Falta
de sinalização aérea pode causar acidente de grandes proporções
Um questionamento vem tomando conta cada vez
mais dos que viajam pelo espaço aéreo brasileiro: será que a maioria dos
cidadãos sequer tem noção do perigo que corre ao viajar pelo céu do Brasil? “O
risco de uma aeronave chocar-se com uma torre de qualquer natureza – seja de
transmissão de energia, eólica, de telefonia, rádio, TV, entre outras – é muito
grande. A sorte é que, até o momento, um desastre de grandes proporções não
ocorreu. Porém, ele pode acontecer a qualquer instante enquanto a situação
continuar do jeito que está. Por isso, a divulgação dessa pauta é de extrema
relevância. Diria vital, até”, é o que alerta o professor mestre em Engenharia
Elétrica e engenheiro responsável pela indústria FRATA, Michel Rodini.
Segundo ele, existe uma portaria do COMAER –
Comando da Aeronáutica, 957-GC3, que impõe uma série de regras para que torres
sejam sinalizadas e visíveis em um ângulo de 360º, facilitando a visualização
dos pilotos. Para cada tipo de obstáculo aéreo (torres) existe uma regra de
sinalização de acordo com a altura, sendo sinalização fixa e/ou piscante. Essa
sinalização é produzida por indústrias especializadas para este fim.
“A questão grave que ocorre é que, para
aprovação do projeto, muitas empresas colocam realmente a sinalização especial
determinada na norma. Porém, em alguns casos ocorre que quando esses
sinalizadores aeronáuticos queimam, o local fica sem visibilidade – e os
responsáveis o mantém dessa forma - ou os substituem por sinalizadores não
apropriados e sem certificação adequada (vedação, luminosidade etc.). E é aí
que mora o perigo já que acidentes de grandes proporções podem ocorrer”,
explica Rodini.
De acordo com o engenheiro, urge a
necessidade de uma fiscalização adequada por parte dos órgãos fiscalizadores
e/ou responsáveis envolvidos bem como a manutenção preventiva.
“Por isso, chamamos atenção dos responsáveis
pela sinalização para que se conscientizem e percebam o grande risco a que
submetem a população e a si próprios. Se um acidente ocorrer por conta desse
fator, além da tragédia em si, as despesas e multas aos responsáveis serão
imensas, chegando até a, possivelmente, inviabilizar o seu projeto. Que tenham
ciência de que agir em consonância com as normas vigentes, com a lei, é muito
mais vantajoso”, finaliza o engenheiro Michel Rodini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário