colômbia
e 162 do México. Os dados foram colhidos entre os dias 22 a 24 de março de
2020.
Ipsos
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