Segundo
a nutricionista desportiva Tathiana Ferreira, o jejum intermitente surgiu, a
princípio, com o objetivo de melhorar a saúde e não a estética. “A origem dessa
dieta é bem diferente do que a maioria das pessoas imagina. Após algumas
pesquisas e avaliações do organismo de pessoas que aderiam a práticas
religiosas que demandavam o jejum durante um maior período de tempo, foi
observada uma grande melhora na saúde. Regularização da pressão arterial e do
colesterol, assim como a diminuição dos sintomas de depressão e estresse, foram
alguns benefícios constatados pela prática. Posteriormente, foi observada uma
melhora na diminuição da gordura corporal, auxiliando, claro, no
emagrecimento”, diz.
De
acordo com a especialista, os benefícios adquiridos com a prática ocorrem
porque ela faz com que o organismo do indivíduo utilize seu próprio estoque de
gordura. “O paciente que pratica o jejum intermitente fica um número
considerável de horas sem se alimentar, levando o organismo a gastar seu
próprio estoque de gordura. Por isso essa dieta é tão eficiente em trazer
benefícios à saúde e auxiliar na redução de medidas”, afirma.
Tathiana
ressalta a importância do acompanhamento de um profissional para dar início ao
jejum intermitente. “É fundamental que essa dieta seja muito bem montada e
prescrita por um nutricionista. Quando se trata de pessoas e organismos
diferentes, falamos também sobre tratamentos diferentes, adaptados a cada
indivíduo. Por isso, quando alguém tenta fazer a mesma dieta que outra pessoa
fez, achando que os resultados serão os mesmos, a experiência geralmente não é
nada satisfatória”, explica.
A
nutricionista alerta, por fim, que nem todos os indivíduos são adaptáveis à
prática do jejum intermitente. “Essa dieta traz resultados mais que
gratificantes, tanto estéticos quanto para a saúde daqueles que têm sucesso em
realizá-la. Porém, nem todos os organismos reagem bem a ela. O jejum
intermitente estimula a compulsão alimentar, sendo nada indicado para pessoas
que tenham tendência a esse comportamento. Muitas pessoas, principalmente
aquelas que fazem a dieta por conta própria, sem o acompanhamento profissional,
quando saem do período de jejum decidem ingerir uma quantidade muito superior
de alimentos, como uma forma de recompensa. E levam, assim, toda a dieta por
água abaixo”, finaliza.
Tathiana Ferreira - Nutricionista
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