Desempenho negativo foi
impulsionado por produtos de Commodities, Higiene & Beleza e Limpeza
Maior queda ocorreu na
cesta de Commodities, com retração de 16,9%
Destaque para as vendas
de Bebidas, com alta de quase 10%
As vendas nos maiores varejistas de Autosserviços do país, entre
os dias 9 e 15 de março, registraram queda de 3% na comparação com a primeira
semana do mês por conta do desempenho da cesta de produtos de Commodities,
Higiene & Beleza e Limpeza.
Na primeira semana deste mês, antes do avanço da COVID-19 pelo
país, o volume de compras de Autosserviço teve alta de 11,5%, em relação à
última semana do mês de fevereiro. Esse desempenho, segundo a gerente de
atendimento ao Varejo da Nielsen Brasil, Fernanda Vilhena, foi impulsionado,
sobretudo, por suprimentos de abastecimento de emergência e de saúde. No
entanto, ela avalia que, à exceção dos itens relacionados à proteção da saúde e
higiene (álcool gel e itens de limpeza), a compra de insumos básicos de alimentação
costuma ser alta nos primeiros dias.
"Os primeiros dias de cada mês tradicionalmente refletem a
maior alta de consumo pelas famílias brasileiras, seguidos por uma
desaceleração natural nas semanas seguintes. Porém, vale ressaltar que em
março algumas pessoas fizeram compras maiores, o que pode ser um reflexo
do cenário do novo Coronavírus. A partir dos dados do começo da segunda
quinzena, teremos um retrato mais claro em relação ao consumo dos lares já sob
os tempos de distanciamento social", explicou a gerente de Atendimento ao
Varejo da Nielsen Brasil, Fernanda Vilhena.
De acordo com o levantamento, que compila o faturamento de cerca
150 cadeias de Autosserviço do país, a venda de produtos de Commodities na
segunda semana de março caiu 16,9% na comparação com a semana anterior. Os
maiores recuos foram registrados nas vendas de leite (-28,4%), açúcar (-15,8%),
arroz (-13,4%) e café em pó (-10,8%)
A cesta de Higiene & Beleza teve baixa de 6%, por conta do
desempenho negativo nas vendas de fraldas descartáveis (-13,3%) e produtos para
tratamento de cabelo (-13,2%).
As vendas de suprimentos alimentícios tiveram desempenho negativo
de 3,9%, com destaque para leite condensado (-20,4%), caldos (-17,7%) e tempero
industrializado (-15,8%).
Por outro lado, as vendas de produtos industrializados ficaram
estagnadas nesse período. As três maiores quedas foram em margarinas (18,8%),
petit suisse (-8%), batatas congeladas (-6,4%). Já as três maiores altas neste
segmento foram açaí (28,4%), soverte (+19%) e vegetais congelados (+15,6%).
DESEMPENHO POSITIVO
Apesar de um declínio no faturamento em geral no Autosserviço,
alguns produtos seguem com a performance em alta. A venda de álcool em gel
avançou 214%, álcool de limpeza +101% e respiratórios +54%. Outro destaque é
para os produtos para máquinas de lavar louça, alta de 30,3%; e para os
chamados facilitadores para passar roupas, expansão de 15,3% no período.
As únicas cestas, segundo a Nielsen, que registraram desempenho
positivo no período foram a de Bebidas (9,4%) e Eletrônicos & Portáteis
(+1,8%). A primeira foi alavancada por maiores vendas de champagne (32,4%),
vinho (26,2%), água mineral (23,5%), isotônicos (22,3%), entre outros. O
faturamento de cerveja cresceu 6,9%.
Na segunda cesta, os brasileiros procuraram por monitor (+30,9%),
freezer (+28,0%) e exaustor de ar (+14,5%). Para mais informações sobre
análises globais da Nielsen em relação à COVID-19, acesse este site.
Fonte: dados Nielsen Total Store Read -
Autosserviço
Nielsen
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