Dermatologista Dra. Christiana Blattner
comenta os efeitos do sol sobre a pele.
Dentre os cuidados com o corpo, especialista
fala dos procedimentos combinados contra gordura localizada, celulite e
flacidez
Manchas, envelhecimento precoce, flacidez e maior
risco de câncer de pele são alguns dos problemas que o excesso de sol pode
causar à pele. No verão, com a elevação das temperaturas, os efeitos da
radiação solar são ainda mais perigosos.
A radiação eletromagnética emitida pelos raios UV é
dividida em UVA, UVB e UVC – este último totalmente absorvido pela camada de
ozônio. Os raios UVA e UVB, ao entrarem em contato com a pele humana, produzem
o bronzeamento, mas também oferecem riscos, pois favorecem o desenvolvimento
dos tumores de pele. “A correta prevenção contra os
raios solares é uma arma importante para proteger a pele, por isso o uso de
filtro solar precisa virar um hábito”, alerta a dermatologista
Christiana Blattner. A aplicação do fotoprotetor deve ser feita cerca de 20 minutos
antes da exposição ao sol. Em locais como praia, piscina, ou após imersão na
água, deve-se fazer uma nova aplicação a cada 2 horas. Óculos e chapéus
auxiliam na proteção.
“Há muito tempo já é conhecida a
responsabilidade da luz UVA no envelhecimento, atingindo vasos e fibras da
pele, causando flacidez, perda de elasticidade, rugas e manchas. Agora, sabe-se
que ela também pode estar associada ao câncer de pele do tipo melanoma, que é o
menos frequente dentre todos os cânceres de pele – cerca de 5% dos casos –, porém com o pior prognóstico e
alto índice de mortalidade quando não retirado a tempo. A radiação UVB provoca
queimaduras, ardência e deixa a pele vermelha, também favorecendo o
envelhecimento precoce”, explica a médica dermatologista Christiana
Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A capacidade de proteção dos filtros depende da
forma como é passado e espalhado pelo corpo. “Os mais eficientes são creme-gel
ou loção, pois seus componentes são dissolvidos em substâncias mais oleosas,
formando um filme mais regular na pele”, explica a médica. “O protetor em gel pode formar um fenômeno chamado “rolling”
(esfarelamento do gel e formação de “bananinhas”), e se não for bem aplicado,
perde sua eficiência, assim como os protetores em spray, que são em base aquosa
ou oleosa. O maior problema é que se não forem passados em toda superfície, não
proporcionam a fotoproteção adequada. Além disso, o spray sai rápido da pele, e
não é possível ver onde exatamente está sendo aplicado”, acrescenta
a especialista.
Proteção solar e a utilização de repelentes
Mas como proteger a pele do sol e também de outras
ameaças, como picadas de mosquitos? É preciso manter o alerta contra o Aedes Aegypti, que pode transmitir o vírus da febre
amarela, dengue, zika e chikungunya. E para quem fica na dúvida sobre que
produto usar primeiro, a Dra. Christiana Blattner explica: “Deve-se passar primeiro o protetor solar. Espalhe-o em todas as áreas
expostas e, cerca de 15 minutos depois, quando a pele já o tiver absorvido,
utilize o repelente”, orienta a médica, que atende em Campinas/SP.
Dicas:
“Os dias mais quentes exigem
atenção redobrada. O uso de proteção solar é indispensável, inclusive em dias
nublados ou com chuva; o sol pode não estar presente, mas a radiação está lá”, orienta a
médica. Segundo a dermatologista, o filtro solar deve ser aplicado no rosto e
em todas as áreas expostas, como mãos, braços, peito dos pés e colo. “A pele negra, embora concentre maior quantidade de melanina, o que lhe
oferece uma proteção natural maior, também necessita de proteção diária”,
lembra Dra. Christiana.
No verão, a pele tende a ficar mais oleosa, pois o
calor estimula o aumento da produção sebácea. Por isso, é necessário um cuidado
maior na escolha de produtos para a pele; a pele mista e oleosa precisa de
produtos que não a deixem com aspecto engordurado (oil free), enquanto a pele
seca pede cremes com propriedades emolientes. “A recomendação
é sempre buscar orientação médica para saber quais produtos são os mais
adequados para cada tipo de pele”, aconselha.
E se a empolgação com o verão fizer com que a
exposição ao sol seja prolongada, alguns cremes hidratantes podem ajudar a
aliviar as queimaduras leves. “No caso de lesões mais graves e
profundas, com bolhas e muito ardor, é indicado procurar um dermatologista”,
diz a médica.
Cuidados com o corpo: combinação de tecnologias
contra celulite e flacidez
No verão, crescem também os cuidados com o corpo.
Celulite, gordura localizada e flacidez são os problemas campeões de
reclamações. “A tendência mais atual para combatê-los tem sido a
combinação de diferentes tecnologias e procedimentos de forma personalizada,
com apoio dos mais modernos equipamentos de laser, radiofrequência,
infravermelho e drenagem”, explica a dermatologista Dra. Christiana
Blattner.
O infravermelho associado à radiofrequência, por
exemplo, atua especialmente contra a celulite, pois massageia a pele ao mesmo
tempo em que aquece seus tecidos mais profundos. “Esta ação
acelera o metabolismo das células de gordura, provoca a contração das fibras
elásticas, estimula a produção de colágeno e remodela o corpo”,
comenta a especialista.
Outra tecnologia de ponta é a radiofrequência
focada, que auxilia na redução da flacidez e de medidas em áreas como abdômen,
braços e coxas. A tecnologia 2 em 1 trata, ao mesmo tempo, a gordura localizada
e a flacidez, promovendo também a remodelação corporal. O tratamento é indolor
e sem nenhum tempo de recuperação.
A radiofrequência multipolar é uma inovação recente
que funciona sem contato com a pele. A ação não invasiva permite o tratamento
de diferentes níveis de gordura abdominal, reduzindo-as através do aquecimento
do tecido adiposo, adequando a distribuição de energia e mantendo um
aquecimento uniforme do tecido.
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